22.-Diz-me que és minha.

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[Lizzie.pov.on]

A minha visão está desfocada, o meu corpo cansado e as minhas cordas vocais parecem não aguentar gritar uma vez mais. Numa voz rouca, peço novamente que ele pare. Harry olha-me nos olhos e sorri.

-Eu disse que íamos brincar, certo? Agora vamos terminar.

-Harry, eu não quero...por favor.-eu peço tentando manter os olhos abertos.

Vejo-o a pegar na faca novamente, limpando-a nas calças. 

-Talvez tenhas razão. Acho que já chega por hoje.-ele diz enquanto guarda a faca na mala de onde a tirou.

Observo-o a tirar uma ligadura da mala preta, seguida de álcool. Ele abre a garrafa e despeja-a por cima da minha perna, fazendo-me soltar um grito.

-Não queremos que percas a perna, não é?-ele ri-se como se a situação fosse engraçada.

De seguida, Harry cobre o corte com a enorme ligadura branca.

-Uns dias serão o suficiente para que isto melhore.-ele sorri-me.-Amanhã recomeçamos, que tal? 

-Tu..tu és doente!-eu grito com as forças que me restavam.-Porque raios me estás a fazer isto?!

-Eu amo-te, Elizabeth. E peço desculpa se não gostas da forma que demonstro o meu amor por ti.-ele encolhe os ombros.

-Quem gostaria?!-grito novamente, olhando-o nos olhos chocada com a sua resposta.

-Há de chegar o dia que aprendes a gostar.-ele agarra na minha cara fazendo-me estar quieta.-Eu tento ser o melhor para ti mas de que é que vale se o melhor de mim não muda os teus sentimentos?

-Não somos compatíveis, Harry.-respondo tentando não dizer que o motivo de não sermos compatíveis é que eu sou normal e ele é um psicopata.

-Isso é mentira. Fomos compatíveis há uns anos, isso não muda!-ele grita, irritado.-Não...não, não, não. A verdade é que tu não podes amar-me porque amas outra pessoa.

-Não, Harry, o motivo não é esse.-eu tento fazê-lo entender.

-Este tempo todo estiveste a proteger o teu namorado.-ele levanta-se falando para o ar.-Tu sabes que não podes amar-me porque o amas a ele.

Eu fico em silêncio, sem saber o que responder. Se é isso que ele quer acreditar, que seja. Desde que me deixe em paz.

-Não te preocupes, Elizabeth.-ele aproxima-se de mim novamente.-Eu vou tratar dele por ti. Por nós.

-O quê? O que é que queres dizer com isso?-pergunto começando a ficar preocupada.

-Se ele desaparecer das nossas vidas és capaz de sentir o que sentiste por mim antes de ele aparecer.-ele ri.-Então, é exatamente isso que vai acontecer.

-Não, não, não...Harry, isso não vai mudar nada!-eu tento sair da cama onde estou mas os meus pulsos rapidamente são puxados para traz pelas cordas.-Por favor, deixa-o em paz!

-Eu não posso deixá-lo em paz, Lizzie!-ele grita.

-Eu faço o que quiseres. Eu paro de lutar, eu paro de tentar fugir! Harry, por favor. Diz-me o que é que queres e eu faço-o mas, por favor, não o magoes.

-O que eu quero é óbvio, Elizabeth.

-Sou eu, certo? Tu queres-me a mim?-eu pergunto.

-Mais do que quero alguma outra coisa.-ele responde-me e o meu corpo arrepia-se.

Eu sei o que é que tenho que fazer para afastá-lo de Liam. Ou, pelo menos, para que ele se esqueça de ideia de o magoar tempo suficiente até que eu fuja e consiga protegê-lo.

Tento acalmar os nervos e respiro fundo, sabendo que é isto que preciso de fazer...por mais que não seja o que quero.

-Eu estou aqui, Harry. Eu estou aqui contigo e sou tua.-olho nos seus olhos tentando parecer convicente.

-Estás a tentar manipular-me e eu não acredito em ti.-ele ri-se.

-Solta-me e deixa-me provar-to.-peço e ele olha-me nos olhos, tentando decifrar se estou a mentir ou não. Sorte a minha que sou uma boa mentirosa.

Depois de uns segundos a pensar, Harry agarra nas cordas que prendiam as minhas mãos e desaperta as mesmas, fazendo o mesmo nas que apertavam os meus tornozelos.

Respirando fundo, aproximo-me dele devagar. As minhas mãos pousam na sua cara e ele afasta-se, agarrando nos meus pulsos.

-Se estás a fazer isto para me enganar, Elizabeth, teremos problemas.-ele sussurra.

-Não estou. Não era isto que querias? Cala-te e aproveita.-eu digo e a partir do momento que as palavras saem da minha boca é como se os meus sentimentos se desligassem. A minha cabeça só se foca no momento, sabendo que se não fizer isto há grandes chances de o amor da minha vida sair magoado.

Volto a puxá-lo para mim pela sua camisola. As nossas caras ficam a centímetros uma da outra, e não preciso de fazer mais nada porque quando dou por mim Harry cola os nossos lábios. 

Podia dizer que me sinto enojada, triste, angustiada. Mas a verdade é que não sinto nada. Sinto um enorme vazio como se todas as minhas emoções tivessem desaparecido.

O seu corpo pousa em cima do meu com cuidado (ele, estranhamente, preocupou-se com a ferida na minha perna) e as suas mãos apressam-se a desabotoar-me as calças. 

-Diz-me que és minha.-ele sussurra continuando a despir-me.

Fecho os olhos, evitando olhar para ele, e digo.-Sou tua, Harry.

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Save Her // Harry StylesOnde histórias criam vida. Descubra agora