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- O quão chateado ficou Zayn? - Harry perguntou, já em casa. Quando eu apareci sem Zayn no café, já que este insistiu que era ridículo voltar, eu e Harry viemos embora. Sempre em silêncio. Mas agora estávamos em minha casa e isso não podia continuar. - Muito?

- Ele não está chateado. - Afirmei.

- Então, está tudo bem?

- Sim. - Respondi enquanto me atirava para o sofá. - Espere. - Eu me sentei o impedindo de fazer o mesmo. - É melhor irmos para o meu quarto porq

- LOUIS! - Duas pequenas gritaram e vieram na minha direção.

- Porque você me odeia? - Eu falei para a minha mãe que acabava de fechar a porta.

- Oh, Harry! - Ela exclamou o indo abraçar enquanto as gêmeas subiam no meu colo.

- Olá. - Ele disse rapidamente quando a minha mãe já estava a caminho da cozinha.

- Ok... - Eu balbuciei. - Essas são as gêmeas: Phoebe e Daisy.

- Que queridas. - Ele comentou se sentando ao meu lado. Revirei os olhos porque, né, claro que ele ia achar isso. - Eu sou o Harry. - Ele falou e as meninas encolheram-se no meu colo.

- Ele não morde, eu juro. - Entreguei o meu dedo para Daisy e depois para Phoebe, como uma promessa. Daisy saiu do meu colo e foi para o de Harry, que não esperava por isso.

- Oh, ok. - Harry a ajeitou no seu colo. - Qual você é?

- Daisy. - Eu disse.

- Você é Daisy? - Harry brincou e as gêmeas riram. - Isso quer dizer que você é Louis? - Ele fez cocegas nela e esta riu. - Louis disse que me daria um beijinho. - Ele jogou, apontando para a bochecha. Daisy se esticou e beijou a bochecha de Harry.

- Eu não sou Louis. - Ela disse por fim, achando que ele não sabia de verdade. - Eu sou Daisy.

- Eu sei, bebé. - Ele riu.

- Daisy e Phoebe e se - Mamãe se calou as vendo sossegadas pela primeira vez na vida. - Harry, você é um anjo. - Ela se aproximou pegando Daisy de seu colo. - Vamos Phoebe. - Ela esticou a mão mas a pequena não a agarrou.

- Não. - Phoebe resmungou e se agarrou mais a mim.

- Vá, querida, Harry e Louis querem ficar sozinhos. - A minha mãe tentou mas a criança não se mexeu.

- Porquê? - Ela questionou. Maldita idade, hein?

- Nós queremos conversar. - Eu dei de ombros.

- Aquela conversa em que vocês decidem se querem ter outro bebé ou não?

Eu estava a encarar Harry e este parecia aterrorizado. Eu larguei Phoebe e me deixei cair no sofá, gargalhando que nem um idiota.

- Já chega queridas. - Mamãe riu também e puxou Phoebe para fora.

Levantei do sofá, ainda rindo, e esperei que Harry fizesse o mesmo. Subimos rapidamente para o meu quarto e eu tratei logo de fechar a porta, só para as criaturinhas não se tentarem.

- Como você consegue rir? - Ele perguntou, claramente ainda em estado de choque. - Não importa para você que elas achem que você é gay?

- Não. Mamãe as ensinou que não interessa quem a gente ama, homem ou mulher.

- Oh. - Ele pausou, surpreendido. - E toda aquela conversa? Ter bebês?!

- Elas ouvem meus pais falando isso.

- MAIS?! - Ele retorquiu. Eu dei de ombros.

- E os seus?

- Meus quê?

- Seus pais. Porque ficou tão pasmado?

- Porque eles não aceitaram a minha homossexualidade, muito menos me ensinaram isso. - Ele contou, desiludido. - Se você chegasse lá em baixo e dissesse que era gay, o que sua mãe diria? - Ele exemplificou.

- Não sei. Talvez me dissesse para eu usar proteção? - Disse quase como uma sugestão. Eu estava tentando brincar com isso mas não estava resultado.

- Pois. Eu desci e contei. Eles me expulsaram de casa, disseram que nenhum homem poderia substituir o que uma mulher faz, em todos os sentidos.

- Harry... Eu não... Não fazia ideia.

- Está tudo bem.

- Não está. - Fui do contra. Me aproximei dele e o abracei. - Lamento. - Eu sussurrei no seu ouvido e ele me abraçou de volta. - Mesmo.

- Está tudo bem, eu não

Harry tentou se afastar mas eu o interrompi, o puxando de novo para mim. Tudo bem que eu meio que estava em bicos de pés para isso mas eu ainda tinha alguma força.

- Se vai me abraçar, me abrace direito. - Ele brincou, pegando em mim e me pondo em cima da cama para eu ficar mais alto. Ele me abraçou de novo e a única coisa que eu pude fazer foi retribuir.

100% hétero (l.s)Onde histórias criam vida. Descubra agora