19- Fedor

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As duas já aviam passado por muita coisa desde que aquele inferno havia começador. Mas o que elas viram naquele lugar sobrepujou todos os horrores que ela havia presenciado.

A sala que elas entraram não tinha vista para a parte onde elas estavam, logo foram surpreendidas pelo interior macabro que encontraram.

No interior da sala que elas achavam que deveria ser uma sala de reuniões, havia uma medonha escultura feita por corpos em decomposição.

A lufada de ar que saiu da sala quase fez Hana vomitar.

Angelina percebeu o que se passava com sua amiga e perguntou:

- Você está bem?

- Estou - Foi a resposta seca da amiga. Ela viu que Hana havia engolido em sego.

- Fique atenta - Angeline falou.

Os mortos vivos estavam amarrados uns nos outros por uma corrente, e com cordas. Eles começaram a se mexer freneticamente ao sentirem o odor de vida que as duas mulheres exalavam.

Suas bocas medonhas se escancaravam em frenesi.

As duas ficaram paralisadas ao observarem a cena que estava diante delas. Quem faria isso? Por qual motivo? Eram perguntas que se passam na mente das duas.

A luz do dia não entrava totalmente na sala, e elas tiveram que usar suas lanternas para poderem iluminar melhor o cômodo.

Nas paredes haviam palavras escritas.

- Isso foi escrito com o sangue dos mortos - Angelina constatou assustada.

Luxo, riqueza, dinheiro, roubo, exploradores, ganância e uma serie de palavrões estavam escritos nas paredes da sala.

Na mesa que ficava no centro uma quantidade nunca vista pelas duas estava posta.

- Que diabos aconteceu aqui? - Hana falou.

- Não tenho a mínima ideia.

- Não estou gostando disso aqui. Temos que dar o fora e rápido - Hana disse.

Angelina apenas anuiu.

Um dos mortos conseguiu se desvencilhar das cordas que lhe prendiam, prontamente ele avançou na direção de Angeline. Essa pegou a sua longa faca e decepou o braço do morto vestido com um imundo paletó verde. A criatura apenas grunhiu e continuou avançar. Hana deu um golpe na fronte do morto vivo e esse não mais de levantou.

Angelina olhava o braço que ela havia decepado e depois agradeceu Hana pela ajuda.

O movimento dos mortos vivos faziam retinir as correntes que lhe prendiam provocando um coro de metal sobrepostos com gemidos.

Um morto vivo que estava em baixo da estrutura e já em avançado estado de decomposição se arrastava pelo chão. Seu tórax se desprendeu da parte inferior do seu corpo, suas entranhas se espalharam pelo chão. Sangue podre negro escorreu até perto do pé de Angelina.

Mesmo somente com seu torso, a criatura se arrastava almejando se alimentar de carne fresca.

Hana se adiantou e deu destruiu a cabeça do morto vivo que se arrastava deixando um rastro negro após si.

- Não aguento mais. Vamos. Antes que mais dessas coisas se solte. Se isso acontecer nós estaremos bem ferradas - Hana disse.

Após falar. Hana saiu da sala.

Angelina se demorou mais um pouco e quando saiu, viu que sua amiga estava sendo segura por um homem de cabelo emplastado, e pele extremamente suja.

Ele grunhia enquanto segurava com força Hana. Angelina não acreditava no que estava acontecendo, sua cabeça girava, seu coração estava saltando em sue peito. E uma fina gota de suor corria pelo seu rosto assustado.

- Não se mexe! Shh, sh, minha belezinha. Calma que não vou lhe machucar. Não muito - Depois de falar isso ele fez um som que deveria ser uma gargalhada.

O homem esfarrapado tinha a foz esganiçada, e falava entre os dentes. Seus olhos estavam vermelho, e Hana mesmo tomada pelo medo conseguia sentir o fedor que o seu agressor possuía.

- Grrrr - Ele emetiu - Não se mova sua danadinha. Ou sua amiga aqui vai morrer mole mole.

O homem possuía uma arma, um revolver calibre 38. Haviam apenas três balas no tambor da arma. Mas uma só era suficiente para levar a vida de Hana.

Angelina segurava com força o seu facão. Mas estava totalmente indecisa sobre o que fazer. Seus olhos revezavam entre o rosto de sua amiga e do homem.

De repente sem que nenhum dos três percebessem um morto vivo havia saído da prisão que o detinha e saiu pela porta da sala e por pouco não mordeu o braço de Angelina que estava próxima da porta.

Ela caiu com o morto em cima dela.

Hana aproveitou o momento de tensão. E deu uma cabeçada no queixo do homem imundo. Ele caiu para trás lançando palavrões para Hana.

Hana correu, e conseguiu com um forte chute livras sua amiga das garras do morto vivo.

O homem estava ainda se contorcendo no chão pela dor causada por Hana. As duas se levantaram.

Angelina enfiou a ponta de seu facão na cabeça do morto vivo e ele não mais se mexeu.

As duas sem pensar duas vezes correram na direção oposta a do homem. Quando estavam chegando em uma curva no corredor um disparo passou zunindo pero do ouvido direito de Hana e se alojou na parede. Agora ele só tinha duas balas.

Ela gritou. Angelina lhe ajudou para que ela não caísse.

Elas correram. Buscando um local para organizar um ataque ao homem esfarrapado. Ele se levantou e caminhou atrás delas. Mas não notou que ele não era o único perseguidor dentro do banco. Mais mortos vivos haviam se soltado das cordas.

The Walking Dead Sobreviventes do BrasilOnde histórias criam vida. Descubra agora