Literalmente no chão

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Concordei com a cabeça, pois não deixa de ser verdade
- Caiu? - ouvi Rick dizer.
O Chan estava com uma cara super suspeita. E nesse momento tive que colocar a mão na boca, tentando não rir. E ele bateu na minha perna com o pé.
- Vocês viram a Kat? - ouvi minha tia dizer e vi as pernas dela por baixo da cama. - Procurei ela pela casa toda.
Ele me olhou discretamente e eu percebi que aquela era minha hora de aparecer.
Esticou a mão e eu peguei, levantando de uma vez.
Os dois fizeram uma cara super engraçada quando eu levantei.
- De onde você saiu? - minha tia perguntou.
- Como? - o Rick tinha uma cara confusa.
- Do chão. - eu disse rindo - Literalmente. Eu tava deitada no chão.
- Caiu no chão também? - o Rick perguntou e nós soltamos um riso abafado - Esses adolescentes são demais pra mim. - falou fazendo um sinal de rendição e saindo do quarto.
Quando ele saiu eu não aguentei soltei a risada que estava segurando, sendo seguida pelo Chan e posteriormente pela minha tia.

Até a noite tudo já estava pronto pra irmos embora.
- Tô com o coração apertado por ir embora. - falei pra minha tia - Eu vou sentir tanta saudade.
Ela colocou café pra nós e se sentou do outro lado da bancada.
- Se faz você se sentir melhor, nós podemos voltar mais vezes. - falou.
- Faz sim. - eu disse.

Entrei no meu quarto e encostei na porta fechada. Olhando tudo ao redor, memorizando todos os detalhes. Apesar de só ter dormido três vezes aqui esses dias, esse é meu quarto.
Coloquei meu pijama. Uma camisa grande o suficiente pra ser um vestido, mas não para sair na rua.

Entrei e ele estava parado em frente ao espelho, com a camisa na mão, olhando pra mim com a sobrancelha arqueada, como quem diz "de novo".
- A saideira. Ou devo ir embora? - perguntei fazendo menção de ir pra porta. Antes mesmo de me mexer, senti a mão dele no meu braço. Me puxando de volta e fazendo meu corpo colar ao dele.
- Então eu fico? - Perguntei.
- É. - falou perto do meu ouvido, me fazendo fechar os olhos - Acho melhor ficar. - completou devagar fazendo meu corpo todo arrepiar.
- Ok, então. - falei devagar.
Me aproximei devagar, e minha boca tocou o pescoço dele. Senti ele estremecer e me puxar pra mais perto.
Segurou meu cabelo com uma mão e começou a beijar meu ombro, subindo pelo meu pescoço e indo até minha boca.
Me deu um beijo mais que feroz, e andou comigo, até eu cair na cama, com ele por cima de mim.
Colocou a mão na minha coxa, passou pela minha bunda, chegou no meu quadril e o puxou tentando trazer ainda pra mais perto do seu. Sua boca estava de volta no meu pescoço beijando e dando leves chupões, minhas mãos foram pras suas costas, aranhando e as apertando. Provavelmente vai ficar marcado.
Espalmei a minha mão em seu peito, fazendo-o parar e me olhar.
- Melhor pararmos por aqui. - falei ofegante.
- O que foi? Algo de errado? - diz ele preocupado.
- Não, é so que... - engulo em seco - Deixa pra lá.
Viro para o outro lado.
- Ei. Me fala. - ele passa o braço em minha volta, e me puxa para si. - O que. Não confia em mim?
- É complicado. Talvez depois, quero dormir, boa noite. - dou-lhe um selinho e volto a me virar.
Em poucos minutos, já estávamos dormindo.

Levantei às 6h com meu celular despertando.
- Levanta, bonitão. - falei me virando pra ele.
Ele abriu os olhos e eu levantei da cama, peguei minha roupa que estava em cima da cadeira e entrei no banheiro pra me vestir.
Tomei um banho, saí e fiquei de toalha na frente do espelho. Logo me assustei em ver uma marca vermelha no meu ombro. Droga. Vesti uma camisa que cobria o ombro, uma calça jeans, um tênis e uma jaqueta mais pesada.

Abri a porta e ele ainda tava deitado.
- Você me deixou marcada. - falei parando na frente da cama.
Ele riu e se levantou, revelando as suas costas, que como eu havia concluído à noite, estavam arranhadas.
- E você as minhas costas. - falou olhando o espelho.
- Então está tudo certo. - sorri.

Era Pra Ser (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora