Ação e Suspense

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            Sérgio dirigia a moto como se estivesse em um grande prêmio de motovelocidade. Como se fosse o próprio Valentino Rossi. Grudada atrás dele, Regina rezava para, pelo menos, chegar viva até onde Miriam estava.

Quase chegando à capital, eles viram um bloqueio das policias federal e rodoviária. Ele diminuiu a velocidade e estacionou.

- Salve Campos. – um deles se aproximou. – Como está o ombro?

- Está bem. Regina, esse é o delegado Paranhos. Ele está me substituindo na licença médica – ela apertou a mão do policial.

- E então? Pegaram algum carro com a descrição que eu dei? – perguntou Campos.

- Nada. Todos os carros que paramos, as crianças tinham documentos e estavam com os pais ou avós. Todos com documentos, Campos.

- Me deixa ver o aplicativo, Regina. – pediu Sérgio

Ela mostrou o celular. O pontinho continuava a se movimentar.

- Droga Paranhos! – ele socou o capô do carro. – Eles passaram. Vocês os deixaram passar. A menina é filha dela e foi sequestrada. Sabe-se lá o que vão fazer com ela. – o telefone dele começou a tocar.

- Alô. Joana? E aí, descobriu alguma coisa? Não, eles passaram pelo bloqueio. Está bem, eu estou me esforçando Ramirez, calma. – os olhos de Sérgio se arregalaram e ele ficou tão branco quanto à camisa que usava. Regina colocou a mão no ombro dele. – Descobriu o quê?! Meu Deus! Não, estamos indo agora. Está bem, mantenho contato.

- Sérgio, o que foi?! – Regina perguntou.

- Nada. Vamos. – ele evitou olhá-la.

- Campos? O que aconteceu? – ela o agarrou pela camisa.

- Joana, Ruth e O'Donnell foram para a casa de sua meia irmã.

- Sim, eu sei e daí?

- Daí que Joana acha... Cara, isso é inacreditável! – ele balançou a cabeça parecendo perturbado. – Joana acha que encontrou os restos mortais da mãe de Priscila... Dentro de um baú no quarto dela.

Regina colocou as mãos no rosto.

- Oh, meu Deus! – lágrimas correram pelo seu rosto. – Miriam...

Ele a abraçou com força, enquanto ela soluçava. O carro de Maura parou perto deles.

- O que aconteceu? – ela perguntou saindo do carro. Isaías saiu pelo outro lado.

- Acharam minha filha? – o advogado perguntou.

- Ainda não. O bloqueio não pegou nenhum carro com a descrição que eu dei.

- Será que eles não vieram para esse lado então?

Regina enxugou as lágrimas, pegou o celular e acessou a aplicativo.

- Não. Estamos no caminho certo. Olhem. – ela mostrou o aplicativo. – Eles estão na área urbana agora.

- Paranhos! – Sérgio chamou o seu colega. – Reconhece essa área?

- Parece uma área industrial. Com muitos armazéns.

- Um ótimo lugar para se esconder. – considerou Sérgio.

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