Iolanda entrou em casa batendo a porta. Priscila que vinha logo após quase levou a porta na cara.
- Almeida! Almeida! Onde você está? - ela chamou enquanto se movia pela sala como uma fera enjaulada.
Priscila corria como barata tonta atrás dela.
- D. Iolanda a senhora precisa se acalmar. Olha seu coração. Quer que eu traga um copo de água pra senhora? Por favor sente-se e se acalme.
- Eu não quero sentar, nem me acalmar, menina! Almeida!
Seu marido João Almeida veio da cozinha andando apressado. Ele teve o cuidado de fechar a porta.
- Nossa Iolanda! O que aconteceu? - ele perguntou.
- Precisamos conversar. Agora!
- Venha ao escritório. - João a encaminhou ao escritório relançando um olhar em direção à cozinha.
Priscila ficou intrigada com o olhar dele e foi até a porta a abrindo levemente. Para sua surpresa, uma das copeiras estava com os seios à mostra terminando de vestir o uniforme.
"Aquele safado... Estava servindo-se da copeira... Quem diria... Uma informação dessa era deveras interessante.", pensou ela sentando-se no sofá.
***
- Ninguém me contou. Eu vi com a visão que Deus me deu. Estava lá parada na minha frente. Aquela messalina...
- De quem você está falando, mulher? - Almeida perguntou, sentando-se na cadeira atrás de sua mesa.
- Da desvairada de sua filha. Ruth está de volta.
Almeida levantou-se da cadeira tão violentamente que a mesma bateu na estante de livros atrás dele.
- Como?! Ela ousou voltar?
- Sim. Está mais desavergonhada do que nunca. Acompanhada de uma mulher loira com ares de importante.
- Eu a escorraçarei daqui como fiz da primeira vez.
- Agora não será tão fácil, Almeida. Ela me provocou na frente das outras pessoas. Disse que os homens dessa cidade que se cuidassem.
- Essa sua filha...
- Nossa filha, João. - cortou Iolanda. - Não se esqueça. Ruth é nossa filha. Não impute esse pecado para que eu pague sozinha.
- Até porque você já os tem demais, não é Senhora Almeida.
- Se você está se referindo a Isaias, saiba que ele foi a única coisa boa que eu recebi de você.
- Você quer dizer o meu nome, não é? Por que foi a única coisa que você recebeu de mim. Por que Isaias nunca poderia ter sido meu filho mesmo.
Ela soltou um riso de escárnio.
- É verdade. Por que o meu filho é a lembrança do único homem que eu amei.
- É. E que agora repousa junto à glória do Glorioso.
Iolanda ficou pálida.
- Assassino... - ela falou em voz baixa.
Almeida venceu a distância que os separava e desferiu uma bofetada no rosto dela.
- Cale a boca, bruxa. Você deveria ter feito companhia a ele. Mas, para meu desgosto, você e seu rebento sobreviveram. Sabe qual é o seu problema? Você vê na Ruth seus próprios pecados. E eu conheço cada um deles.
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A Festa
Любовные романыVocê está convidado para a Comemoração dos quinze anos da formatura dos estudantes do Ensino Médio do Colégio Alvorada. Uma festa onde amores antigos ressurgirão com força total, novas experiências que vão acontecer e o passado baterá em cada porta...