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n/d.:

Oi.

Não é que esteja na fase do bloqueio criativo, é só que parece que tudo que eu escrevo parece um monte de besteira. Eu preferi não arriscar durantes esses dias mas, se eu ficasse por mais tempo eu ia surtar e deixar vocês na mão.

Espero que vocês me ajudem a continuar.

Tem uma ideia nesse capítulo que foi ajudinha da clara (harryoungblood). Obrigada babe.

Boa leitura geleias.

...

Era frio. E o dia parecia estar mais claro àquela hora da tarde. Sem nuvens negras ou chuva, apenas a luz do sol que entrava pela janela. Louis conseguia sentir o gelado do vento que entrava, mesmo que estivesse de meias em cima da cama e um moletom duas vezes maior do seu tamanho. Observava com atenção o movimento dos dedos de Harry na mesa do computador, procurando por papéis, post–its espalhados pela madeira e digitando pelo que contava que seriam horas infinitas e sem intervalo de tempo.

– Harry.

E assim fora, quase a manhã inteira.

Louis sentou–se com as costas na cabeceira da cama, deixando os óculos de lado e o notebook no chão. Já havia passado um bom tempo em que havia terminado de consertar alguns erros da monografia, algo que durou apenas cinco minutos para Harry identificar cada um. Começando pelo excesso de vírgulas, palavras repetidas e um bando de parágrafos longos demais. Mas tentava manter a calma enquanto esperava. O chamando a cada cinco minutos, indo até a cozinha e refazendo o mesmo trajeto.

Mesmo que estivesse chamado por ele mais de trezentas vezes, ter levado copos de água e ter mordido sua orelha por mais mil vezes, nada parecia tira–lo do transe de qualquer coisa que estivesse fazendo.

Mas era adorável. O quanto Harry amava fazer o que fazia, mesmo que seu quarto fosse cercado de cartas negativas sobre o seu trabalho ou pelas pilhas de originais enfurnados debaixo da cama. Louis queria ler, queria entender qualquer coisa do universo que ele carregava consigo e transmitia naquelas palavras. Contudo, fora advertido de que não poderia ler nada até que fosse requisitado e ele respeitava isso.

Louis torcia pela felicidade dele e ainda por cima, acreditava que tudo que fizesse, se tornaria ouro. Assim como qualquer aspecto seu ou qualquer palavra que saia de dentro dele. Acreditava que por ser Harry, tudo merecia mais uma chance.

– Só um minuto. – respondeu.

– Você vai me dar atenção ou eu vou ficar por mais uma hora encarando suas costas?

Harry continuou concentrado na tela do computador, sem escutar qualquer palavra que vinha da cama por alguns minutos. Queria terminar de revisar pela última vez, queria ter certeza de que não deixou nada pra trás mesmo que isso significasse aguentar Louis reclamando a cada cinco minutos de que o queria de volta na cama.

Isso era a parte mais difícil, no final das contas. Resistir a vontade de ficar ali abraçado com ele até o fim do dia.

Louis soltou um suspiro exausto. Quando chegou à cozinha, pegou um dos croissants que sobraram do café da manhã. Pôs em um prato, tentando parecer o mais delicado e arrumado prato de croissant. Pegou uma xícara de café e tentou imitar o líquido estranho que Harry sempre tomava quando ia a cafeteria e voltou até o quarto.

Quando fechou o notebook, o viu tomar um susto enorme, mas logo seu rosto se desfez em um enorme sorriso ao ver o prato e o café em cima do computador velho.

your eyes // lsOnde histórias criam vida. Descubra agora