As várias formas de amor

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- Então ele me trouxe para casa, nós nos despedimos e seu irmão foi embora.

- Só isso? - perguntou Maura. - Ah não, Teresa! Você passou a tesoura da censura nesse negócio.

As três amigas estavam reunidas para tomar um chá

Teresa recorreu a toda fleuma nórdica para responder com calma para a amiga.

- Seu irmão é um cavalheiro à moda antiga, Maura. - ela inclinou-se para servir-se de mais chá. - Ele não sai com uma mulher com o intuito de levá-la para a cama.

- Não é possível que a noite tenha acabado dessa forma tão inocente... - Maura estava inconformada.

Inocente não seria bem a palavra que Teresa usaria para descrever o final da noite entre ela e Sean. Beijos enlouquecedores deixaram os dois em franca excitação. As mãos percorrendo os corpos, lábios e línguas acariciando-se. Ela estava prestes a convidá-lo para entrar quando o celular dele tocou. Com um grunhido de frustração, Sean afastou-se dela, esperou a respiração acalmar-se e desceu alguns degraus da varanda para atender ao telefone. Teresa o observou enquanto o cavalheiro dava lugar ao delegado. Admirou o porte elegante e sentiu uma fisgada de excitação ao lembrar se dos braços fortes a enlaçando e dos lábios quentes percorrendo seu rosto e seu pescoço.

Sean voltou-se para ela e segurou em sua cintura.

"- Surgiu uma ocorrência e eu tenho que ir. Eu sinto muito."

"- Não sinta." - Teresa o enlaçou pelo pescoço. "- É o seu trabalho."

"- Outra noite nós vamos terminar esse encontro da maneira que se deve. Sem interrupções, está bem?"

"-Sim, é claro." - ela procurou esconder sua frustração.

"- Agora, entre. Quero ver você acender a luz do seu quarto." - disse Sean.

"- Para saber que eu vou estar em segurança..." - Teresa murmurou.

Ele lhe deu um beijo quente antes de separar-se dela e responder.

"- Não. Para evitar errar de quarto quando eu vier lhe surpreender à noite". - ele sorriu.

Diante disso, Teresa entrou em casa como um raio, subiu as escadas rapidamente e entrando em seu quarto acendeu a luz e correu para a varanda.

Ele lhe jogou um beijo e foi para o carro. Teresa suspirou e voltou para o quarto, se jogando sobre a cama. Ela custou a dormir porque seu corpo clamava pelas carícias do jovem delegado. Nunca em sua vida havia desejado tanto um homem em sua cama quanto queria Sean O'Donnell.

E isso lhe dava um medo danado...

***

- Teresa? Teresa! - chamou Maura. - Está ouvindo criatura?

- Hã? Sim, é claro.

Regina sorriu.

- Eu acho que não. Porque a Maura estava dizendo que comeu uma sucuri no café da manhã e adorou. - declarou entre risos dela e de Maura. - Acho que a noite não foi tão inocente assim.

- Engraçadinhas... - Teresa riu também.

Nesse momento, a porta se abriu dando passagem para Isaias e Mirian.

- Mamãe! Mamãe! - a menina entrou correndo e abraçou a mãe.

- Olá minha queridinha. Foi tudo bem na escola hoje?

- Foi sim. - ela mostrou um papel para Regina. - Veja, tirei dez em matemática.

- Essa é a minha garota. - Regina a abraçou. Depois a virou de frente às suas amigas. - Mirian, essas são Teresa e Maura. São amigas da mamãe da época do colégio assim as suas são a Mariana e a Roberta. Diga olá para elas, querida.

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