[Autora.pov.on]
Uma arma. Um tiro. Sangue. Gritos. Pânico. Ela. Ela, a Lizzie cujo corpo cedeu à dor do corte que levou. Assim que o seu corpo embate no chão frio e sujo de vermelho, Liam corre de encontro a ela. No entanto, os médicos chegam mais rápido e pedem que ele se afaste. Mesmo que tudo o que ele quisesse fazer fosse agarrar na mão da mãe do seu filho, beijar a sua testa e dizer que tudo iria correr bem, ele afasta-se, sabendo que no final de contas, precisa de deixá-la receber a ajuda que merece.
Lizzie é levada para um bloco operatório e Liam é deixado ali, parado, confuso, em pânico e, acima de tudo, sozinho. Mesmo estando num corredor cheio de gente, sente-se sozinho.
Assim que o seu olhar se desvia para o homem a ser levantado pelos seguranças, tudo o que Liam passa a sentir é ódio e raiva. As suas pernas comandam-no a dirigir-se a Harry, num passo apressado.
-Filho da puta!-Liam grita e o seu punho fechado acerta no maxilar de Harry. Estava pronto para continuar o que tinha começado, até que foi afastado por um dos seguranças, que o obrigou a largar o agressor da sua namorada.
Styles solta um riso, fazendo com que o sangue de Liam fervesse cada vez mais. Os olhos verdes de Harry dirigem-se aos de Liam.
-Ela vai ser minha.-Harry diz entre sorrisos e risos.-Ela vai ser minha e não há nada que possas fazer para me impedir.
Sem se controlar, Liam salta novamente para cima de Harry. Num impulso, os seguranças afastam-se e Liam aproveita a oportunidade para derrubar Harry e ataca-lo com todas as forças possíveis. Os seus punhos colidem com a cara do homem à sua frente até que os seguranças voltam a retirá-lo de cima de Harry.
-Tu devias morrer!-Liam grita.
Harry é apanhado do chão e metido numa cadeira de rodas. Apesar de ser um criminoso, não deixava de ter um tiro na perna e a cara rebentada. Por isso, é transportado para fora do corredor da receção pelos seguranças e médicos.
Liam fica, mais uma vez, sozinho. Rejeitando todas as enfermeiras que o abordavam na tentativa de lhe limparem as mãos e fecharem os cortes que este fez.
Uma hora depois, Elena, a melhor amiga de Lizzie aparece no hospital. Liam, que neste momento se encontrava sentado à espera de notícias, ligou-lhe a contar o que se passou, na esperança que esta pudesse vir ter com ele. Pelo menos desta forma, ele não se sentiria tão sozinho.
-Liam, como é que ela está?-ela pergunta assim que se aproxima dele.
-Eu...eu não sei.-ele respira fundo passando as mãos na cara.-Ninguém me diz nada.
Reparando no pânico de Liam, Elena abraça-o.
-Vai ficar tudo bem.-ela diz.-A Lizzie é a rapariga mais forte que conhecemos.
-Espero que tenhas razão. Espero que ela fique bem e espero que o nosso bebé esteja bem também. A Lizzie não seria capaz de superar se perdêssemos o nosso filho.-ele tenta não chorar.
A Lizzie não seria a única que ficaria destruída com a perda do bebé. Liam não conseguiria superar também, no entanto, ele tem que pensar na hipótese de que tal poderá acontecer e ele terá de servir de porto de abrigo para a sua namorada. Por isso, não se pode dar ao luxo de ficar mal.
-A culpa é toda minha. Se eu não a tivesse mandado sentar-se longe de mim ela não estaria no bloco operatório e estaríamos em casa, aconchegados a ver o filme preferido dela pela trigésima vez.-Liam não resiste às lágrimas que queriam sair, deixando-as escorrer pelo rosto.
-Hey hey hey!-Elena reclama.-A culpa não é de todo tua. A culpa não é tua, nem dela, nem minha, nem de ninguém ser ser o psicopata que a magoou. Por favor, não te culpes por isto. Tu não fazias ideias de que ele seria doido o suficiente para tentar raptar a Lizzie no meio de tanta gente.
Liam estava prestes a responder, até que um médico entra na sala de espera. Ambos se levantam, com o coração nas mãos na esperança que fossem apenas boas notícias. O médico de bata branca anda até Liam.
-Família da Elizabeth Matheus, certo?-ele pergunta e Elena assente.-Ela já saiu da operação. Correu tudo bem e tanto ela como o bebé estão ótimos.
Liam solta um suspiro de alívio e Elena sorri, ambos aliviados com as notícias.
-No entanto, a recuperação será longa e é necessário que a Elizabeth descanse totalmente. É um risco para ela e para o bebé ela mexer-se e fazer esforços.
-Feito. Ela não vai fazer nada do que não for preciso fazer.-Liam diz, perguntando de seguida:-Podemos vê-la?
-Sim. Na verdade, precisamos que a convença a tomar os medicamentos. Ela está em estado de choque, já acordou há quinze minutos e recusa-se a falar ou sequer a tomar os medicamentos. É importante que ela os tome, caso contrário haverão consequências.
Liam assente imediatamente, deixando Elena na sala de espera sozinha e dirigindo-se ao quarto onde Lizzie se encontra. Assim que entra no mesmo, logo vê a loira deitada a olhar para a janela.
-Lizzie...-Liam caminha até ela. Não se ouve nenhuma resposta.-Por favor, fala comigo.
Assim que se aproxima o suficiente, Liam repara nas lágrimas presentes no rosto dela.
-Eu estou aqui, Lizzie. Não chores, por favor.-ele agarra na sua mão mas a mesma afasta-o.
-Eu meti o nosso bebé em risco. O Harry quer-me, ele quer o nosso bebé. Eu não estou a salvo e isso significa que o nosso filho também não está.-ela fala pela primeira vez. Liam arregala os olhos, sem saber o que dizer.
-A culpa não é tua.-ele olha-a nos olhos.-Olha para mim.-pede e ela assim o faz.-Tu não tens que ter mais medo. Ele não te vai tocar novamente. Ele não te vai bater ou obrigar-te a fazer algo que não queiras. Ele nem sequer se vai aproximar de ti. Eu não vou deixar, amor. Eu vou proteger-te e ao nosso bebé com todas as minhas forças, eu prometo. Vou certificar-me que aquele cabrão apodrece na prisão, podes ter a certeza.-ele beija a sua testa.-Eu amo-te, Lizzie Matheus e farei de tudo para que estejas bem.
Olá!!
GIF na mídia - Elena (melhor amiga da Lizzie)
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Save Her // Harry Styles
Teen Fiction• 1° PARTE DE SAVE HER • Dizem que o amor muda as pessoas, certo? No seu caso tornou-o psicopata e obcecado pela sua ex-namorada. Na sua cabeça, ela pertence-lhe, ela fá-lo sorrir nos piores momentos e ele ama-a. Mas ela não está feliz, ele está obc...