Capítulo 32

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Quando sai do banho o Guilherme já estava deitado em minha cama de cueca. Oh delícia! Desse jeito repetiríamos a dose de a tarde.

Sai enrolada na toalha e fui em direção ao closet.

-Não me importo de você dormir assim ao meu lado não, haha. - ele sorria safado.

-Bobo! - eu joguei um ursinho nele e fui para o closet.

Vesti apenas uma calcinha e sutiã. Passei meus cremes e um perfume. Fiz um coque frouxo no cabelo e voltei para a cama.

Peguei os cobertores e me deitei ao seu lado.

-Meu sonho é dormir todas as noites com você, pelo resto da minha vida. - ele me puxava para mais perto.

-E eu vou dormir com você.  Vamos ficar velhinhos juntos. - eu sorri para ele que logo retribuiu.

-Você vai ser a mãe dos meus filhos. E avó dos meus netos. - ele selou nossos lábios.

-Isso é um pedido de casamento? - eu olhei para ele.

-Ainda não. Só estou adiantando. O pedido oficial vai ser marcante. - ele acariciava meus cabelos.

-Sendo com você, qualquer coisa é marcante. - ele me beijou com desejo.

Paramos o beijo por falta de ar. Um beijo sem malícia. Apenas troca de carinho.

-Vamos dormir, amor. Enquanto você vai ficar aí dormindo, eu tenho que ir para escola. - fiz cara de nojo.

-Queria poder te levar, mas uma pena não podermos ser vistos juntos. Nem posso marcar meu território. - ele fez bico.

-Nem precisa marcar, bobo. Sou toda sua! - eu disse o puxando para mais um beijo.

Ficamos trocando juras de amor até cair no sono.

[...]

Acordei com meu despertador tocando. Graças a Deus o Gui não acordou. Tomei meu banho e me arrumei. Dei um beijo nele e fui tomar meu café.

-Bom dia, flor do meu dia! - disse dando um beijo na bochecha da Ana.

-Bom dia, minha pequena! - ela disse sorrindo e colocando meu café.

-O Guilherme vai ficar dormindo, viu? - eu disse para que ela não fosse limpar meu quarto agora de manhã.

-Pode deixar! Tão lindo ver você feliz assim. Você ama mesmo esse menino né? - ela conversava comigo como se já me conhecesse à anos. Isso era estranho, mas deixei para lá.

-Amo muito. Nunca amei nenhum menino assim! - eu sorri de lado.

-Isso é muito bonito de se vê. - ela tomou um gole do café.

-Bom, agora eu vou se não me atraso! - fui até ela e dei um beijo na bochecha.

Escovei meus dentes, peguei a mochila e desci logo. Os bruta montes que tenho como segurança já estão à minha espera. 

-Vamos logo! - eu os chamei.

Entrei no carro e um dos dirigiu até o colégio.

Entrei na sala e o Bernardo já estava lá.

-Bom dia, loirinha! - ele estalou um beijo em minha bochecha.

-Bom dia, Bê. - eu sorri.

Tivemos seis aulas insuportáveis até o sinal tocar. Era de voltar para casa! Oba!!!

Me despedi do Bernardo e fui até o carro, que logo me levou para casa.

Entrei em casa e um cheiro contagiante de strogonoff passou pelas minhas narinas.

-Huuuuuuum! - eu disse entrando na cozinha.

-Êh menina gulosa, já chega com fome. - a Ana sorria.

-Estou sempre com fome para suas comidas, amor de minha vida. - eu disse enquanto olhava a panela.

-Bom saber disso! - ela sorria para mim de uma forma linda.

-Cadê meu príncipe? - eu disse enquanto tomava um copo de água.

-No quarto. - ela logo virou para terminar de colocar a mesa.

-Vou lá. - sai em direção ao quarto.

Abri a porta e ele estava deitado vendo filme. Me joguei em cima dele que logo me encheu de beijos.

-Boa tarde, amor meu. - ele me dizia parando o beijo. 

-Boa tarde, príncipe. - eu disse de cima dele e começando a tirar a roupa.

Tirei meu uniforme e comecei a tirar a calça. Eu precisava de um banho.

-Vou tomar um banho, já volto. - disse me enrolando na toalha.

-Humm, posso ir junto? - ele não tirava os olhos de mim.

-Hoje não, porque senão não será banho, há há. - eu sorri maliciosa.

Fui em direção ao banheiro.

Sai do banho e vesti uma roupa de ficar em casa. Puxei o Guilherme e fomos almoçar.

Lua on

Eu estava morrendo de saudades da Milena. Assim que o Guilherme voltasse de lá, seria a minha vez de ir vê-la. Meu pai não me proibiu de ser amiga dela, graças a Deus.

Conversava com ela todos os dias por whatsapp. Mas a falta que eu sentia de minha amiga, ainda era maior.

Ela já tinha virado uma irmã para mim. Nossa amizade se fortaleceu muito rapidamente. Em poucos dias ela já sabia tudo sobre minha vida e eu sobre a dela.

Só eu sabia que o Guilherme tinha ido para lá. Meu pai acha que ele está fazendo uma viagem pela Índia, para esfriar a cabeça.

Outra coisa que eu ainda não tinha engolido era esse motivo da separação deles dois. Se nossas famílias se odiassem de verdade, eu também não poderia ser amiga da Milena. Mas disso meu pai disse que não tinha problema. Aí tem coisa e eu vou descobrir.

Enquanto a mim e o Alex? Ainda estamos na mesma. Estamos ficando sério, ele não me parece querer ter algo concreto. Não sofro muito pois ainda não o amo. Gosto muito dele, porém, ele não me passa segurança para ama-lo.

[...]

Meu pai tinha saído para trabalhar e deixou o escritório aberto. Era minha chance de descobrir algo.

Entrei no escritório e comecei a mexer em suas coisas. Depois de muito tempo achei uma foto antiga. Na foto tinha o meu avô e outro homem. E ao lado deles tinha duas crianças. Uma era o meu pai, a outra não identifiquei. Virei a foto e tinha escrito "Orlando, 1970".

Epa! Meu pai morava em Orlando nessa data? Ele sempre nos disse que morou a vida toda no Brasil. Tinha que descobrir isso e quem eram essas outras pessoas.

Guardei a foto no bolso e sai do escritório.

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