Capitulo 31

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Eu acordei com a campainha tocando, vesti meu robie e acordei a Pietra que vestiu sua cueca e uma blusa enorme. Eu abri a porta e tive uma surpresa.
- Sr. Sanders- Digo ao vê-lo.
- Espero não estar incomodando- Ele diz.
- Claro que não entre- Cedo espaço.
Ele entra e parece visualizar a casa.
- Sente-se por favor, vou colocar algo apropriado- Digo sorrindo.
Então vou para meu quarto correndo, lavo meu rosto, escovo os dentes e coloco uma blusa regata junto de  short. E volto para a sala aonde Pietra já servia um café a ele.
- Então a que devo a visita? E como descobriu meu endereço?- Pergunto.
- Sua amiga Alicia Higgins me disse!- Ele responde antes de dar uma golada ao seu café.
- Então o que descobriu?- Pergunto.
- Foi mesmo um homem que te agrediu- Eu lanço meu olhar para Pietra.- Mas não vimos seu rosto nem a placa de seu carro, estamos investigando, e realmente, foi uma emboscada para você, mas seja lá quem comandou isso, quer você viva!
Suas palavras me extremasse, Pietra sente e me abraça forte.
- Mas seja quem for está longe!- Ele declara.
- Quase um ano após isso, tem mesmo que estar fora- Pietra diz.
- Concordo!
- Mas corro risco?- Pergunto.
- Sinceramente não- Ele responde.
- E se ela correr, o que devo fazer?
Ele olha para Pietra.
- A defenda!- Comanda.
Ela se cala, agora ele falou a língua dela.
- Mais informações estaremos sempre lhe dizendo- Ele se levanta.
- Obrigada- Digo agitando nossas mãos.
Pietra leva ele até a porta e depois vem até mim no sofá.
- Amor não esquenta com isso- Ela diz beijando minha testa.
- Tenho coisas melhores para pensar- Digo.
- Tipo?- Ela me olha.
- Nosso casamento que é daqui a duas semanas- Digo me sobressaltando.
Pietra ri calmamente.
- Do que está rindo?- Pergunto perplexa.
- Amor se acalma, está quase tudo pronto, menos, sua família!
Olho para ela, agora tenho a Certeza que era o melhor momento para eu contar a ela o que aconteceu.
- Eu vou contar o que aconteceu- Digo.
Logo o celular dela toca, aquela chefe insuportável dela sempre liga do pra ela, em todos os momentos ela liga, até parece que são amantes.
- Espera um minuto amor- Pietra pede.
Eu sento no sofá, um minuto passa, dois, três, quatro, sete, vinte, meia hora.
- Pronto- Pietra finalmente volta.
- O que ela tanto quer- Pergunto.
- Trabalho amor, tenho que ir até ela- Pietra diz caminhando até nosso quarto.
- Eu sei que as coisas estão difíceis mas não precisa correr para sua chefe sempre que ela estrala as patas!- Digo a seguindo.
- Amor ela é minha chefe!
- Você não vê meu chefe me liga do desse jeito!- Digo.
- Ela precisa de mim lá, o que posso fazer?- Ela pergunta.
Eu puxo seu braço fazendo ela olhar em meus olhos.
- Vamos nos casar e isso vai mudar, ou muda, ou eu desisto!- Íntimo.
Então a solto e volto para sala, ligo a Tv e fico vendo alguns desenho que passava. Pietra passa igual um vulto por mim e fecha a porta. Faz meses que ela está nesse emprego, o que eu ganho da para nos vivermos até ela achar outra mas ela não quer. Quero só ver aonde isso vai dar.

A tarde toda sozinha é a pior coisa que tem para mim, horas e horas desde que a Pietra foi salvar sua chefe mala. Eu ficava como sempre ajeitando o buffet para livrar se está tudo certo, meu vestido chega dois dias antes do casamento, eu estou uma pilha de nervosa e minha noiva não está aqui comigo para ajudar. Logo a campainha toca atrapalhando meu momento de vislumbrar a foto do meu vestido, caminho para atender e fico paralisada.
- O que faz aqui?- Grito.
- Não vai me convidar para entrar filha?
- O que porra você quer?- Me alterei.
Sem permissão ele entra na minha casa, visualizando tudo, enquanto eu fico parada com a porta aberta.
- Casa linda- Ele comenta.
- O que você quer aqui?- Insisto.
- Vim conversar com a minha filha, não posso?
- Eu disse que nunca mais queria vê-lo na minha frente seu...- Me contenho.
- Filha eu sou seu pai, nunca vou te deixar- Ele diz se aproximando.
- Como saiu da cadeia?- Pergunto me afastando.
- Uma pessoa pagou fiança!
Maldita pessoa, eu ainda mato.
- E porque veio me procurar?
- Soube que está se casando- Ele diz andando pela casa.
- Estou por isso quero que vá embora e fique longe do meu casamento!
- Quero entrar com você na igreja- Ele pede.
Solto uma risada bem alta.
- Você tem sorte por eu aturar você neste momento!
- Filha já disse que o perdão é tudo!
- Foda se essa porra de perdão, você foi um filho da puta, você merece sabe o que? A morte!- Eu grito.
Logo a porta se abre revelando Pietra.
- Que gritos foram esses?- Ela nos olha.
- Acho que você é o noivo- Ele diz.
- Eu sou mulher- Pietra corrige.
- Prazer, sou o pai da Marie- Ele estende uma mão a ela.
- Prazer, Pietra, a noiva- Ela agita as mãos.
- Vim aqui pedir para entrar na igreja com a minha filha!
- Nem fodendo- Grito.
- Marie ele é seu pai- Pietra me repreende.
- Ele deixou de ser a anos!- Digo ríspida.
- Bom adorei a casa de vocês, quero netos logo, vou indo, até daqui a pouco- Ele diz e sai andando até a porta e assim que ele está longe, fico aliviada.
- Que modos foram aqueles?- Pergunta Pietra.
- Modos que ele merece, na verdade, ele merece pior!
Eu me sento no sofá tentando me controlar.
- O que está acontecendo?
Então essa era a hora antes de alguém atrapalhar.
- Meu pai não tinha um ótimo relacionamento com a minha mãe, ele bebia muito e batia em nós duas, mas nela porque ela me protegia. Um dia ele chegou drogado e bêbado, com uma arma na mão, isso era quando eu tinha onze anos de idade entendia bem as coisas, ele apontou a arma para a minha cabeça e disse que ia acabar com o que nunca tivesse nascido. Ele ia atirar mas eu dei um chutei nele e corri, não muito longe pois a casa era pequena, então ele disparou, mas minha mãe entrou na frente e levou o tiro por mim- Digo como se toda aquela cena fosse repetida.
Minha mãe caída ao chão, eu pedi do ajuda a ele que apenas largou a arma e saiu correndo, eu gritei, mas ninguém ouvia, minha mãe perdia muito sangue, eu estava em pânico peguei o telefone e liguei para a polícia, demorou minutos chegou a ambulância e a polícia.
- Lembro que a polícia me enrolou em uma manta termina e ficou comigo por horas dentro da ambulância, enquanto na outra eles tentavam reanimar minha mãe mas a bala foi bem no coração, morte instantânea- Digo com um nó na garganta. -Os vizinhos o acharam e entregaram, ele estava preso desse meus onze anos, mas agora um maldito pagou fiança a ele!
Pietra estava perplexa, mas tinha mais coisas que ela precisava saber.
- Quatro anos antes de vir morar com a Alicia meu pai fugiu da prisão, invadiu meu apartamento e a força tentou abusar de mim, eu lutei contra e consegui evitar o pior, mas quase que eu não conseguia pois estava com medo, muito medo! Me senti suja do mesmo jeito, não quis viver mais, tentei suicídio várias vezes, mas quando fui morar com a Alicia eu tinha com quem conversa e finalmente parei com essas tentativas, tomei um rumo, e fui para a faculdade- Terminei de falar.
Eu estava olhando o nada.
- Eu não sei o que dizer- Pietra declara.
- Minhas amigas sabe, Allan sabe, eu não queria contar para você porque você pode ligar uma coisa com a outra e não querer mais me tocar- Digo a encarando.
- Amor nunca que vou fazer isso, falta pouco pro nosso grande dia, e não é esse babaca que vai estragar- Ela me puxa pro seu colo.
Não é esse babaca que vai estragar minha ultima semana como solteira.

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