your eyes // ls

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                   N/D

                   Desculpa pela demora, eu ainda estou tentando me acostumar com a faculdade nova, trabalho e meu cansaço eterno. I just want you to know that não existe um minuto que eu não me sinta mal por não conseguir atualizar com a frequência que vocês merecem, e isso me deixa irritada/triste/chateada.

Mas aqui estamos. Sintam-se em casa. Peguem suas xícaras de chá, se enrolem nos cobertores e chorem comigo.

Boa leitura, meus doces de leite.

...

🔑

Harry sentiu o mundo voltar da escuridão. Encolheu-se embaixo dos lençóis tateando o espaço vazio ao seu lado. Olhou para a janela com as cortinas impedindo a luz de entrar, ainda com a cabeça rodando, sentia como se nenhum som pudesse penetrar em sua mente. Seu corpo parecia tão cansado como se estivesse rastejando dentro da água sem conseguir oxigênio da superfície. Ele quis um barco, um barco para que pudesse lhe salvar  de si mesmo, lutando contra os próprios pensamentos que lhe atordoavam antes mesmo que pudesse dar-se conta de que estava acordado por inteiro.  De repente, o silêncio dentro de si forçou-se a ouvir o som da chuva que caia lá fora assim como sentiu o corpo voltar à realidade ao tentar respirar com o nariz entupido, o fazendo puxar o ar pela boca, com a garganta seca pela sede urgente. Quando desabou novamente embaixo dos travesseiros, um pequeno corpo abraçou suas costas junto com as pernas ao redor da sua cintura. Respirou fundo sem conseguir abrir os olhos ou sequer virar-se, apenas continuou ali, sentindo o corpo quente de Louis e dos seus pequenos beijos em sua pele exposta. Era como se o barco estivesse finalmente ancorado para que pudesse subir rumo ao ar.

- Quer água? - Louis sussurrou.

Harry respondeu com um gemido.

- Isso significa que sim ou que não? Não consigo decifrar.

- Fica aqui. - Ele respondeu.

- Nós podemos ficar aqui o dia inteiro. Eu trouxe morangos, água, pipoca e pizza. Tudo bem pra você? - Louis deixou beijos ao longo de toda as suas costas. - Harold?

Harry olhou para o próprio corpo embaixo dos lençóis. Se sentiu estranho ao ver que usava pijama e que seu cheiro exalava um leve odor de baunilha. Virou-se e descansou o rosto em cima do peito de Louis ainda com o corpo cansado, os olhos fechados e respiração leve, descompassada, quase como um sussurro.

- Você trocou minha roupa ontem? - Ele perguntou.

- Sim, amor. Afinal, você fica tão grudento quando fica bêbado. Eu amei. Queria ficar abraçado o tempo inteiro, até quando eu tentava tirar suas roupas molhadas. Foi dificil te trazer pra cama. - Ele sorriu. - Você está se sentindo bem?

- Não. - Harry murmurou.

Louis encolheu-se para que seu rosto ficasse mais próximo dele. Harry ainda não conseguia abrir os olhos mesmo que as mãos pequenas acariciarem o seu rosto, lhe causando cócegas e uma enorme vontade de sorrir e derreter por inteiro. Sentiu seu nariz dele passeando por seu pescoço, seu ouvido, seu queixo. O corpo todo arrepiado dos pés a cabeça com o som da respiração de Louis.

- Do que você precisa? - Louis o beijou, sugando o lábio inferior de Harry, com as mãos caminhando lentamente pela nunca até os dedos entrelaçarem em seus cabelos.  - Você é tão bonito quando acorda.

Harry sorriu escondendo seu rosto no pescoço de Louis.

- Tenho quase certeza que não. - Sua voz soou mais rouca do que o normal. Sentiu os dedos passearem em suas costas. As pernas ao redor da sua cintura. - Para de me beijar quando eu acabei de acordar, não é justo.