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[N/D]
Hora de brincar com POV's. Não tenho muita certeza se ficou muito bom, mas... eu acho que devia algo diferente dessa vez. A foto da mídia... Hum.. Vocês vão saber quem é.
Boa leitura, geleias.
[...]


HARRY STYLES POINT OF VIEW.

Meu corpo parecia estar imerso. Minha visão era turva. Enquanto Louis apertava a minha cintura, dizendo que ia ficar tudo bem e que não via a hora de me apresentar a sua amiga, eu só pensava em como eu chegaria até o sofá sem esbarrar em ninguém. Me sentia velho, mas ao mesmo tempo uma criança perto de todo mundo e querendo voltar para casa a cada segundo que alguém me tocava sem querer. Eu queria sumir e não deixar rastro nenhum.

Era estúpido pensar que eu poderia sair de casa, sem olhar aquelas pessoas e questionar se eu era legal o bastante. Chequei mil vezes se minha camisa estava abotoada direito, se meus dentes estavam limpos ou se minha garganta estava limpa. Não pude contar quantas vezes eu tentei arrumar o cabelo na tentativa de aparentar ser mais sério, até que Louis pedisse que eu parasse com aquilo e relaxasse.

– Quer beber? – Louis perguntou. Quase não escutava a sua voz. Estávamos em uma casa tão pequena quanto a minha sala, mas a cada vez que nós andávamos, seus cômodos pareciam não ter fim e nem um espaço vazio para respirar.

– Não, obrigado.

– Já te disse que comigo não tem porque ficar nervoso! – Louis gritou no meu ouvido, logo após, ele puxou–me para trás de uma coluna no canto esquerdo da sala. Estava tudo tão escuro, só algumas luzes coloridas piscavam na mesma frequência que meu coração batia com o seu corpo junto ao meu. – Aqui! Só um gole pra desfazer esse nó nessa sua garganta.

Louis encostou um copo de plástico na minha boca e eu engoli, sem questioná–lo. Ele olhava ainda risonho, a minha expressão ao tentar me desfazer do gosto amargo da bebida na minha garganta. O que eu demorei anos pra fazer, que era engolir a bebida sem pestanejar, ele demorou apenas alguns segundos para acabar com o que restara do álcool.

Ele tinha o sorriso mais lindo que eu já havia visto. Não existia escuridão no mundo que pudesse apagar o brilho de seu sorriso e dos seus olhos ficando cada vez menores quando sua gargalhada saía de sua garganta. A música alta o fazia mexer ainda mais, com seu olhar direcionado a mim, ele dançava como se existisse apenas nós dois, e eu só conseguia sorrir ao vê–lo tão sem vergonha ao dançar tão livremente.

Você tem essa sensação plena de liberdade quando está tão próximo de alguém com tanta luz a irradiar–se. Poderia dizer que eu me sentia melhor quando ele ficava por perto, como se ele me transmitisse a coragem e por isso, me sentia livre. E quando eu parecia não por os pés nos chão, ele me beijava e me lembrava do quanto gostava quando nossas bocas se tocavam. Meu corpo todo tremia, embora ele sempre dissesse o quanto gostava de mim, do meu jeito e que era orgulhoso de quem eu era, eu nunca me cansava de ouvir. E tinha gosto de álcool. Minhas costas pareciam estar coladas naquele concreto, enquanto Louis sugava ferozmente meus lábios, sem respirar ou sorrir. Geralmente, nossos beijos eram doces e rápidos, mas ele estava cada vez mais junto a mim e suas mãos passeavam desde a raíz do meu cabelo, traçando um caminho tortuoso pelo meu pescoço até a gola da minha camisa e ele refazia o percurso toda vez que ele perdia o fôlego, sem desgrudar–se nenhum minuto do meu lábio inferior. Era como uma busca incessante pelo sabor de um doce raro no meio do deserto, e uma voz sussurrava em meu ouvido a cada vez que ele retomava o ritmo e me beijava outra vez: "Saboreie com prazer, Styles.". Sua língua lambeu o meu lóbulo com tanto desejo, que meus olhos não conseguiam abrir e o meu gemido saiu sem qualquer protesto – e eu agradeci pela música alta e pelo escuro daquele lugar. – pois parecia que eu estava tão alto, que poderia voar em direção ao inferno em segundos.

your eyes // lsOnde histórias criam vida. Descubra agora