POV Thaina
Estávamos nos beijando como se não houvesse amanhã, eu arranhava sua nuca de leve, enquanto ele apertava minha cintura com força, mas eu não estava ligando pra isso. Sua língua invadia minha boca com vontade, como se precisássemos disso para viver. Quando o ar nos foi necessário, separamos nossos lábios, mas nossos corpos continuaram grudados, junto de nossas testas. Assim que abri meus olhos, encontro suas íris verdes me olhando, junto de um sorriso, e foi impossível não retribuir e ficar intrigada o porquê dele estar assim.
- O que foi Henry?
- Agora meu Carnaval tá melhor.
- Ah é?
- Com certeza..
Depois disso, a porta do elevador se abriu, mostrando que chegamos ao meu andar. Fiquei receosa de estar sozinha de Henry e ele percebeu, mas me garantiu que não faria nada que eu não quisesse.. Ficamos apenas nos beijando, até que ouvimos um barulho na porta, fiquei assustada, mas Henry me segurou em seus braços e me perguntou.
- O que foi?
- Você não se incomoda não?
- Me incomodar com o que?
- Com o que a pessoa que esta na porta vai falar por nos ver juntos aqui.
- Eu não to nem aí pra ela, mas se você ta incomodada eu posso sair.
- Mas eu não falei pra você sair.
- Agora eu quero, você tem vergonha de mim, de nós. Vou subir pra te deixar a vontade.
Assim ele dispara em direção ao quarto de Nicolas, me deixando completamente confusa. A pessoa da porta não tava conseguindo abrir, mas pela risada, é Marina bêbada. Lá vou eu cuidar dela, como sempre.
***
Quando abri a porta, lá estava Marina acompanhada de um moreno de sua altura (sou menor que ela, então ele é alto também), com uma blusa pólo azul marinho, bermuda jeans e chinelo.
- Você é a Thaina?
- Sou e você é?
- Sou Theo, Marina me disse para deixá-la aqui com você, ela é sua amiga?
- Sim, muito obrigada por trazer ela.
- Nada, só entrega esse papel a ela, por favor.
- Claro, boa noite e obrigada.
- Eu que agradeço. Tchau Marina.
- T-tchaaaaaaauuuu.
Coloco Marina sentada no sofá enquanto procuro por uma roupa pra ela. Quando acho, ela está rindo sozinha. Carregar ela é difícil demais, Jesus amado.
A levei ate o banheiro, a sentei no vaso sanitário e comecei a tirar suas roupas. Coloquei a água do chuveiro no mais gelado possível e a coloquei sentada embaixo da água fria. Ela gritou, me molhou por inteira, falou que estava se afogando, que iria morrer, ate que iria encontrar Iemanjá e Poseidon a maluca disse. Assim que ela se acalmou, desliguei o chuveiro, lhe entreguei a toalha e fui preparar seu café preto. Olhei o papel que o menino deixou comigo e resolvi ler.
Marina, eu sei que nosso carnaval acabou rápido demais, mas foi ótimo te conhecer, mesmo estando bêbada além do limite. Você é maluca de dizer pra alguém que não conhece direito onde mora, mas isso não importa, o que importa é saber se você aceita sair comigo amanhã?
Me liga quando se decidir
xxxxx-xxxx
Espero que se lembre de mim, gatinha.
Theo.
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Felicidade Não Tem Cor
RomanceO que você faria se o amor da sua vida é rico, dos olhos verdes, loiro, morador da Zona Sul do Rio de Janeiro, que pode ter qualquer mulher aos seus pés? Esse é o problema de Thaina, que é negra, dos olhos pretos, que mora na Comunidade da Providênc...