25- A noite é escura e cheia de terrores

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Duas horas depois de eles terem deixado Hana e Bet, os dois ainda não haviam encontrado nada de precioso. Quase tudo já havia sido pilhado.

Matheus achou por bem manter uma linha reta e permanecerem na Rua da Consolação.

O céu estava nublado, e no lado leste ainda mais negras nuvens se aproximavam. A temperatura iria cair ainda mais.

Quando eles passavam por um cruzamento dois mortos vivos vieram ganindo até os dois.

O mais avançado possuía apenas um olho e parte e andava com paços claudicantes. Uma de suas pernas estava terrivelmente inutilizada, parte do fêmur de projetava para fora. Entretanto, nem isso o impedia de ir à busca de satisfazer sua fome infernal.

O morto vivo mais atrás poderia muito bem passar por uma pessoa normal, se não fosse pelo sangue seco em seu rosto e em sua camisa.

- Fique alerta – Matheus disse.

O primeiro morto vivo se aproximou do rapaz ele apenas pendeu a barra de ferro cravando o artefato no meio da cabeça da criatura, sangue coagulado foi expelido. Ele recolheu sua arma e com a perna direita empurrou o cadáver animado para o chão. Não houve mais movimento no corpo, uma grande nódoa se formava no asfalto da via.

O segundo morto vivo foi abatido por Angeline. Ele se locomovia mais rápido que sue companheiro abatido por Matheus, entretanto A mulher rapidamente o levou ao chão após um rápido golpe que o decapitou.

Os dois continuaram a caminhada.

Matheus e Angeline passaram pela Praça Roosevelt, onde muitos corpos jaziam no chão. Cada um em diferentes estados de decomposição. Algumas aves se banqueteavam com a carne dos mortos.

Quanto estavam sob as árvores que ladeavam a rua uma forte vento soprou trazendo frio e o fétido odor dos corpos que estavam na praça.

Mais a frente eles passaram por uma área playground onde havia vários brinquedos. Uma grande árvore lançava sua sombra sobre o local.

- Veja – Matheus disse – E apontou para uma área no fundo no playground.

- Estou vendo – Angeline disse. Lá no fundo haviam um bando de dez mortos vivos.

- Temos que apressar o passo – Matheus disse.

Por sorte eles não foram notas.

O ambiente começava ficar mais fechado. Mais árvores estava dispostas nos lados da rua, o que tornava a caminhada ainda mais perigosa.

- Você não acha melhor nós tomarmos outo caminho? – Angeline falou após notar o perigo em que estavam correndo naquela área.

- Vamos só mais um pouco, depois nós retornamos. Caso a rua continue a ficar estreita e escura.

- Está bem então- Angeline falou.

Não demorou muito e para sorte dos dois eles chegaram a uma pequena área comercial. Do lado esquerdo deles eles avistaram uma pequena farmácia. Pequenas cruzes vermelhas enfeitavam a fachada do estabelecimento. As portas do local estavam quebradas. Mas eles não perdiam nada por tentar encontrar ainda algo de valor lá dentro.

Matheus tomou a dianteira, seguido por Angeline que tinha seu facão em riste. Pronta para qualquer perigo.

Todas as prateleiras do local estavam quebradas. Pelo chão havia uma infinidade de caixas de medicamentos.

- Me cubra –Matheus disse. E se pegou algumas caixas e balançou. As que haviam alguma coisa dentro ele colocava em sua mochila. As vazias apenas as lançava ao chão.

- Por sorte não levaram tudo – Angeline disse – E depois tossiu, pois dentro do local reinava um ar fétido.

Depois de colocar os medicamentos na sua mochila, Matheus dirigiu-se até o balcão, esperando encontrar algo mais.

Ele lamentou que no Brasil não haviam tantas armas em posse de civis como em outros países. Nos filmes que ele via em quase todo estabelecimento havia uma arma escondida. No Brasil, porém a única segurança que os empresários tinham eram sistemas de monitoramento por câmeras.

Quando ele ia passar para a parte de trás do balcão uma mão em garra pegou sua perna, ele fo ao chão. Angeline correu em seu socorro.

Uma mulher com fiapos de cabelos loiros na cabeça tentava morder o rapaz. Ele estava de mau jeito e seus golpes não atingiam a cabeça da morta viva que lhe atacava.

Angeline chegou perto dos dois. E com um chupe afastou a moribunda de seu companheiro. A boca a mandíbula da morta vida ficou em um ângulo hediondo.

- Eca – Angeline disse.

- Droga, como fui imprudente – Matheus disse se recuperando do susto – Deixa que eu acabo com ela.

A criatura lançava gosma de sua boca torta enquanto andava a direção de Matheus.

Ele apenas estocou a cabeça da mulher por entre o orifício do olho esquerdo da criatura e ela não mais ofereceu resistência.

- Vocês está bem ? – Angeline disse.

- Estou sim, obrigado. – Foi só um lapso meu. Não vai mais acontecer.

Ele com mais cuidado vasculhou em cada gaveta do local e recolheu itens de higiene além-claro dos medicamentos. Bem como alguns tubos de creme dental sabor uva, para Bet.

- Acho que é tudo – Matheus disse – Vamos lá do outro lado da rua, eu acho que vi uma loja de conveniências. Podemos encontrar comida lá.

Cautelosamente eles atravessaram a rua, e entraram no mercado, o ambiente era semelhante ao da farmácia, mercadorias jogadas por todo o lado, sangue nas paredes e o hediondo fedor.

Apesar de haverem vários restos mortais por todo o local eles não encontraram nenhum morto vivo lá dentro, o que facilitou o trabalho de coleta deles.

- Acho que temos o bastante para nossa saída da cidade – Angeline disse.

- Temos sim. Agora precisamos voltar antes que anoiteça.

- Pois como li certa vez "A noite é escura e cheia de terrores" – Angeline disse.

- Nestes dias esta frase é ainda mais real – Matheus falou.

Quando saíram do pequeno mercado estava mais escuro e o sol já estava baixo no oeste.

- Acho que ficamos tempo demais fora. E só iremos chagar até Hana e Bet durante a noite.

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