Here Comes Trouble

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Os dias se passaram e Camila e eu estávamos cada vez mais próximas e mais apaixonadas. Minhas demonstrações de afeto não tinham limites, nem mesmo eu conhecia esse meu lado. Quando eu e Keaton namorávamos eu achava que havia descoberto o amor, mas agora eu via que estava completamente enganada. Camila me mostrou o que é amar, porque em momento algum eu conseguia expressar em palavras meus sentimentos por ela. Cada dia isso se tornava mais difícil e às vezes eu até me pegava frustrada.

Beirávamos agora nosso primeiro aniversário de namoro. O primeiro mês juntas desde que subi naquele palco, no calor do momento, e lhe pedi para ser minha frente a todas aquelas pessoas. Hoje estamos felizes, extremamente felizes. Não brigamos, nem discutimos e nem nos desentendemos, o mais próximo que chegávamos disso era quando resolvíamos nos provocar com brincadeiras e falas banais. O tal do Austin ainda aparecia de vez em quando ao lado de Camila, mas nunca de mãos dadas, o que já era um começo, afinal eu não poderia privá-la de suas amizades.

Ultimamente eu tenho quase vivido no apartamento da mais nova. Sempre pedíamos para passar a noite juntas e como eu não tinha minha própria casa ainda, o jeito era ficarmos na dela. Normani hora ou outra se mostrava ciumenta, desconfio que ela gostava, muito mais do admitia, de dormir ao meu lado.

Mas mesmo assim a última coisa que fazíamos era parar no apartamento. Resolvi que levaria a mais nova para conhecer todos os cantos legais daquela cidade já que eu sabia de alguns. Nós andaríamos por horas e horas observando o máximo que fosse possível aos meus olhos e à sua imaginação. O Central Park ficou por último. Escolha dela. Disse que o reservaria para apreciar com seus próprios olhos graças a todo meu alarde por sua beleza.

Hoje o dia estava mais calmo do que de costume, era um sábado de céu aberto e brisa suave, perfeito para se arrastar sua amiga com você em busca de um velho armazém.

- Não acredito que você me convenceu a deixar o conforto do meu carro para vir a pé. - Normani reclamou pelo que deveria ser a milésima vez em menos de vinte minutos.

- Você estava andando em círculos!

- Não, eu não estava. Você que não sabe entender um gps!

- Eu dei as direções corretas - bufei pisando forte, seus olhos reviraram e um sorriso surgiu no canto de sua boca.

- Duas idiotas. - ri sendo acompanhada por ela. - Como estão as coisas entre você e a lacinho?

- Tem certeza que quer me perguntar isso? - troquei um olhar malicioso com ela.

- Pensando bem, não. Mas já pensou no que vai lhe dar de aniversário de namoro?

- Ainda não. Eu estava ansiosa com a data até o momento que me fugiu uma idéia de presente. - suspirei jogando a mão pelos meus cabelos. Eu realmente não contava com toda essa confusão.

- Já pensou em apelar para algo mais simples? Tipo alianças, flores, chocolate, uma noite de sexo selvagem...

Minha cara de espanto com a última opção foi tão absurda que Normani não resistiu e caiu na gargalhada ali, no meio da calçada.

- Não vamos falar dessas coisas, por favor.

- Por que não? - ela disse ainda entre risos.

- Porque não estamos fazendo nada disso ainda.

A morena cresceu os olhos correndo para me acompanhar novamente.

- O que?

- Por que você está impressionada? Camila ainda é virgem e todas vocês sabem, fora que ela quer esperar mais um pouco.

RequiemOnde histórias criam vida. Descubra agora