[Lizzie.pov.on]
Sinto uma mão tocar-me no braços e abro os olhos devagarinho.
-Desculpa acordar-te.-observo Liam a meu lado.
-Adormeci?-pergunto ainda atordoada com o sono.
-Sim. Não te censuro, deves estar cansada.-ele dá um leve sorriso.
Olho para o lado e observo a incubadora vazia.
-Onde está o Carl??-puxo-me para cima na cama, ficando sentada.
-As médicas levaram-no para observações.-Liam informa-me e o meu coração aperta.
-Porquê? Está tudo bem?!-pergunto preocupada.
-Ele está bem. Só queriam confirmar que não existem problemas, tendo em conta que ele nasceu muito mais cedo que o previsto.
-Ah...okay.-suspiro de alívio.
-Já o trazem daqui a pouco.-ele sorri tentando confortar-me.-Sentes-te bem?
-Melhor do que ontem.-murmuro.
Apesar de estar a tentar evitar o assunto, assim que olho para a testa de Liam e para o seu lábio ainda ensanguentado, desisto de tentar fugir do que obviamente tem que ser falado.
-O que é que eles te fizeram?-eu pergunto e a minha voz demonstra o quão triste estou por vê-lo magoado.
-Não temos que falar disso.-ele desvia o olhar.
-Temos.-discordo.-É a única forma de tentarmos ultrapassá-lo.
Depois de uns segundos a pensar, ele assente, concordando.
-Eu fiquei na sala quando subiste as escadas. Uns segundos depois, alguém me agarrou por trás tapando-me a boca e Harry apareceu à minha frente. Acho que dá para perceber o que é que aconteceu depois pelo estado da minha cara.-ele solta um leve riso, como se estivesse a tentar melhorar a situação.-Depois de me agredir, ele subiu as escadas e deixou o amigo comigo. Acho que o plano era que ele me matasse, mas ele não teve coragem para o fazer. Sendo assim, deu-me um último soco que me fez perder os sentidos. Um pouco depois, acordei. Ouvi-vos no piso de cima mas sabia que subir sozinho e desarmado não iria ajudar em nada. Por isso, saí de casa, esperei nas traseiras e liguei à polícia. Assim que eles chegaram e entrámos na casa só encontrámos a rapariga chamada Katerina presa no quarto. Ela contou-nos tudo o que aconteceu, incluindo que ouviu a polícia a chegar e que achava que tinhas fugido. Foi nessa altura que recebi uma chamada a dizer que estavas no hospital em trabalho de parto.
Apesar de querer saber exatamente o que lhe fizeram, não insisto. Talvez seja melhor que ele não me conte os pormenores.
-A polícia ainda está na nossa casa à procura de pistas sobre Harry.-ele diz e o meu corpo arrepia-se.
O Harry continua solto?
-Hey,-ele pousa a mão na minha perna.-Vai correr tudo bem, okay? Eles vão apanhá-lo.
-Disseste o mesmo da outra vez. Estavas errado.-suspiro.
-Estamos seguros desta vez. Isso posso dizer-te.-ele diz e, por muito que não acredite, não quero tirar-lhe a esperança que ele tem.
-Eu vou ver do Carl e volto já.-ele deixa um beijo na minha testa e sai do quarto.
***
Batem à porta e duas figuras aparecem no meu campo de visão, trancando a porta.
Eu não consigo ver quem são porque ambos têm um capuz grande e escuro a tapar-lhes a cara, mas assim que eles o tiram eu vejo.
Niall e Harry.
-Harry...-sento-me na cama na tentativa de estar mais longe deles.
-Saudades?-o loiro ri.
Harry mantém-se calado. Simplesmente se senta aos pés da minha cama e olha-me nos olhos. Um olhar tão profundo e raivoso que sinto os meus olhos queimarem.
Consigo observar a sua cara agora que ele está perto, e vejo um corte ainda aberto na sua bochecha, provavelmente do candeeiro que lhe atirei.
-Vou-te dar o benefício da dúvida desta vez.-ele fala pela primeira vez.-Fugiste porque não tinhas opção, eu percebo.
Não consigo evitar rir-me. Ele não percebe de todo.
-Tu achas que eu fugi apenas por isso?-rio-me.-Eu não te amo, Harry, eu não te quero perto de mim e muito menos quero ter uma vida contigo. Aliás, quero-te o mais longe possível da minha vida.
-Discordamos, então, Elizabeth.-ele respira fundo.-Eu acho que aí no fundo ainda me amas como me amaste há uns anos atrás.
-Referes-te a quando me batias? A quando me insultavas constantemente e me levavas à loucura? A quando me magoavas tanto que eu era obrigada a ir ao hospital? Tu...
-Já chega!-ele grita, interrompendo-me.-Se não queres estar comigo por vontade própria, estás contra. Eu não quero saber, Lizzie, na verdade, o que me interessa é ter-te perto.
Eu fico ali, quieta e sem saber o que dizer.
-Eu faço tudo por ti, faço os impossíveis e possíveis para que estejamos juntos e tu não valorizas nada disso.-ele ri-se.-O que é que queres de mim, Elizabeth?
Penso no que responder, sabendo que tenho um monte de coisas para lhe dizer.
-Eu quero que te entregues. Eu quero que tenhas uma vida miserável na prisão e apodreças lá até ao fim dos teus dias. Eu quero que me deixes em paz. Eu quero ver-me livre de ti. Eu não te quero, Harry. Nunca te vou querer.-olho-o nos olhos.-Tu não és suficiente, nunca serás.
Reparo no quão chateado ele fica, e decido calar-me. A sua cara aproxima-se da minha e os seus lábios tocam na minha orelha.
-Admiro a tua coragem.-ele sussurra.-Se voltares a falar-me assim, eu faço a tua vida um inferno. Eu tiro-te todos os que amas e obrigo-te a viver com a ideia de que a culpa deles terem morrido é toda tua. Queres mesmo desafiar-me?
-Queres mesmo correr o risco de fazer-me odiar-te mais do que já odeio?-questiono.
Os seus olhos desviam-se para os meus e apercebo-me. Deixei-o sem resposta.
Olá!
Desculpem a demora.
Eu realmente estou stressada porque estou a tentar atualizar as minhas fanfics todas mas as ideias não estão a colaborar para que tal aconteça.
Eu vou tentar atualizar todas nestas férias mas se não conseguir desculpem lá.
Votem e comentem :)
Beijinhos :)
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Save Her // Harry Styles
Teen Fiction• 1° PARTE DE SAVE HER • Dizem que o amor muda as pessoas, certo? No seu caso tornou-o psicopata e obcecado pela sua ex-namorada. Na sua cabeça, ela pertence-lhe, ela fá-lo sorrir nos piores momentos e ele ama-a. Mas ela não está feliz, ele está obc...