Capítulo Trinta e Oito

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Acordo com um cheiro de homem e sexo. Cheiro de Harry.

Abro os olhos lentamente por achar que já era de manhã, mas ainda o céu estava escuro. Olho para o lado e ligo a pequena luminaria no criado mudo, para verificar as horas, no marcador estava pontuando quatro horas e vinte sete minutos.

Os braços de Harry estão me apertando contra seu corpo, impedindo-me de mexer. Seu calor era muito bem vindo em tempos de frio, tanto fisicamente, quando emocionalmente.

Deixo-me iludir que tudo aquilo é real, que quando ele acordar, e me ver iremos sorrir e nos abraçar para sempre, que iremos ficar juntos para sempre. Sempre? Quem diria que um dia essa palavra me traria outra reação a não ser medo e receio.

Me viro lentamente para observa-lo. Harry ainda está dormindo, um pequeno sorriso em seus lábios me faz sorrir feito uma boba apaixonada. Capturo cada parte de seu rosto e guardo em minha mente. Desde as covinhas em suas bochechas, a pequena cicatriz em suas sobrancelhas. Observo o homem que esta deitado ao meu lado, respirando tranquilamente em um sono profundo, e então deixo-me falar tudo aquilo que não tenho coragem em dizer acordada.

 Observo o homem que esta deitado ao meu lado, respirando tranquilamente em um sono profundo, e então deixo-me falar tudo aquilo que não tenho coragem em dizer acordada

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- Harry. - Toco lentamente em seu rosto para não acorda-lo. - Me perdoa? Me perdoa por te machucar, por não poder lhe dar o que você quer, o que queremos. Sim Harry, nós dois queremos a mesma coisa, e sim, eu deixaria você me beijar em público, e até me levar para os lugares que você tanto gosta de ir, não me importaria com os paparazzi, não jogaria pedras neles. - Dou um pequeno riso ao lembrar de um acontecimento distante. - Te amaria como você nunca foi amado, na verdade já te amo dessa forma, e isso é algo que me machuca. A tempos atrás eu falaria que meu maior desejo era te esquecer, mas eu estava errada, não queria enxergar eu que jamais desejaria isso, nunca desejei isso verdadeiramente. Você não é o único que se machucou aqui, querido. Nos machucamos e isso já e o pior que fiz para nós dois, então o melhor a se fazer é eu ir embora.- Faço pequenos carinhos em seu rosto, os pequenos pelos em sua bochecha me tras um conforto indescritível. - Queria te pedir desculpas, me pedir desculpas, por tudo isso, por Liam ter voltado e estragado qualquer chances que poderíamos ter. Jamais saberemos não é? - Fungo tentando conter as lágrimas, me aperto mais em seus braços, e automaticamente Harry me puxa para mais perto. - Eu nunca serei sua verdadeiramente, e você jamais será meu. Então voe, vá. Não irei lhe prender mais. Um dia talvez eu possa voar com você. - Tiro os braços dele lentamente de cima de mim, pronta para ir embora, mas algo me faz o aperta-lo mais a mim. Se essa for a ultima vez, então eu ficarei ao lado dele o maximo de tempo que eu puder. Merecemos isso. - Te amo.

- Te amo. - Harry diz, abrindo os olhos lentamente e logo depois voltando a dormir.

Levanto-me para ir ao banheiro e escuto um resmungo sonolento de Harry ao me sentir sair de seus braços.

Ao voltar do banheiro tenho uma idéia, não muito sábia, mas uma ideia. Pego um papel que tinha em cima do criado-mudo para escrever um bilhete a Harry.

Between UsOnde histórias criam vida. Descubra agora