[Autora.pov.on]
Harry acaba de comprar as pizzas e conduze até casa novamente. Pela primeira vez, estava nervoso. Nervoso pelo que Lizzie tenha dito a Katerina, nervoso pelo que possa acontecer se Katerina acreditar no que Lizzie disser.
Com o coração nas mãos, Harry finalmente chega à porta de casa. Assim que abre a porta repara nas luzes ainda acesas e na televisão acesa, ainda no canal que ele tinha deixado.
Parte de si respira da alívio pelo facto de estar tudo da forma que estava antes de ele ir embora, o que significava que ela não tinha fugido. No entanto, o silêncio presente na casa toda fá-lo desconfiar.
Será que elas estão a dormir? Será que foram dar uma volta? Será que que fugiram?
Harry pousa a carteira e as chaves em cima da mesa e de seguida dirige-se ao quarto. Assim que entra, repara que nem uma nem outra se encontram sentadas na cama, como estavam antes, a conversar.
-Elizabeth?! Katerina?!-ele grita pela casa toda, procurando em todas as divisões.
Nada. Nem uma única resposta, nem um único som sem ser a sua respiração acelerada. Estava tão silencioso que era possível ouvir o seu sangue ferver de raiva assim que se apercebe que elas fugiram e não vão voltar. A Lizzie fugiu. Ela fugiu e não vai voltar.
Sem conseguir evitar, todo o seu ódio se concentra na irmã. Ele sabe perfeitamente que foi ela que a ajudou a escapar, especialmente porque o seu carro já não se encontra estacionado lá fora. Harry respira fundo, tentando acalmar-se. No entanto, não consegue. Tudo o que consegue é pensar em como irá recuperar Lizzie e como irá se vingar de Katerina.
[Lizzie.pov.on]
Depois de todo o stresse dos últimos dias e da preocupação que eu tenho por nunca mais ter sentido os pontapés do meu bebé, decidi ir ao hospital apenas para confirmar que está tudo bem. Por isso, estou neste momento a fazer uma ecografia.
Liam segura na minha mão e ambos olhamos para o ecrã. Assim que oiço o barulho do seu coração, um sorriso cresce no meu rosto.
-Isto significa que está tudo bem?-Liam pergunta ao nosso doutor.
-O vosso bebé está ótimo. Não tem nada de errado com ele, pelo contrário, está a desenvolver-se de forma saudável e daqui a menos de dois meses está prontinho para nascer.
-Ainda bem.-digo suspirando de alívio. Se algo acontecesse ao meu bebé nunca me conseguiria perdoar.
-Ainda querem esperar para saber o sexo do bebé?-ele pergunta e eu olho para Liam.
Liam prefere que seja surpresa, logo, estamos à espera. Ao início não concordei, mas acho que será interessante ver a nossa reação apenas no momento.
-Sim.-ambos respondemos.
-Muito bem. Então penso que estamos terminados por hoje.-ele entrega-me toalhetes para que possa limpar a barriga.
Assim que estou pronta para sair, levanto-me e ajeito a minha camisola.
-Obrigada, doutor Parker.-estendo-lhe a mão e ele sorri-me.
-Daqui a umas semanas voltamos a ver-nos.-ele aperta a minha mão.
Assim que nos despedimos, saímos da sala e vamos até à receção para marcarmos a próxima consulta. Liam obriga-me a sentar, por isso sento-me numa das poucas cadeiras livres que se encontra um pouco longe.
Acaricio a minha barriga e não evito sorrir. Daqui a uns meses já o tenho nos braços. Não imaginava que seria possível sentir tanto amor por alguém que ainda não conheço mas a verdade é que é possível.
Olho para a enorme fila na receção e encosto a cabeça para trás. Ainda vou ter que esperar uns minutos antes que estejamos despachados para ir para casa.
Sinto alguém sentar-se ao meu lado e chego-me um pouco para lá, de forma a não estar colada à pessoa.
Estava prestes a tirar o telemóvel da minha bolsa para ver as horas, até que uma voz me pára.
-Admito que a tua tentativa de tentares escapar para sempre foi boa.-logo reconheço a voz e o meu corpo gela.-No entanto, Lizzie, não resultou.
Atrevo-me a olhar para o lado e assim que o vejo, o meu instinto é levantar-me. Tento fazê-lo mas a sua mão esquerda agarra o meu pulso.
-Nem sequer tentes.-sinto algo a ser encostado contra a minha barriga.-Por muito que queira ter este bebé contigo, tu importas-me muito mais do que ele. Por isso, não duvides do facto de que sou capaz de espetar esta faca em ti.
-Harry, por favor...-começo mas as lágrimas impedem-me de falar.
-Vais atrair atenção para nós, pára de chorar.-ele sussura ao meu ouvido.-Quando eu disser, vais levantar-te e vir comigo. Entendes?
Isto novamente não...isto novamente não. Mal consigo acreditar que isto está a acontecer. Fecho os olhos na esperança que seja apenas outro pesadelo.
-Vais obrigar-me a perguntar novamente?!-ele grita contra o meu ouvido e fico logo esclarecida de que isto não é um sonho de todo. É a realidade e está a acontecer.
Alguns olhares desviam-se para mim e eu aproveito para pedir ajuda-sem emitir algum som, apenas movendo os lábios-a uma senhora que neste momento estava a olhar para mim.
Por uns segundos, ela parece questionar-se do que está a acontecer. Mas no momento que repara na faca encostada à minha barriga, ela dirige-se à receção. Depois do que parece uma longa conversa, a senhora da receção pega no telefone.
Com isto tudo, esqueci-me completamente que Liam está no mesmo sítio que eu. Assim que o vejo desviar o olhar para mim, o meu coração aperta. Os seus olhos arregalam-se assim que ele repara em Harry e noto que ele tenta correr até mim, mas a mulher a quem pedi ajuda pára-o e diz-lhe qualquer coisa que o faz parar.
-Vou contar até três, depois disso levantas-te comigo.-Harry fala novamente e eu respiro fundo. Por favor, alguém faça algo!-Um...dois...tr...
-Meta as mãos no ar e pouse a faca devagar no chão!-três seguranças aparecem e um suspiro de alivio sai da minha boca.
Os três seguranças estavam à nossa volta a apontar uma arma para Harry. Estava na esperança que isso fosse o suficiente para o intimidar e fazer com que ele me largasse mas não. Invés disso, Harry ri-se e num movimento rápido levanta-nos e encosta a faca ao meu pescoço.
As pessoas ao nosso lado afastam-se assim que se apercebem da situação e eu deixo incontáveis lágrimas escorrerem pelo meu rosto.
-Afaste-se dela. Não me obrigue a disparar.-um deles diz e Harry ri, novamente.
-Se o fizer, ela morre também.-ele diz e eu arrepio-me.-Diz-me, babe. Queres morrer desta forma?-Harry sussurra ao meu ouvido.
Sinto a faca pressionar cada vez mais o meu pescoço. Toda a minha esperança vai desaparecendo aos poucos, até que oiço o barulho de uma arma. Um dos seguranças acertou na perna direita de Harry, o que o fez cair e largar a faca.
Afasto-me dele rapidamente, deixando que os polícias o apanhassem. Estava prestes a chegar perto de Liam, até que sinto tonturas e uma dor forte. Meto uma mão na barriga e desvio o olhar para o chão reparando que o este está cheio de sangue. Assim que tiro a mão da minha barriga reparo no sangue e no rasgão que tenho na roupa, confirmando o que estava a temer. Com toda a confusão, nem sequer senti o corte que Harry me fez na barriga.
As lágrimas escorrem pelo meu rosto à medida que entro cada vez mais em pânico.
Pouco a pouco começo a sentir-me fraca, com os olhos pesados e as pernas a cederem. Quando dou por mim, sinto-me a cair e a última coisa que vejo antes de desmaiar é Liam a correr até mim.
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Beijinhos!
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Save Her // Harry Styles
Teen Fiction• 1° PARTE DE SAVE HER • Dizem que o amor muda as pessoas, certo? No seu caso tornou-o psicopata e obcecado pela sua ex-namorada. Na sua cabeça, ela pertence-lhe, ela fá-lo sorrir nos piores momentos e ele ama-a. Mas ela não está feliz, ele está obc...