63 - Chamas redentoras

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Sobreviventes do Rio de Janeiro

Assim que os donos das sombras deixaram a proteção da esquina André disparou.

- NÃO ATIREM!- Um dos homens que aparecerem falou. Os dois claramente eram combatentes inimigos de André e Custela, porém eles estavam feridos, suas roupas rasgadas e não possuíam nenhum indicio de hostilidade mesmo possuindo pesados fuzis em suas mãos. Por algum motivo os dois traficantes estavam totalmente entregues.

Custela olhou para André buscando uma orientação, porém mesmo nele havia dúvidas sobre o que raios estava acontecendo.

- Que infernos está acontecendo aqui? – André bravejou por fim.

Quando um dois homens ia responder, uma janela de vidro se quebrou de uma das casas que separada os quatro homens. De dentro da janela dois mortos-vivos saíram. Duas sombras do que um dia foram um homem e uma mulher, amos de tez negra. Seus olhos brancos giravam em seus globos enquanto seus dentes batiam uns contra os outros no afã de satisfazerem seu instinto primitivo.

Os dois homens levantaram seus fuzis para dispararem contra a nova ameaça.

- Calminha aí- André falou peremptoriamente. Os homens levantaram suas armas em gesto de rendição. Custela rapidamente disparou contra a cabeça das criaturas que já começavam a caminhar até onde ele estava. Um fino fio de fumaça subia do cano da arma do soldado do tráfico.

- Já podem responder- André disse com a mira na cabeça de um dos oponentes.

- Tá tudo acabado cara- O homem maior falou, clara mente ele estava exaurido de suas forças. Seu rosto descarnado era o semblante de alguém aterrorizado.

- Como assim? – André questionou - De onde estão vindo esses malditos mortos-vivos

- Quando começou a invasão do bando de vocês – O homem menor falou, e tossiu em seguida, um jato de sangue saiu de sua boca em seguida, seu companheiro o observou com apreensão. – nosso chefe mandou que a gente desse um fim rápido em vocês.

- Mas isso não explica o inferno que está se transformando isso aqui – André falou sem paciência.

- Eles servem como uma segurança a mais – O homem maior falou.

- Mas que MERDA! De segurança é essa que come vocês mesmos?- Vareta disse.

- Depois que o confronto começou – O menor continuou- O chefe surtou e abriu todos os quartos onde estavam presos os mordedores.

- Acho que ele mesmo deve tá morto uma hora dessas – O homem maior disse pesaroso.

- Por que você pensa assim? – André inquiriu.

- Nós ainda ficamos com o chefe por um tempo, outros saíram na mesma hora do nosso QG, mas chegou uma hora que era capá o gato ou morrer. Quando a gente saiu de lá um enxame de zumbis brotou pela porta principal, nem eu sabia que tinham tantas lá – O Mais baixo disse. – Também alguém começou a atirar igual um louco lá dentro. Então tudo começou a pegar fogo. Só pode ter sido o chefe. Agora a gente tá aqui.

- E agora? – Custela perguntou para a André.

André analisou a história dos homens que estavam diante de si e ponderou a respeito. Era improvável que tudo o que eles haviam contado fosse mentira, não havia motivo para isso.

- O quê vocês vão fazer agora? – André perguntou aos homens, neste momento tirando-os da mira de sua arma. Ele estava taciturno.

- Vamo ver se a gente encontra nossas mulheres e nossas crianças. – O maior respondeu.

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