Pertencia à sua mãe

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Pov. Kat

Quando ela saiu a sala explodiu em conversas e pessoas se abraçando. Logo me levantei e sentei ao lado dele.
- Falei que não precisava se preocupar. - ele disse.
- Quase tive um ataque cardíaco. Meu coração tava tentando sair pela boca.

O sinal bateu, nós pegamos nossas coisas e fomos pro estacionamento.
- Então, a gente se vê mais tarde? - perguntei.
- Sim, eu passo na sua casa.
- Tchau. - acenei.
Eu fui em direção ao carro mas, havia algo faltando. Então eu percebi.
- Ei ?! - o chamei e ele se virou.

Corri em direção à ele, pulei e o abracei, ele me segurou tão forte que meus pés não alcançaram mais o chão. Quando nos separamos eu estava envergonhada.
- Agora eu posso ir. - disse sorrindo, ele não entendeu mais deu risada - Tchau.

Entrei no carro me sentindo meio aérea e rindo feito boba. Logo fui embora.

Cheguei em casa e fui pra cozinha, almocei e fiquei no sofá assistindo. Subi e coloquei um vestido soltinho estampado que é meu preferido e continuei na sala.

Pov. Chan

Depois que a Kat me abraçou, eu fiquei sem saber o que estava acontecendo. Ela se virou, entrou no carro e foi. Eu percebi que ainda estava estacionamento, entrei no carro e fui pra casa.

Só estava a beth e a jud, subi pro meu quarto e fiquei deitado até que dormi. Acordei, me troquei e fui pra garagem. Cheguei na casa da kat e toquei a campainha. Ela apareceu na janela e me pediu pra esperar, poucos minutos depois ela apareceu no portão.
- Então, vamos? - perguntei
Entramos e ela perguntou.
- Pra onde nós vamos?
- Praia.
- Yay. - ela disse animada.

Nós chegamos e havia uma feira de artesanatos.
- Vamos ver. - ela disse e me puxou.
- Que lindo. - ela disse me mostrando uma gargantilha com uma pedra da lua - Vamos olhar as outras coisas. - falou e foi.
- Já vou. - eu disse e olhei a gargantilha.

- Então. - ela disse e me olhou quando nós estávamos observando o mar - Vamos?
- Sim, mas antes fecha os olhos. - pedi.
- Pra quê?
- Só fecha. - ela fechou os olhos.
Eu peguei no bolso o colar e coloquei nela.
- Pode abrir?
- Sim.

De início ela ficou confusa, então eu mostrei a câmera frontal do celular pra ela que sorriu.
- Obrigado. - disse e me abraçou.
- Vamos. - a chamei.
- Posso ir dirigindo? - perguntou quando estávamos indo para o carro.
Dei a chave e ela foi dirigindo.

- Então a gente se vê depois. - ela disse parando em frente a casa dela e nós nos despedimos e saímos do carro - Sua chave.
Ela me deu um beijo e entrou. Cheguei em casa e vi meu pai na sala.
- Oi. - eu disse.
- Oi, tava aonde?
- Na praia com a kat. Eu vou subir.
- Ta bom. - disse e riu.

Nem é tarde, mas eu dormi, e só acordei no outro dia.

Pov. Kat

Cheguei em casa e minha tia estava sentada na sala.
- Então? - ela perguntou.
- Eu passei. - disse me sentando.

Naquele momento eu senti meus olhos se encherem de água e todos os sentimentos que havia guardado pra eu mesma foram liberados em forma de lágrimas.
- O que foi? - ela perguntou se aproximando.
- Tudo. - disse quase em um sussurro - Eu to sentindo tudo. Raiva e dor. - falei ainda chorando - Era pra eles estarem aqui. Eu to com raiva porque eles morreram. Tô com raiva porque eles me deixaram só.
- Eu estou aqui. Eu to aqui com você. - ela me abraçou.
- Eu sei. - falei baixo - E eu amo você mas, eles eram meus pais e eu sinto tanta falta deles.

Ela só me abraçou mais forte, e após um tempo eu me acalmei.
- Eu sempre vou estar aqui pra você. Tudo bem? - perguntou.
- Tudo bem.
- Vamos lá em cima.

Era Pra Ser (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora