40

3.8K 451 686
                                    


N/D.:

this time, this is the end.

[HARRY STYLES POINT OF VIEW]

[HARRY STYLES POINT OF VIEW]

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

...

Destino.

Tenho pensado sobre essa palavra durante tanto tempo que chego a misturar suas definições e sentidos dentro da minha cabeça. De acordo com o dicionário, ela pode significar "tudo que é determinado pela providência ou pelas leis naturais; sorte, fado, fortuna." Porém, tenho pensando nesse conceito, de que tudo é destinado, algo totalmente utópico algumas vezes. Seria eu, um ser destinado a viver algo tão intenso como o que está acontecendo durante esses meses, anos, séculos? Quantas vidas tive que viver para chegar a tal ponto? Fui, eu, destinado a pensar demais sobre as coisas e sofrer por algo que ainda não existiu?

Não sei se acredito em destino. E se pudesse mudar a sua definição, com certeza ela seria Louis.

Vivi durante anos dentro da minha fortaleza. Preso aos meus pensamentos e ao meu medo da incerteza, do fracasso, da solidão. Pensei em mim como algo muito estranho e não digno de amor. Me afundei por muitas vezes em maços de cigarros que não me acrescentavam em nada, me afundei em coisas fúteis, me alimentei de mais incertezas. Porém, hoje, percebo que sabotei minha própria felicidade por puro medo do futuro. E hoje, aprendi que ele sempre chega. De alguma forma estou no presente, já estive no passado e o amanhã, pode se tornar o futuro do que estou presenciando nesse momento.

Aprendi também, que fiquei por muito tempo perdido nas histórias dos inúmeros livros que li, e que por causa disso, fiquei preso em uma realidade aleatória onde o pensamento de que as coisas reais, acabaram por se tornar meramente ficção.

Por muitas vezes, perguntei o real motivo de não obter êxitos nas obras em que escrevia e por que, acreditava sempre, que tudo na vida passava, quando eu mesmo sabia que existiam coisas que para sempre comigo viviam: o medo, a solidão, a dor. E a resposta hoje posso dar com bastante simplicidade.

Nunca fui capaz de me arriscar a viver.

Nunca me dei o direito de ser feliz.

Pois não sabia como.

Era difícil pensar em outra coisa a não ser, que não era bom suficiente para ser amado, não era bom suficiente para ser escritor, não era bom o suficiente para me permitir sonhar.

Fico imensamente triste quando penso no tempo perdido. Nos sorrisos que deixei para trás, nas festas que deixei de ir, nas viagens que me recusei a aproveitar. Sempre com o medo me assombrando, o ar fugindo de meu próprio corpo, com a ansiedade do desconhecido.

Às vezes, é preciso anos para se dar conta de que existe uma vida boa o suficiente para ser vivida. Para uns, esse processo se acelera quando se enxerga no outro. Para outros, é preciso sentar–se em uma sala e expelir os pensamentos para que eles sejam apenas palavras soltas no ar. Ás vezes, essa epifania pode nem chegar. Sou grato pelo Destino – tanto pela sua definição e tanto pela minha – e por isso, me sinto feliz.

your eyes // lsOnde histórias criam vida. Descubra agora