Capítulo 30

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CAPÍTULO REVISADO. 


Fazia pouco tempo em que eu havia chegado mas tinha visto vários pontos turísticos que eu gostaria de ver, mas apenas do vidro do táxi que eu me encontrava. No momento fiquei super empolgado por ver coisas diferentes e tanta beleza em uma cidade só. Eu nunca soube o por que eu amo tanto Londres e o por que do meu coração ter escolhido esse lugar magnífico para mim morar. 

A saudade de casa agora falava mais alto e qualquer pessoa que não está acostumada a passar os dias fora de casa ou mesmo de morar em outro país, entenderá o que eu estou falando nesse exato momento.

Tudo em Londres, exatamente na Inglaterra, é maravilhoso. Eu não tenho palavras pra descrever o que sinto por esse lugar e é como se fosse mágico pra mim. A minha casa também era perfeita, grande mas de um tamanho suficiente para me sentir confortável dentro dela. Não conhecia nada da cidade, apenas os lugares que eu via pela internet. Nos últimos dias eu me encontrei tão ocupada e indisposta que nem me permitir de procurar os lugares que ficavam perto de mim casa ou o que. 

Outra coisa que me chamou a minha atenção, eram os mercados enormes de Londres. Havia tantos doces e guloseimas, coisas em absurdas quantidades e comidas para todos os lados. Eu já estava me sentindo perdida em meio a tanta coisa comestível, mas ao mesmo tempo encantada com tudo aquilo. Será possível uma pessoa encantar com comida? Não sei, mas acho que é exatamente isso que está acontecendo comigo agora. 

Eu estava sentada de frente para o meu computador, em uma parte da minha nova casa que era perfeita para fazer algo. Uma varanda enorme, com flores para todos os lados e por um momento me senti em um jardim sem fim. Meus olhos já estavam marejados, mas eu não queria chorar na frente dos meus amigos. Tomei a devida coragem que eu deveria ter tido a trinta minutos atrás e liguei para eles. 

-Olá Letícia! Não se passou um dia, mas já estou com muitas saudades! 

-Oi minha florzinha! Vê você do outro lado da tela é tão ruim e você nem deve imaginar como. Você já comeu? Chegou que horas? Gostou da decoração da casa? Andou pela cidade ou conheceu alguma coisa? Arrumou a papelada pra faculdade? Estás triste? -Ela disse desesperadamente e eu comecei a rir. 

-Letícia, eu agradeceria se você soubesse que pode respirar para falar e não precisa falar desesperadamente comigo! -Resmunguei e vi a minha 'irmã' revirar seus olhos, ela sabia como eu odiava quando faziam isso. -Sim, eu estou bem e já comi. Eu cheguei em Londres por volta das cinco horas e o único local que eu conheci até agora foi o mercado! Claro que amei a sua decoração, você daria uma ótima arquiteta mas você nunca me escuta mesmo...Não consegui arrumar nada da faculdade ainda, mas estou morrendo de saudades da suas brigas sem fim e do cheiro da sua comida queimada. -Falei com os olhos encharcados de lágrimas e elas me pediam para serem liberadas, Letícia deixou uma lágrima cair e tentou limpá-la rapidamente mas percebi antes dela fazer o ato. -Não chores meu amor! 

-Acho que foi tarde demais para você me dizer isso! Você sabe que também sinto sua falta e eu queria tanto estar do seu lado agora, aproveitando Londres contigo! Vai ser difícil não conviver mais com suas bagunças ou seus berros, como irei sobreviver sem suas reclamações Anne? 

-É algo que teremos de aprender juntas! -Algumas lágrimas caíram de meus olhos e a saudade apertou o meu coração. -Eu irei visitá-los quando eu puder, mas infelizmente não sei quando será possível. Mal cheguei e já estou pensando quando será a próxima vez que entrarei naquele avião para Brasília. 

-Eu também amiga! Não vejo a hora de poder te abraçar novamente! 

-Letícia, me desculpe mas terei que dormir para acordar cedo amanhã. Eu não me acostumei com esse fuso horário, então será bastante difícil pegar no sono e quanto eu mais cedo dormir melhor! Avise minha mãe que eu cheguei bem e que estou viva, amanhã ligarei para ela e para você também dando notícias. Boa noite, beijos. -Me despedi de minha amiga e ela limpou suas lágrimas. 

-Tudo bem, boa noite Anne! Amo você. 

-Amo você também. 


A chamada foi desligada e novamente o silêncio tomou conta da varanda aonde eu estava. Lá embaixo eu tinha a visão perfeita de um parque, havia tantas pessoas feliz ali. Era como se todo o meu passado tivesse voltado, mas de uma forma menos pior. Eu estava me sentindo tão sozinha e não tinha nem ao menos vite e quatro horas que a minha pessoa tinha chegado naquela cidade desconhecida. 




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