Capítulo 18 - Achando a cúmplice

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Nos viramos. E com medo de ele ter descobrido.

- Vocês são novos aqui né. - Ele pergunta. Balançamos a cabeça confirmando.

- E que eu nunca vi vocês aqui na cidade.

- E que acabamos de chegar. - John fala com uma voz diferente.

- Ah... Sejam bem vindos então.

- Obrigado. - ele se vira e vai embora. Todos dão um sorriso. Voltamos pro carro e ficamos conversando.

- Bom agora é com você Kleer. - Angelo, meu pai me fala.

- Tá bom. - falo confirmando com a cabeça.

- Não, isso é muito arriscado. - Enzo fala com a a cara de preocupado, e pega na mão.

- Enzo é isso ou a gente vai ficar sem saber se é ela mesmo. - falo e Enzo solta a minha mão.

- Estaremos no final da rua, do outro lado.- John fala me dando um abraço- Boa sorte.

Começo a andar pela rua e vejo Michael saindo da casa da Alie, passo perto dele, mas ele não liga. Alie fica na calçada, olho pra frente e vejo o carro.

- Ei ridícula.- ela fala, mas.imagimei que era com outra pessoa. - Você de capuz. - essa idiota adora arranjar confusão com os outros.

- Você não me escutou. - ela fala tentando se aproximar de mim, mas eu a jogo pra longe.

Corro até o carro. Antes de ela se levantar o Michael se virou na hora, mas eu já tinha desaparecido. Voltamos pra casa e meu pai pede pra reforcarem a segurança. Colocaram uma energia que nada poderia nos atingir dentro da casa.

Fomos pra sala escondida e tivemos uma reunião.

- Vi Michael saindo da casa da casa da Alie. - Falo rodando a mesa.

- Filha se senta, tá deixando todos nós nervosos.

- Desculpa pai!- falo e me sento na cadeira.

- Bom então a cúmplice dele e Alie. Mas será que ela é um anjo negro?

- Acho que não bem difí.... - interrompo John.

- Não ela é sim, estava uma vez na sala e vi ela na frente da casa dela mudando a cor dos olhos pra vermelho.

- E fez a gente ter que fazer esse sacrifício todo pra nada. - John fala cruzando os braços e fazendo biquinho.

- Eu nem sabia que existia isso antes. - Falo rindo e ele logo depois.

- O que iremos fazer agora. - Chloe pergunta.

- Agora é só esperar. - Meu pai fala com toda calma do mundo. Enquanto a maioria estava preocupada.

Saímos da sala e ficamos no pátio. Enquanto Arthur, Enzo e Chloe conversavam no pátio. Fui na parte do jardim, eu precisava de um tempo só pra mim. Fiquei sentada no banco com os olhos fechados, lembrei de todo a cena que ocorreu no começo, e sinto uma lágrima cair:

-Eu já disse pra não tocar na minha filha.

- Você que não deve tocar no sua filha, um homem como você, que vive ausente na vida dela. Ela não merece um pai como você. Se é que posso te comparar como um.

- E você sabe como é ser um pai por acaso?! Claro que não, você não tem uma filha pra saber, como ser um.

- Desculpe pai, mas ele é bem mais pai que você.

- Que?- Me deu um medo, ele virou com a cara de raiva pra mim, eu travei na hora.

- Ele me da um beijo na testa quando eu vou dormir, coisa que você nunca fez, nem quando eu era criança, ele me faz rir quando eu acordo. Mas você, não merece nem ser chamado de pai, Michael.

A Herdeira de Um AnjoOnde histórias criam vida. Descubra agora