My refuge.- Carl Grimes

Trilhos

Malia Blake POVs

Quatro dias. Era difícil acreditar que já fazia quatro dias desde a queda da prisão. Quatro dias que eu não via ninguém, principalmente Carl. Meu Carl. Que saudade dele, saudade do meu menino. Eu espero que ele esteja bem. Ele com certeza está. Carl é forte, ele aguenta tudo.

O sol da tarde castigava nossas costas enquanto continuávamos andando sem rumo. Glenn liderava o grupo, determinado a nos levar a algum lugar seguro, mesmo que nem ele soubesse exatamente onde isso seria.

Meu corpo doía de tanto andar, e a mochila nas minhas costas parecia cada vez mais pesada. Tara caminhava ao meu lado, sempre atenta, mas o silêncio entre nós era insuportável. A cada passo, minha mente vagava. Pensava nos rostos familiares que não via há dias, no som reconfortante da voz de Carl, no sorriso dele. Era isso que me mantinha andando, mesmo quando minhas pernas quase desistiam.

O grupo de Abraham tinha se juntado a nós. Ele decidiu, aparentemente, desistir da ideia de ir para Washington por enquanto. Foi estranho como ele apareceu de repente atrás da gente, mas agora estávamos juntos. Quatro dias andando sem rumo. Eu não aguentava mais.

Não aguentava ficar vagando de um lado para o outro sem saber se os outros estavam vivos, se estavam bem. A trilha de trem onde caminhávamos parecia uma escolha segura, com sua vista aberta. Ainda assim, eu não podia evitar me sentir perdida, tanto no caminho quanto nos meus pensamentos.

— Ei, gente! — a voz de Tara me tirou dos devaneios.

Levantei o olhar junto com os outros. Tara estava parada alguns metros à frente, apontando para algo.

— Olhem isso — ela disse, indicando uma placa ao lado dos trilhos.

Me aproximei, e meus olhos focaram nas palavras:

"Terminus: Santuário para todos. Aqueles que chegam sobrevivem."

Glenn deu alguns passos à frente, lendo a placa em silêncio antes de murmurar:

— Terminus...

Abraham foi rápido em se pronunciar:

— Isso é uma armadilha. Uma placa assim no meio do nada? Não é confiável.

— Talvez não seja — rebati, olhando para ele. — Mas e se for? Se essa placa está aqui, os outros podem ter visto também. Podem estar indo pra lá.

Glenn cruzou os braços, analisando a situação.

— Malia tem razão. Se há alguma chance, precisamos ir.

— É arriscado — Abraham insistiu.

Rosita interveio:

— Arriscado ou não, a ideia faz sentido. Gostei.

Eugene, que tinha permanecido em silêncio até agora, finalmente abriu a boca:

— Se isso for uma armadilha, então estamos indo direto pro abatedouro. Mas... se não for, é um passo na direção de restabelecer a civilização. Terminus pode ser exatamente o que precisamos.

Glenn olhou para todos nós e assentiu.

— Vamos para Terminus. Mas já está escurecendo. Precisamos descansar antes de continuar.

— Concordo — Tara disse. — Eu e Abraham ficamos de vigia. Vocês podem dormir um pouco.

Seguimos para um pequeno espaço na mata, onde deixamos nossas mochilas no chão. Rosita e Eugene logo se acomodaram, encostados em suas coisas, enquanto Glenn se sentava ao lado de um tronco caído. Me aproximei dele e me sentei ao seu lado, encostando minha cabeça em sua perna. Glenn pegou um cobertor e me cobriu, os dedos acariciando meu cabelo de forma tranquilizadora.

— Glenn... você acha que vamos encontrar os outros? — perguntei, minha voz carregada de cansaço e esperança.

Ele parou por um momento antes de responder, com a mesma convicção que sempre tinha:

— Vamos, Malia. Vamos encontrar todo mundo. Você vai ver.

— Espero que sim... — sussurrei, um sorriso tímido surgindo nos meus lábios.

O carinho dele nos meus cabelos era reconfortante, e em poucos minutos, meus olhos começaram a se fechar. Adormeci ali, com a promessa de Glenn ecoando na minha mente e a esperança de que, em algum lugar, Carl e os outros estavam nos esperando.

01: Gente, perdão a demora 😭

02: Eu não sei oque me dá que eu não consigo escrever.

03: Como vocês estão???

04: O Ato II jaja acaba, e ai vamos iniciar na quinta temporada, com a continuação deles chegando lá no terminus e tals.