17.-O que é que queres de mim, Elizabeth?

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[Lizzie.pov.on]

Sinto uma mão tocar-me no braços e abro os olhos devagarinho.

-Desculpa acordar-te.-observo Liam a meu lado.

-Adormeci?-pergunto ainda atordoada com o sono.

-Sim. Não te censuro, deves estar cansada.-ele dá um leve sorriso. 

Olho para o lado e observo a incubadora vazia.

-Onde está o Carl??-puxo-me para cima na cama, ficando sentada.

-As médicas levaram-no para observações.-Liam informa-me e o meu coração aperta.

-Porquê? Está tudo bem?!-pergunto preocupada.

-Ele está bem. Só queriam confirmar que não existem problemas, tendo em conta que ele nasceu muito mais cedo que o previsto.

-Ah...okay.-suspiro de alívio.

-Já o trazem daqui a pouco.-ele sorri tentando confortar-me.-Sentes-te bem? 

-Melhor do que ontem.-murmuro.

Apesar de estar a tentar evitar o assunto, assim que olho para a testa de Liam e para o seu lábio ainda ensanguentado, desisto de tentar fugir do que obviamente tem que ser falado.

-O que é que eles te fizeram?-eu pergunto e a minha voz demonstra o quão triste estou por vê-lo magoado.

-Não temos que falar disso.-ele desvia o olhar.

-Temos.-discordo.-É a única forma de tentarmos ultrapassá-lo.

Depois de uns segundos a pensar, ele assente, concordando.

-Eu fiquei na sala quando subiste as escadas. Uns segundos depois, alguém me agarrou por trás tapando-me a boca e Harry apareceu à minha frente. Acho que dá para perceber o que é que aconteceu depois pelo estado da minha cara.-ele solta um leve riso, como se estivesse a tentar melhorar a situação.-Depois de me agredir, ele subiu as escadas e deixou o amigo comigo. Acho que o plano era que ele me matasse, mas ele não teve coragem para o fazer. Sendo assim, deu-me um último soco que me fez perder os sentidos. Um pouco depois, acordei. Ouvi-vos no piso de cima mas sabia que subir sozinho e desarmado não iria ajudar em nada. Por isso, saí de casa, esperei nas traseiras e liguei à polícia. Assim que eles chegaram e entrámos na casa só encontrámos a rapariga chamada Katerina presa no quarto. Ela contou-nos tudo o que aconteceu, incluindo que ouviu a polícia a chegar e que achava que tinhas fugido. Foi nessa altura que recebi uma chamada a dizer que estavas no hospital em trabalho de parto. 

Apesar de querer saber exatamente o que lhe fizeram, não insisto. Talvez seja melhor que ele não me conte os pormenores.  

-A polícia ainda está na nossa casa à procura de pistas sobre Harry.-ele diz e o meu corpo arrepia-se. 

O Harry continua solto? 

-Hey,-ele pousa a mão na minha perna.-Vai correr tudo bem, okay? Eles vão apanhá-lo.

-Disseste o mesmo da outra vez. Estavas errado.-suspiro.

-Estamos seguros desta vez. Isso posso dizer-te.-ele diz e, por muito que não acredite, não quero tirar-lhe a esperança que ele tem.

-Eu vou ver do Carl e volto já.-ele deixa um beijo na minha testa e sai do quarto.

***

Batem à porta e duas figuras aparecem no meu campo de visão, trancando a porta.

Eu não consigo ver quem são porque ambos têm um capuz grande e escuro a tapar-lhes a cara, mas assim que eles o tiram eu vejo.

Niall e Harry. 

-Harry...-sento-me na cama na tentativa de estar mais longe deles.

-Saudades?-o loiro ri. 

Harry mantém-se calado. Simplesmente se senta aos pés da minha cama e olha-me nos olhos. Um olhar tão profundo e raivoso que sinto os meus olhos queimarem.

Consigo observar a sua cara agora que ele está perto, e vejo um corte ainda aberto na sua bochecha, provavelmente do candeeiro que lhe atirei.

-Vou-te dar o benefício da dúvida desta vez.-ele fala pela primeira vez.-Fugiste porque não tinhas opção, eu percebo.

Não consigo evitar rir-me. Ele não percebe de todo.

-Tu achas que eu fugi apenas por isso?-rio-me.-Eu não te amo, Harry, eu não te quero perto de mim e muito menos quero ter uma vida contigo. Aliás, quero-te o mais longe possível da minha vida.

-Discordamos, então, Elizabeth.-ele respira fundo.-Eu acho que aí no fundo ainda me amas como me amaste há uns anos atrás.

-Referes-te a quando me batias? A quando me insultavas constantemente e me levavas à loucura? A quando me magoavas tanto que eu era obrigada a ir ao hospital? Tu...

-Já chega!-ele grita, interrompendo-me.-Se não queres estar comigo por vontade própria, estás contra. Eu não quero saber, Lizzie, na verdade, o que me interessa é ter-te perto.

Eu fico ali, quieta e sem saber o que dizer.

-Eu faço tudo por ti, faço os impossíveis e possíveis para que estejamos juntos e tu não valorizas nada disso.-ele ri-se.-O que é que queres de mim, Elizabeth?

Penso no que responder, sabendo que tenho um monte de coisas para lhe dizer. 

-Eu quero que te entregues. Eu quero que tenhas uma vida miserável na prisão e apodreças lá até ao fim dos teus dias. Eu quero que me deixes em paz. Eu quero ver-me livre de ti. Eu não te quero, Harry. Nunca te vou querer.-olho-o nos olhos.-Tu não és suficiente, nunca serás.

Reparo no quão chateado ele fica, e decido calar-me. A sua cara aproxima-se da minha e os seus lábios tocam na minha orelha. 

-Admiro a tua coragem.-ele sussurra.-Se voltares a falar-me assim, eu faço a tua vida um inferno. Eu tiro-te todos os que amas e obrigo-te a viver com a ideia de que a culpa deles terem morrido é toda tua. Queres mesmo desafiar-me?

-Queres mesmo correr o risco de fazer-me odiar-te mais do que já odeio?-questiono. 

Os seus olhos desviam-se para os meus e apercebo-me. Deixei-o sem resposta.

Olá!

Desculpem a demora.

Eu realmente estou stressada porque estou a tentar atualizar as minhas fanfics todas mas as ideias não estão a colaborar para que tal aconteça.

Eu vou tentar atualizar todas nestas férias mas se não conseguir desculpem lá.

Votem e comentem :)

Beijinhos :) 


Save Her // Harry StylesOnde histórias criam vida. Descubra agora