O que o amanhã trouxe

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            Regina tomava seu café tranquilamente. Miriam já estava na escola, mas ela não estava a fim de ir trabalhar. Já havia ligado para Liz e repassado os compromissos do dia. Não havia nada de muito urgente que não pudesse ser feito à tarde.

A porta da frente se abriu dando passagem para Isaias.

- Bom dia! – ela o saudou alegremente. – Estou vendo que tudo está resolvido.

- Bom dia Regina. Sim. Tudo está maravilhoso. Maura me ama e vamos nos casar o mais breve possível.

Regina se levantou e o abraçou afetuosamente.

- Eu sabia! Que bom para vocês.

Seu ex-marido sentou-se e serviu-se de café.

- E em relação à você e Sérgio Campos? Quando você tomará coragem?

Regina fitou a xícara como se a estudasse profundamente.

- Eu não sei, Isaias. Tudo em relação a ele é tão intenso que eu tenho medo.

Ele afagou a mão dela com carinho.

- Não se preocupe. Quando o momento surgir, você saberá como agir. Você sempre sabe. – se levantou da mesa. – Vou tomar um banho e ir para o escritório.

- Eu tirei o dia pra ficar em casa. Acho que vou fazer uma limpeza nos armários, separar algumas roupas de Miriam para doar... Ainda não sei.

- Está bem. – o sorriso não abandonava o rosto dele. - Meus pais, onde estão?

- Sua mãe foi visitar minha amada meia irmã que está indisposta. Hoje é aniversário da morte da mãe dela e ela sempre fica muito mal nesse dia... Seu pai saiu cedo dizendo que ia resolver algumas pendências.

Isaias parou na escada.

- Ele disse que tipo de pendências?

- Não claramente. Só saiu dizendo que hoje ele iria resolver um assunto de uma vez por todas.

Distraída, Regina não percebeu na expressão grave que substituiu o sorriso alegre no rosto de Isaias

***

Sean chegava à delegacia quando o policial Gouveia veio ao seu encontro.

- Senhor, que bom que chegou! – ele entregou um papel a Sean. – Saiu o laudo do celular da Lilian Lefleur. Eu verifiquei as ligações e tem o numero de um advogado bem conhecido aqui de Alvorada. – Gouveia mostrou um cartão de visitas.

- Dr. Isaias Almeida?! Impossível! O cara não tem estofo pra isso.

- Quem vê cara não vê coração, não é Delegado? – Gouveia encolheu os ombros. – Até por que hoje nos recebemos um telefonema bem interessante...

- O que? – indagou Sean.

- Ei, Silva! Silva! Vem cá. – Gouveia chamou outro policial.

Um policial baixinho com cara de poucos amigos se aproximou dos dois.

- O que foi Gouveia?

- Como foi aquela denuncia por telefone mesmo?

- Dizia que nós deveríamos fazer uma visita na casa do pastor Almeida se quiséssemos provas de um crime bem recente.

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