Requiem

Eu que Aqui Me Despeço Part I

Entrei com Camila ainda pendurada em minha cintura, nossas bocas coladas em um beijo cheio de saudade e a sede por mais se fazendo ainda mais crescente em nós. Shadow latiu assim que nos percebeu ali dentro, ambas passando pela casa da mesma forma que a tempestade lá fora passava e agitava tudo que encontrava pelo caminho. Os gemidos da mais nova eram meu maior combustível, a cada pancada contra paredes ou passos desastrosos na direção dos móveis, ela deixava escapar um prazeroso grunhir contra meus lábios que me tirava o ar dos pulmões. Depois de muito caminhar deixei seu corpo sentado no balcão da cozinha assim que o alcancei e apertei sua bunda antes de retirar as mãos de seu corpo e subi-las até seu rosto.

Posicionada entre suas pernas, foi a minha vez de arfar quando senti o aperto de seus dedos em meu cabelo e o acariciar de seu pé subindo sorrateiramente pelo meu corpo em resposta à mordida que depositei em seu pescoço. Meu Deus, eu podia sentir o juízo se esvaindo pelos meus poros, a luxúria pulsando forte em minhas veias e a loucura gritando para que eu me movesse em um ritmo frenético. Eu queria tanto ela que todo e qualquer toque parecia insignificante, meu desejo ia além de um encontro de peles, era algo que eu não sabia explicar e muito menos satisfazer.

- Shadow, quieto - ela grunhiu sobre minha boca me fazendo abrir os olhos para buscar meu cachorro no chão ao nosso redor, mas assim que o fiz ela me puxou de volta com a mão e me beijou novamente. Eu sorri.

- Nós temos platéia - manejei falar diante de uma brecha que encontrei no movimentar de seus lábios.

- É um cachorro.

- É, mas ele tem olhos e... - Esquivei um pouco a cabeça para espiar os grande par de olhos azuis, logo ao meu lado, focados em mim - estão virados pra cá.

- Esquece ele - dessa vez ela rosnou para mim e jogou o rosto em minha frente para me interromper, buscando minha boca para mais um beijo. Foi mais difícil me esquivar dessa vez, seu corpo se pressionou ao meu com a ajuda de seus braços firmemente entrelaçados atrás da minha cabeça, sua língua avançou na primeira brecha entre meus lábios e tratou de me colocar sobre seus encantos. Era tão fácil se perder na forma deliciosa como eles se encaixavam, a maneira como eles estavam sempre perfeitamente umedecidos e como se encaixavam entre os meus; Sua língua serpenteando pela minha boca, acariciando a minha e mantendo a chama de tal contato sempre acesa.

A coisa começou a esquentar de novo quando a mais nova usou de suas mãos para livrar-me da blusa que vestia. O peso dela fez um estrondo diante do choque com o piso e, quase tão rápido, os dedos magros já desfaziam o feixe da minha calça, impulsionando-a para baixo o máximo que podia diante da posição que estávamos. O que não foi muito abaixo da virilha e ela murmurou frustrada. Quando seu corpo fez menção de se afastar do meu, meu braço esquerdo o envolveu e o pressionou ainda mais contra mim. Camila escorregou para ponta do balcão e aproveitei para roçar em sua intimidade, o tecido fino de seu short contra o grosso da minha calça tornando o atrito ainda mais intenso para ambas.

- Não quero brincadeirinhas hoje - ela suspirou depois de um delicioso gemido, interrompendo nosso beijo - Tira.

- Você mandona? - deixei escapar um sorriso sacana que ela logo capturou com seus olhos - Eu acho que eu gosto.

- Eu acho... - meu corpo arrepiou com o baixo tom de sua voz e com o suave toque da ponta do seu dedo entre meus seios, cobertos apenas pelo sutiã - que você deveria falar menos. Bem menos, e tirar logo essa roupa.

- Ou...

Ela aproximou lentamente o rosto da minha orelha, meus lábios já deixando escapar um suspiro por antecipação de seus atos.

- Não existe outra possibilidade, você vai querer me obedecer - seus lábios capturaram a ponta da minha orelha, a língua molhada acariciando levemente a pele sensível e me fazendo arfar. Logo em seguida vieram os dentes, arranhando e terminando o serviço antes da boca finalmente deixar a área tão sensível do meu corpo.