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Harry ainda esperava a resposta à sua mensagem ''Está vivo?'' que havia enviado para Louis no dia anterior. Não de um jeito obcecado, mas ele esperava. 

Mas a sua vida não parava e ele ainda tinha que encontrar Gemma essa manhã. Ela sempre dizia que tinha de apanhar demasiados autocarros da faculdade para a casa do irmão então ele combinaram encontrar-se no café às 11h. Mas Harry era demasiado pontual e havia chego quinze minutos mais cedo. Ele não iria ficar lá sentado sem ao menos consumir, então ele dirigiu-se ao balcão e esperou a sua vez. Quando a mulher à sua frente foi atendida ele deu um passo em frente para ser atendido também. O sininho da porta foi ouvido, tal como fazia sempre que alguém entrava no estabelecimento. Harry, com a esperança de que fosse a sua irmã, olhou a porta mas não foi Gemma quem ele encontrou mas nada mais nada menos do que Louis Tomlinson com as bochechas rosadas do frio e um gorro cinza no cabelo, apenas deixando a sua franja de fora. Tomlinson arregalou os olhos ao ver Styles ao que a sua reacção foi girar nos pés e sair dali. Styles nem encarou o empregado quando correu para fora do café sem ao menos ser atendido como ele havia esperado por ser na fila. No passeio, Harry conseguiu alcançar Louis agarrando o seu pulso e o fazendo parar de caminhar apressado. Louis encarou Harry chocado e o mesmo não percebia porquê. 

- O que está fazendo? - Harry questionou, referindo que Louis o tinha acabado de evitar

- Eu preciso de dormir com você. - As palavras saíram da boca de Louis antes que ele as pudesse prender. Harry franziu as sobrancelhas meio que entendendo. 

- O quê? - Ele perguntou à mesma. 

- Não, deixe lá. - Louis se corrigiu virando costas de novo. 

- Hey. - Harry o puxou de novo fazendo Louis ficar mais próximo dessa vez. - A que horas vem? 

- Eu não sei. - Louis, sem previsão, agarrou-se ao corpo de Harry, rodeando todo o seu corpo com os braços e acariciando a bochecha na malha fofa da camisola de Styles.

- Está tudo bem? - Harry o abraçou de volta, como podia, mas ainda assim ajeitando a franja do mais pequeno. 

- Sim. Eu posso ir? De verdade? - Louis olhou para cima e Harry para baixo, ainda abraçados. 

- Meu Deus! Sempre apanho os melhores momentos! - Gemma guinchou ao que segurava o seu telemóvel e tirava uma fotografia dos dois. Eles não se largaram mesmo assim e apenas esperaram que Gemma saísse dali, a encarando incrédulos. - Ok, eu espero você lá dentro. - Gemma falou entre dentes e entrou no café em seguida. 

- Pode vir sempre que quiser. - Harry beijou a franja do menor e finalmente o largou. 

- Eu estarei lá. - Louis sorriu e simplesmente voltou a caminhar. 

-x- 

E Louis estava. Estava na porta de Harry esfregando o suor das suas mãos nas calças na tentativa de este desaparecer. Louis não queria vir cedo demais porque isso levaria ao desespero que ele passaria enquanto esperava a hora de ir dormir. Enquanto Harry... Harry apenas se perguntava quando é que isso tinha ficado tão estranho. Ou ainda o porquê de Louis ter reagido assim no café. 

Quando Louis bateu na porta ele parecia mais suado ainda, como se estivesse caminhando para a sua própria morte. Harry abriu a porta e Louis apenas encarou os seus olhos. Nenhum deles disse nada, era uma situação demasiado estranha e apenas um deles sabia para o quê que estava ali. 

- Gemma, ela está em... Casa. - Harry informou apontando cegamente para dentro. Louis limpou as mãos uma última vez e entrou em casa. 

Harry não pode deixar de notar que Louis havia trocado de roupa. Agora ele trazia umas calças mais largas, uma camisola mais larga e ainda um casaco... largo. Harry também não pode deixar de estranhar quando Louis entrou e foi cumprimentar Gemma como ele nunca havia feito, lhe dando um abraço de ombro e se sentando no sofá em seguida, ao seu lado. Harry fechou a porta e quase se amaldiçoou por ainda não ter mandando Gemma embora. Ele queria saber o que incomodava Louis porque era mais do que óbvio que alguma coisa era. Ele só não decidia se era postura demasiado séria ou o facto de Louis estar sempre a limpar as mãos que o denunciavam. 

100% hétero (l.s)Onde histórias criam vida. Descubra agora