POV. bruna
Acordei com o despertador do Matheus, desligo o mesmo e vou me arrumar, minha cabeça latejava, me arrumo ali mesmo no banheiro dele, acordo os meninos e o Matheus logo em seguida, chamo o Gui e desço tomar o café, estava louca de fome, não comi nada ontem, por fim os meninos descem, só faltava o Matheus que logo desce todo animado, senta junto com a gente e me manda um beijo quando ninguém vê, sorrio com aquilo e depois de tomarmos nosso café, fomos pra escola. Chegando lá e todos me olharam, o que já estava ficando normal, entrei na sala e tinha um montinho, não entendi o porque, entrei e abriram caminho, me assustei ao ver Leo, com um sorrisinho bobo.
Bom dia amor- diz me dando um selinho.
O que você está fazendo aqui Léo? - todos meus sentimentos vieram à tona.
Não aguentei de saudades, já que você me ignorou- disse passando a mão em meu cabelo.
Você sabe que a gente acabou Léo- digo com um nó na garganta, o que eu sentia por Léo tinha voltado com dois pés no meio perito.
Terminamos pela distância, então resolvi isso- ele me olha com aquele olhar de sempre.
Todos sentados- a professora me tira do transe, resolvo deixar ele pra lá e fui me sentar.
A aula foi normal, o Leo se apresentou, e não parou de me olhar, o que deixou o Matheus extremamente estressado, minha dor de cabeça não passava, senti uma pontada na barriga e me encolhi, na outra reclamei um pouco alto.
AÍ!!!- digo em um tom não tão alto, porém os que estavam perto de mim escutaram.
Tá tudo bem Bru?-Biel pergunta e eu não o repondo, estou com muita dor, acho que estava com cólica.
Bruna?- Samuka tenta chamar minha atenção, minhas cólicas são fudidas, na maioria das vezes tenho que tomar remédio na veia pra passar, respiro fundo, e assento com a cabeça.
Finalmente o intervalo, pego um moldes na bolsa e vou até o banheiro colocar, melhor precaver, saio do banheiro e lá está ele, me esperando.
Foi cagar?- Matheus tira com a minha cara.
Babaca- digo e lhe dou um sorriso.
Estou preocupado com você- me olha preocupado.
Não precisava ficar, eu estou bem- acabo de falar e sinto uma pontada bem forte e me apoio nele.
Tô vendo esse teu bem, quer ir em um hospital?
Não, só estou com cólica- digo colocando a mão aonde doía.
E isso dói muito?- ele pergunta colocando a mão em cima da minha.
Você não faz idéia.
Calma ai, vou comprar um negócio pra você, fica aí- Matheus diz e some do meu campo de visão.
Não demora- gritei e me sentei em um banco, um pouco longe dos outros, até sentir alguém me fitando com o olhar, olho pra o mesmo e lá está Leo, com um sorrisinho besta, desvio o olhar e Matheus vem chegando.
Demorei? -ele pergunta com a mão pra trás
Não.
Toma- Ele diz me entregando um kitkat, EU AMO ISSO, ainda mais na tpm.
Te amo- digo o abraçando e voltando a me sentar, o mesmo apenas sorriu e sentou ao meu lado. Abro meu kitkat e decidi divirta com ele.
Não precisa- ele recusa.
Se você não pegar eu enfio na sua goela.
Grossa- ele aceita e ficamos ali conversando, olho pra frente e Léo ainda me olha firme, Matheus percebe e quebra o silêncio
Quer tirar ele da sua cola? - ele pergunta olhando pro Léo.
Tem como?- pergunto irônica.
Quer ou não? - ele insisti na sua pergunta.
O seu eu quero, mas...-ele não me deixa terminar e me beija, sua língua como sempre pedindo passagem, e como de costume eu nunca recuso, o beijo foi calmo mas cheio de vontade, terminei o beijo, com a tentativa de apenas ter chamado a atenção de Léo, o que não rolou.
Você tá louco Matheus?- sussurro olhando em seus olhos.
Você não quis se livrar daquele babaca? Então, te ajudei- falando no mesmo, olhei pra Léo que não estava mais ali, então acho que deu certo.
Mas agora vão pensar que a gente tá junto- digo arrumando o cabelo do mesmo, já que havia bagunçado no meio do beijo.
Deixem pensar, não vou perder nada, só vou ganhar- Matheus responde com voz de sínico.
Vai perder sim, vários contatinhos na sua agenda- tento quebrar o clima.
Posso perder se você prometer ficar- ele diz olhando em meus olhos e o sinal toca, salva pelo sinal, voltamos pra sala e nada do Leo, a aula foi tranquila, a professora disse que semana que vem vamos ter trabalho de inglês valendo nota, e em dupla, eu e gui não temos problema com inglês.
Socorro, sou péssima em inglês Manu reclama.
Quer ajuda?- Samuka pergunta e todos nós sentimos o clima que estava rolando ali.
Muita- ela diz com um sorrisinho bobo.
Hummmmm- falamos todos em coro, deixando os dois sem graça.
Ferrou, nos fodemos amiga- Lua reclama pra Manu
Vem comigo Lua- Guilherme não perde tempo.
Eita que os casais estão se formando automaticamente, isso mesmo, me confirma aí produção - Matheus diz em um tom alto, colocando a mão no ouvido como se tivesse um ponto de comunicação, chamando a atenção da sala.
Confirmadíssimo meu querido- grito levando todos a caírem na gargalhada.
E você Bru?- Biel me pergunta.
Vai comigo- Matheus responde grosso.
Vamos nos três, até porque vai ter que ter um trio- Tento amenizar a situação ali.
Ok- Biel leva numa boa, já Matheus não gostou da idéia, porém permaneceu calado.
A aula acabou e fomos pra casa, hoje fomos só nos três, as meninas e os meninos iriam mais tarde.
Vixe me lasquei- Gui coloca a mão na cabeça.
Que foi?- pergunto preocupada
Tô amarradao na Lua- ele confessa.
No sol também? - Matheus não perde tempo e ataca com suas piadas ruins.
Babaca- Gui o responde.
Ela é legal, e parece estar amarrada em você também-respondo o óbvio
Só eu que não tenho sorte nisso?- Matheus reclama e eu rio.
Somos dois, mas pensa por um lado positivo- respondo ao mesmo.
Qual?- Matheus pergunta confuso.
Sorte no jogo- digo piscando para o mesmo que me devolve um sorriso bobo. Chegamos em casa e fomos direto almoçar, jogamos conversa fora, zuamos e fomos cada um pro seu quarto.
Tomei um banho, coloquei um shorts curto e um top, não estava afim de colocar blusa, deito na cama e começa tudo novamente, uma cólica muito forte, tentava diversas posições e não passava, me deitei de bunda pra cima, mas na adiantava, doía muito, nunca fui uma menina fresca, porém doía pra caralho, aquilo não era cólica, certeza que tinha uma globeleza no meu útero, não aguentava mais, resolvi me levantar e como de costume a tontura falou mais alto, me apoie na primeira parede que vi, abri a porta do quarto e por sorte não tinha ninguém, fui me apoiando na parede até a tontura tomar conta do meu corpo, não vi mais nada depois disso, só lembro de me sentir como uma bola rolando na escada de casa.
POV. matheus
Estava na sala com o Gabriel, ele veio mais cedo, estava com raiva de seus pais, que vão viajar por um mês e não vão levá-lo, então ele ficou puto e resolveu vir pra cá, o que já era de costume. Estávamos jogando até escutar alguma coisa rolar da escada, me assustei, pausei o jogo e olhei pro Gabriel.
Você escutou?- pergunto olhando para o mesmo que continua com o olho na escada.
Aquela é a cabeça da Bruna?- Biel responde apontando pra escada, corri até a mesma, lá estava ela toda cheia de sangue e desacordada.
Vai Gabriel, pega a chave do carro, vamos leva-la pra um hospital- grito para Biel que correu até a chave do carro, pego Bruna em meu colo e vou em direção ao carro, não tinha carta, mas o único que sabia dirigir, então assumo a direção e seguimos para o hospital em uma velocidade consideravelmente alta.
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O Trouxa Do Meu Primo
Roman pour AdolescentsBruna, uma menina de 17 anos que resolve voltar para casa de sua avó depois de mais 5 anos sem vê-la, só não imaginava se reencontrar com seu primo, um primo que antes era considerado um irmão.. Mas e agora? Será que ele continua sendo apenas um ir...