1.-Sou louco por ti.

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[Lizzie.pov.on]

Ainda me lembro que há cinco meses atrás estava eu a descobrir que ia ser mãe pela primeira vez. Com dois meses já e não fazia ideia. Ainda me lembro dos arrepios que senti e o tremendo medo que me veio à cabeça mas, acima de tudo, a felicidade. A felicidade de estar finalmente a correr tudo do jeito que eu queria. E apenas o facto de estar a realizar o sonho de ter uma família com o amor da minha vida deixou-me entusiasmada pelo que o futuro me reservava. No entanto, não fazia ideia de que este seria o meu destino.

Presa numa casa que não conheço, com as mãos atadas a uma cama que nunca estive e com uma pessoa que nunca pensei voltar a ver. 

O meu bebé estará pronto para nascer daqui a dois meses. Se eu não arranjar um plano para sair daqui rapidamente...será tarde demais. 

-Um dia antes-

O som da trovoada e a chuva a bater no parapeito da janela acordam-me. Abro os olhos observando o céu cinzento e as gotas de água que ecoavam pelo quarto todo.

-O tempo acordou-te?-oiço e viro-me encontrando o meu namorado parado na porta com os braços cruzados.

-Infelizmente.-dou um leve sorriso.

-Dormiste a tarde toda.-ele ri.

-Estou grávida. Posso usar isso como desculpa, certo?-pergunto e ele assente.

O homem de cabelos castanhos caminha até mim. As suas mãos pousam na minha pele e os seus lábios encostam na minha barriga.

-Está na altura de saíres daí, filho. A mãe precisa de parar de dormir de cinco em cinco minutos.-ele brinca sussurrando.

-Liam, o nosso filho só nasce daqui a dois meses.-rio-me.

-O tempo está a passar demasiado devagar.-ele beija a minha barriga.

-Está? Eu não diria isso. Parece que foi há uns dias que eu tinha menos trinta quilos do que tenho agora.-sento-me na cama.

Ele olha para mim e solta um enorme sorriso. 

-Continuas sexy para que conste.-a sua boca beija a minha testa.

-Ótimo, não podia perder isso.-brinco e ele ri-se. 

-Eu amo-te, Lizzie. Mal posso esperar para que comecemos a nossa família.-ele deixa um beijo nos lábios, levantando-se de seguida.-Bem, eu tenho que ir para a empresa. Volto logo à noite, okay?

-E eu estarei aqui à tua espera.-sorrio-lhe.-Amo-te, bom trabalho.

-E eu amo-te mais.-ele sorri-me uma última vez antes de sair do quarto e de seguida de casa.

Levanto-me da cama e vou até à cozinha. Preparo algo para comer e de seguida deito-me no sofá.

Pensamentos invadem-me a mente deixando-me nervosa. O Liam parece tão pronto e confiante para ser pai mas eu não deixo de pensar em como será a minha vida daqui a dois meses. Eu não tenho família que me apoie sem ser o meu namorado e a minha melhor amiga Elena. De resto, perdi os meus parentes todos e aqueles que ainda estão vivos não querem saber de mim.

Estava prestes a meter um filme assim que tocam à campainha.

Ignorando o quão frustrada fico por ter que me levantar, caminho até à porta e abro a mesma. 

E num fechar de olhos, alguém me põe um pano na cara fazendo-me adormecer.

-Presente-

Um dia. Passou-se um dia desde que vim parar aqui. Pelo menos penso que eu tenha passado um dia...

Desde que cheguei já observei todos os cantos do quarto onde estou. A cama é pequena, as cortinas estão fechadas e tapam qualquer claridade que possa entrar. O teto está verde do bolor e da humidade que se foi acumulando. Num canto do quarto tem uma garrafa de água e um tabuleiro com comida, comida que não me atrevi a provar.  A porta está trancada e a janela tem dois vidros o que faz com que seja impossível de partir. Tudo o que se vê pela mesma é um monte de prédios, grande parte deles abandonados. 

Ainda não vi ninguém desde que acordei. Estou um bocado confusa com tudo o que se passou até chegar aqui. A última coisa que me recordo é de abrir a porta. 

Sinto os nervos à flor da pele e medo do que possa estar a acontecer. No entanto, estou a tentar manter a calma pelo meu bebé. Admito que está a ser mais complicado do que achei que seria...

O meu corpo estremece assim que oiço a chave a meter-se na fechadura da porta do quarto onde estou. Rapidamente me levanto da cama onde estou e encosto-me à parede mais afastada da porta. A mesma abre-se e o meu coração aperta assim que o vejo. 

Os seus olhos verdes e o seu cabelo encaracolado. Alguém que nunca pensei voltar a ver, muito menos neste momento.

-Lizzie.-ele sorri-me enquanto caminha até mim.

Sem saber o fazer, agarro na primeira coisa que vejo à frente: um candeeiro.

-Não te aproximes de mim!-grito e o sorriso anteriormente presente na sua cara desvanece completamente. 

-Eu trago-te para casa e é assim que me agradeces?-ele respira fundo enquanto fica parado a uns passos de distância de mim. 

-Casa?-eu pergunto confusa.-Onde raios estou, Harry?!

-Em minha casa, Elizabeth. Onde pertences e onde já deverias estar há muito tempo!-ele reclama.

-Estás a falar do quê, Harry?! Tu e eu já não namoramos!-tento acalmar-me. Mas como raios é suposto estar calma se o meu ex namorado abusivo me raptou?!

-Isso vai mudar.-ele aproxima-se novamente de mim.-Ambos sabemos que não vais usar isso, Lizzie. Portanto, que tal pousares o candeeiro no seu devido lugar?

Ele tem razão. Além de que, usá-lo provavelmente só me traria más consequências. E isso é coisa que não posso arriscar.

Largo o candeeiro e o mesmo bate no chão, partindo-se em pequenos bocados.

-Foda-se, Lizzie!-ele grita e eu encolho-me.-Sabes que mais? Dou-te um desconto já que ainda te estás a habituar à ideia de me ter por perto.

-Eu não te vou ter por perto, Harry. Deixa-me ir para casa...por favor.-peço sem coragem para lhe olhar nos olhos. 

-Esta é a tua casa, Lizzie. A tua e a do nosso bebé.-sinto as suas mãos tocarem na minha barriga.

Sem saber se ouvi bem ou não, atrevo-me a perguntar:

-Nosso? O bebé não é teu Harry, este bebé é meu e do meu namorado...-afasto-me dele mas a sua mão agarra no meu pulso num impulso. 

-Oh sim.-ele ri-se.-Liam correto? 

Os meus olhos arregalam-se assim que ele diz o seu nome. Como é que ele sabe?

-Está na hora de esqueceres o Liam.-ele aproxima a sua cara da minha.-Tu pertences-me tal como esse bebé me pertence.

-O que é que se passa contigo?! Tu és maluco!-grito-lhe e ele agarra na minha cara com ambas as mãos forçando-me a olhar-lhe nos olhos.

-Tens razão, Lizzie.-ele sorri.-Sou maluco por ti.

Olá!

Primeiro capítulo e espero que tenham gostado.

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GIF EM CIMA: Lizzie

Beijinhos!

Save Her // Harry StylesOnde histórias criam vida. Descubra agora