Capitulo 25

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Pietra

Hoje, duas da madrugada, fazem exatos um mês que esse bebê está aqui no apartamento da Marie. Eu tenho dormido aqui todas as noites, e Alicia tem dormido todas as noites com o Cris pois já não agüenta o choro bebê nas madrugadas. Faz exatos um mês que não transo com a minha namorada, não que isso seja o importante, mas nem as carícias dela eu não recebo mais.
- Amor faz mamadeira?- Marie pede.
Me levanto e como todo ritual, pego o leite, coloco no caneco, mexo, vejo se está na temperatura boa, coloco na mamadeira e levo até Marie que como sempre está com o bebê no colo conversando com ele, que agora resmunga. Segundos o pediatra ele está completando sete meses, óbvio que Marie iria levar ele para fazer todos os exames para ver se ele estava mesmo bem, ou para apenas aproveitar mais e ficar com ele.
- Ele dormiu- Ela diz aliviada.
Ela o coloco no berço, que não acredito que ela tenha comprado, e por incrível que pareça ela não para de comprar coisas para o bebê, até toalhas com o nome dele já tem. Aline apóia muito ela, Alicia por sorte está do meu lado, já passou da hora de entregarmos ele as autoridades.
- Ele é tão bonzinho- Ela diz se deitando.
- Eu sei- Concordo.
Então ela sela nossos lábios e juntas pegamos no sono.

Eu acordei com meu celular tocando, esfrego meus olhos e me sento na cama devagar notificando se a Marie não tinha acordado, era uma mensagem de um número desconhecido.
"Espero que esteja pronta, eu estou voltando meu amor."
Apenas apaguei não dando a mínima, deveria ser engano. Levanto e vou para o banheiro e tomo um breve banho. Visto uma calça jeans e uma blusa social, hoje eu teria uma entrevista de emprego após o termino da faculdade. Passo uma escova em meu cabelo deixando ele caído de lado, dou graças que raspei aos lados. Vou para a cozinha e preparo o café.
- Bom dia- Alicia aparece na cozinha.
- Bom dia- Sorrio.
Ela se junta a mim para uma xícara de café, frase típica do chaves.
- Vai conversar com ela hoje?- Alicia pergunta.
- Assim que eu chegar- Respondo.
- Boa sorte- Ela disse me lançando eu melhor sorriso.
Terminei meu café e desci até o estacionamento, subi na minha moto e fui até o locar na qual me mandaram.

Estacionei frente a um prédio enorme, ainda bem que estou vestida adequadamente. Me identifico na entrada, e com pouca dificuldade sou instruída a ir até o terceiro andar.
- Bom dia sou uma das candidatas- Digo.
A secretaria olha em seu computador e me lança um olhar.
- Espere um momento vou avisar a senhorita Marnie que está aqui- Ela diz.
Então eu me sento em uma poltrona. Não demora muito para uma loira com enormes saltos aparecer. Sua pele bem bronzeada, uma blusa social que aparecia seus seios fartos, uma saia bem justa, a típica tentação.
- Senhorita Sanchez- Ela diz.
- Senhorita Marnie- Me levanto.
Então ela entra para dentro de sua sala, não posso evitar de olhar a enorme traseira que ela tem. Entramos em sua sala, ela pede para que eu me sente e assim o faço.
- Bom eu olhei bem seu histórico na faculdade, e confesso estou surpresa, com tão pouca idade e já com tanta experiência- Ela diz.
- Fui instruída pelo meu pai desde pequena- Comento.
- Porque eu deveria lhe contratar?
- Posso lhe oferecer os melhores serviços, claro não desmerecendo seus contratados, mas lhe garanto que meu trabalho e eficaz e tolamente completo. Verifico cada caso e torno como se fosse meu, assim tiro uma conclusão e consigo fazer dele um ótimo trabalho- Digo.
- Adorei- Ela diz anotando algumas coisas.
Após alguns minutos anotando algo, ela me entrega um papel.
- Aqui está, de para minha secretaria, ela lhe dirá o dia que começa nesta empresa!
Fico surpresa, assim tão rápido, é realmente um milagre.
- No seu primeiro dia teremos uma reunião, lhe explicarei as normas da empresa, e o salário. As vestes são exatamente essas que está vestindo.
Fico aliviada por não ter que usar vestido ou salto, realmente isso não é muito meu estilo.
- Obrigado senhorita- Estendo minha mão.
- Me chame apenas de Marnie- Ela agita a mão que lhe foi estendida.
Ela me acompanha até a porta, eu entrego o papel para a secretaria, que anota tudo em uma folha para mim, começo daqui a algumas semanas, ou seja, uma semana após o baile de formatura.
Após passar rapidamente na cafeteria para comprar uma torta de limão para a Marie volto para casa dela. Abro a porta e ela estava na cozinha tomando um copo do que parece ser suco.
- Cheguei- Digo.
Ela se vira e me abraça forte, então eu beijo seus lábios.
- Planejei várias coisas para nos hoje, primeiro vamos a loja de bebês para comprar uma toalha de banho, já que o Thaigo vive fazendo xixi na dele...- A cortei.
- Marie preciso falar com você!- Digo.
Então fomos para a sala, ela se sentou e eu fiquei ao lado dela.
- Já se passou um mês desde que esse bebê chegou a nossa casa, você queria cuidar dele, levou ao pediatra, fez exames, comprou tudo do bom e do melhor...- Faço uma pausa. - Mas acho que está na hora de levá-lo para um orfanato!
Ela fica imóvel, seus olhos marejaram e então ela se levanta caminhando até a janela. Eu me levanto e fico atrás dela olhando pro nada junto dela.
- Você sabe que lá ele será bem cuidado, agora conosco, não temos nossa vida formada, você tem apenas 23 anos, acabamos a faculdade agora, não temos tempo de criar uma criança!- Continuo.
Ela fica calada, se move apenas para secar algumas lágrimas que caem.
- Tudo bem- Ela diz por fim.
Fico surpresa por ela não fazer birra, ou implorar para ficar com ele.
- Quer levá-lo ou eu levo?- Pergunto.
- Você leva- Ela diz sem olhar para mim.
Então eu a viro fazendo olhar para mim, ela me lança um olhar que me diz que por hoje, ela não ficará normal comigo. Mas é preciso.
- Eu sei que você gosta do Thaigo, eu também estava gostando, mas ele merece pais que podem sustenta-lo e dar á ele uma boa vida e instável- Digo.
Ela apenas concorda com a cabeça.
Eu a abraço mas ela não retribui.
- Vou trocar ele- Ela diz.
Então ela sai me deixando sozinha na sala, confesso que senti uma pequena pontada de pena, ela estava realmente gosta do desse bebê, mas temos que fazer o certo. Não demora muito ela traz ele na cadeirinha.
- Roupa do homem de ferro- Digo surpresa.
- Era uma surpresa, mas não serviu nele quando comprei, mas serviu agora- Ela diz cabisbaixa.
Eu pego a cadeirinha, olho para Thaigo que nos olhava como se soubesse o que estava acontecendo.
- Adeus filho, mamãe te amou muito- Ela diz dando um beijo na testa do bebê que logo agarrou seu dedo fazendo ela chorar mais.
Ela solta a mãozinha do bebê então olha para mim com seus olhos repletos de lágrimas, então ela agarra seus braços e sobe para cima. Eu abro a porta e saio de casa, vou com o carro dela até um orfanato mais próximo. Acho melhor eu comprar um carro também para emergências.

Estaciono e saio do carro com o bebê nos braços, ele dormia. Entro no local e vou direto até a diretora.
- Posso ajudar?- Ela pergunta.
Pela suas vestes ela era uma freira.
- Deixaram esse bebê na porta da minha casa, eu não soube o que fazer, não deixaram nada dele, apenas ele e uma manta!- Explico.
- Ele está doente?- Ela pergunta anotando algumas coisas.
- Não, eu e minha namorada levamos ele ao médico, fizemos exames, ele está ótimo- Respondo.
- Quantos meses?
- Sete!
Ela anota algumas coisas.
- Você deseja dar entrada para adota-lo?
Isso faria a Marie feliz, já que ela gosta tanto dele-penso.
- Não- Então respondo.
- Tudo bem- Ela diz.
Logo entra outra freira na sala que toma Thaigo de meus braços, que automaticamente começa a chorar.
- Ele ficara aqui até alguma família adota-lo, estará sob ótimos cuidados não se preocupe, fez o certo o trazendo até aqui- Ela sorri.
Então me levanto e agito sua mão. Deixo aquele lugar incomodada, algo não estava certo, mas não a nada que eu possa fazer, esse é o certo.

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