Três meses atrás.
O corredor estava apinhado. As cadeiras colocadas na parede estavam ocupadas. O que levou Priscilla a ficar de pé esperando a sua vez de ser atendida.
Poucos metros à sua direita um idoso gemia em uma precária maca enferrujada. Ao lado do homem uma senhora estava acariciando a cabeça dele enquanto ele sofria com as dores que sentia.
Priscilla não conseguiu ver, mas do corredor à sua esquerda vinha o som do choro de uma criança.
Vez por outra pessoas vestidas com jalecos passavam pelo corredor falando apressadamente umas com as outras e não prestavam atenção nas pessoas que estavam convalescendo no corredor.
Na frente dela esta um garotinho acompanhado de sua mãe. Ele estava com um olhar casando e do seu nariz descia um muco verde que sua mãe de tempos e tempos limpava com uma encardida toalha.
Dois policiais passaram conduzindo um jovem com um ferimento no braço.
Estava quente. O ar só havia funcionado naquele pronto atendimento nos primeiros meses de abertura do local. Depois nunca mais houve refrigeração naquele prédio.
Priscilla suava. Gotículas se formavam na sua testa e ela esperava.
Ela havia saído cedo da empresa que trabalhava no setor de call center pois estava se sentido mal.
Da empresa para a emergência sua situação piorou.
- Devo estar com dengue - Priscilla. Pensou.
E realmente estava.
Em pé no corredor do hospital de emergência a jovem esperou a sua vez de ser atendida.
Seus ossos começaram a doer. E ela começou a sentir tremores pelo corpo.
Vez por outra os sons do ambiente movimentado diminuíam na cabeça de Priscilla. E ela se sentia tonta.
A jovem pegou seu celular e avisou sua mãe sobre a sua situação e o local onde estava.
A mensagem não foi visualizada. Ela xingou baixinho.
- Droga!
Colocou a mão na testa e se sentiu quente.
- Ah estou piorando e essa fila que não anda.
De repente ela começou a ouvir vozes, mulheres e crianças gritando. Uma avalanche de pessoas correu em sua direção e Priscilla se sentiu fraca, sua visão ficou turva. Ela caiu foi pisada por algumas pessoas que corriam desesperadas. Depois de piscar algumas vezes ela olhou para onde as pessoas estavam vindo e viu homens brancos com a aparência de estrangeiros. Eles estavam com suas roupas cobertas de sangue.
A moça tentou se levantar. Mas estava cansada e tonta demais para isso. Ficou parada no chão e quando voltou à consciência estava sendo atacado pelos dois homens.
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The Walking Dead Sobreviventes do Brasil
FanfictionA epidemia de mortos vivos se alastra por todo mundo. E no Brasil dia após dia a sociedade está em declínio, as instituições governamentais ruíram. Neste fanfic apresento a luta pela sobrevivência em cidades brasileiras.