Capitulo 26

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Marie

Assim que a Pietra me disse que teria que levar Thaigo embora meu mundo se quebrou. Admito me apeguei a ele, desde pequena tenho o desejo de ser mãe. E quem nunca cuidou de um bebê e pegou amor por ele que atire a primeira pedra.
Resolvi colocar aquela roupa que eu tinha comprado para ele em homenagem a Pietra. Ele sorria tanto, mal imaginando o que ia acontecer com ele segundos em diante.
- Eu te amo Thaigo- Digo secando uma lágrima que derramei em sua testa.
Então caminho até a sala e entrego a cadeirinha para Pietra.
- Roupa do homem de ferro- Ela diz surpresa.
- Era uma surpresa, mas não serviu nele quando comprei, mas serviu agora- Digo cabisbaixa.
Ela pego a cadeirinha, e olha para Thaigo que nos olhava como se soubesse o que estava acontecendo.
- Adeus filho, mamãe te amou muito- Digo dando um beijo na testa do bebê que logo agarrou meu dedo me fazendo chorar mais.
Eu solta a mãozinha do bebê então olho para Pietra com a visão turva por causa das lágrimas, então eu agarro meus braços e subo para cima, entro no meu quarto e caminho até o berço aonde Thaigo dormia. As lágrimas caem como se eu tivesse perdido um bem preciosos ou até mesmo tivesse perdido a Pietra. Pego suas roupinhas e coloco dentro do berço, as fraudas com seu nome, e um urso que eu havia dado a ele. Sento na minha cama olhando para tudo aquilo, pego meu celular a no papel de descanso de tela tinha várias fotos dele, e a foto era dele sorrindo. Jogo meu celular de lado e me jogo na cama fitando o berço. Eu sei que não deveria ter me apegado, mas por culpa desse maldito desejo de ser mãe eu me apeguei a ele realmente.
- Marie?- Alicia me chama.
- Entra- Digo secando as lágrimas.
Ela abre a porta, e senta ao meu lado na cama.
- Cade o Thaigo?- Ela olha pro berço.
- Pie, levou ele embora- Digo disfarçando o choro que lutava para sair para fora.
- Como se sente sobre isso?
Fico alguns minutos em silêncio.
- Bem- Minto.
- Realmente?- Ela fica surpresa.
- Não- Não consigo mais e desabo.
Ela então me abraça de lado, eu choro pior que o Thaigo com fome.
- Quando for a hora certa você e a Pietra vai ter vários bebês- Ela diz.
- Eu sei mas me apeguei ao Thaigo, eu sei que não deveria mas foi inevitável- Digo olhando ela.
- Eu sei que é difícil, mas olha o que eu tenho aqui- Ela diz.
Então me entrega uma correspondência, eu abro e dentro tinha um cartão, eu leio em voz alta.
"Parabéns, você agora e um (a) formando, esperamos você neste sábado para nosso ritual, o baile. Queremos entregar os diplomas, e dar aos parabéns pessoalmente. Atenciosamente: Sr.Kingston."
- Baile?- Pergunto.
- Estou super ansiosa, nem sei o que usar, hoje é quinta, temos que comprar um...- Eu a corto.
- Eu não vou!- Declaro.
- Mas e o diploma?
- Pego na faculdade depois- Digo.
- Não acredito, tudo isso por causa de uma merda de bebê!- Ela grita.
Eu me levanto e bagunço as roupas do bebê que eu tinha arrumado e pego uma peça.
- Merda de bebê? Quem pediu para comprar isso só porque estava animada sendo titia?- Grito.
Era um body, escrito "eu amo a titia". Ela ficou calada, então eu joguei novamente a roupa no berço e sai do quarto passando por ela furiosa. Eu ia sair de casa mas Pietra me impediu de sair.
- Ei, aonde vai?- Ela pergunta.
- Me deixa- Grito.
- Marie o que está acontecendo? É por causa daquele bebê?
- Sim é por causa daquele bebê, ele me ajudou a me recuperar mais do que você, ele esteve comigo mais do que a Alicia!- Grito olhando para as duas. - Posso estar sendo uma idiota agora mas não quero ver vocês, falar com vocês, eu quero ficar sozinha, e agora você está livre para voltar para sua casa!
Pietra fica calada mas não me solta.
- Marie se acalma por favor- Pede Alicia.
- Eu vou me acalmar, tudo vai voltar ao normal e assim vai ser, eu vou arrumar um emprego e morar aqui para sempre, e sempre ser a possível namorada da Pietra, maravilha- Digo irritada.
- Não vale a pena surta por um bebê amor!- Pietra diz.
Eu fico calada segurando o choro de raiva, porque eu estava possessa.
- Não era apenas um bebê para mim, vocês não entende, e não vai entender nunca!- Digo baixo.
Então solto meu braço das mãos de Pietra e saio de casa, desço até o estacionamento e entro no meu carro.

Paro perto da pequena praia que tinha a quilômetros de casa, estaciono o carro e retiro meus sapatos e caminho até a areia. As ondas eram fortes, o vento estava abafado, então eu tirei minha roupa e corro até o mar me jogando dentro. Essa era a hora.
Braço pra frente e para trás, bata as pernas, levanta a cabeça respirei e volte- comandei em minha mente.
E assim, finalmente, aprendi a nadar, claro engoli água algumas vezes mas já estava na hora de aprender o mais fácil da vida. E daquela água eu não queria sair, queria ficar aqui por dias e dias, não queria pensar em nada, na verdade não tenho em que pensar, mas estou deprimida.
Saio da água e fico sentada em cima das minhas roupas, horas vai, horas vem, finalmente, no fim do horizonte eu vejo o sol nascer, aquela visão me deixou mais relaxada, pronta para chegar em casa e continuar minha vida. Visto minhas roupas e vou para o carro, era a grande chance.

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