POV Thaina
Estou dormindo quando sinto beijos em minha testa e bochechas, e suas mãos grande acaricia minha barriga de sete meses.
Sete meses...
Parece que foi ontem que estava apenas com dois meses de gestação, anunciando que seria mãe daqui alguns meses para todos meus amigos e familiares.
Meu tio teve seu momento surtado, mas depois ficou todo feliz em saber que seria tio-avô, apesar de que eu mandarei meu filho o chamar de avô do mesmo jeito, e sei que ele não irá resistir.
Eu conversei com Henry sobre "não querer criar nosso filho em apartamento como um pássaro na jaula" e ele concordou comigo, para o meu alívio. Assim que ele nascer, iremos nos mudar para nossa casa nova e já mobiliada, em Búzios. O único cômodo que está vazio, é do nosso filho, que ainda não descobrimos o sexo para decorar o quarto.
Eu tentei esperar até o parto para descobrir, mas a pressão de meus amigos, tios, cunhada e namorado estavam me enlouquecendo e, portanto, cedi a insistência e mais tarde faria uma ultrassonografia.
Arizona e Catherine sismaram que eu teria que fazer um chá de bebê. Como não sabemos o sexo e - para elas - está muito em cima da hora para fazer com oito meses, amanhã terá um chá de revelação. Minha tia será a única pessoa a saber qual é o sexo e fará um bolo que ficará escondido, onde o glacê será rosa ou azul, dependendo do sexo. A festa será das duas cores e Marina e Arizona já estava compraram tudo, já que a vida de Cath é em Orlando e não no Brasil, mas ela estará aqui com Alexander para participar da festa.
Henry nunca mais falou com a mãe e nem ela procurou o filho para pedir perdão por tudo que disse. Henry parece viver bem assim, já que ele me disse que ela o sufocava demais e esse foi um dos motivos da vinda dele ao Rio de Janeiro, e Catherine diz que sempre que está lá, fala por alto as novidades. Anastácia não gostou de saber que teria um neto vindo de uma negra, mas ela não pode fazer mais nada contra nós.
Sinto seus lábios nos meus e sorrio, abrindo meus olhos e vendo suas esmeraldas brilhantes me fitando e seu sorriso aberto, me fazendo suspirar apaixonadamente.
- Bom dia, Pedrita.
- Bom dia, amor.
- Animada?
- Só pra amanhã.
- Só por quê vai descobrir na festa? Amor, só nós dois no consultório, vamos espiar o envelope ou deixar a médica falar, e amanhã fingimos estar surpresos.
- Será que é uma boa ideia?
- Claro que é! E se alguém, além de seus tios, inventar de ir no consultório, falamos que iremos até Búzios em seguida, aí ninguém vem atrás da gente.
- Talvez dê certo.
- Vai dar certo amor.
Sorri e ele se juntou a mim, e colocou uma mecha de cabelo minha atrás da orelha.
- Você é tão linda.
- Você também é.
- Sou?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Felicidade Não Tem Cor
RomanceO que você faria se o amor da sua vida é rico, dos olhos verdes, loiro, morador da Zona Sul do Rio de Janeiro, que pode ter qualquer mulher aos seus pés? Esse é o problema de Thaina, que é negra, dos olhos pretos, que mora na Comunidade da Providênc...