Capítulo XXXIII

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POV Briana

Quando Max estava dormindo no sofá para ficar perto do computador e depois de eu conferir se Vanessa estava por perto, eu peguei o notebook e instalei o aplicativo do programa das câmeras que eu e Vanessa instalamos aquele dia no apartamento.

A perícia achou apenas uma, as outras foram muito bem escondidas, já que perfuramos algumas paredes e colocamos dentro de alguns objetos que eles nunca iriam procurar, por exemplo, dentro do sofá e próximo a câmera do Xbox deles. Max também tem um aliado na Polícia, por isso ele conseguiu fugir e até hoje não foi pego e, ele estava lá no dia da perícia. Se ele achou, não disse nada e nem deixou ninguém achar, o que foi um alívio.

Peguei meu celular com o aplicativo já aberto e fui em direção ao meu quarto atrás de um fone de ouvido. Quando estava na escada, Vanessa estava descendo. Bloqueei a tela do celular rapidamente, rezando para ela não me perguntar nada.

- Por que tá com essa cara, Briana?

Merda!

- É que eu não sei pra onde vou sair hoje, você tem algum lugar pra me indicar?

- Eu to indo pra São Conrado, vai ter uma festa de uma amiga minha da faculdade. Quer ir? Só você ser minha prima que acabou de chegar de viagem.

- Não, valeu. Acho que vou ficar aqui mesmo.

- Se for ver série no Netflix, não tira do meu episódio de Sense8 porque eu to amando!

- Pode deixar. Vou ver Once Upon a Time se eu não achar nenhum lugar bom pra ir.

- Ta bom, tchau. Boa sorte.

- Valeu, tchau.

Assim que ela saiu porta a fora, Max se mexeu no sofá com o ruído que a porta fez, mas não acordou. Fui em direção ao quarto e conectei o fone de ouvido na hora em que Nicolas iria atender o telefone.

"Oi cocada!... Você quer que eu vá até aí?... Ah sim, mas e a Marina?... Ah, mas eu sinto remorso!... Não quero ficar de vela... Arizona? Médica da Marina?... Tá, me convenceu. Passa o endereço... Bar das Quengas na Lapa... Tá, to indo coisa chata!... Olha, só volto com Henry hein! Táxi é caro em período de fevereiro!... Beijo"

Se Thaina ligou avisando que estaria na Lapa, significa que Henry também está lá! Vou correndo até o banheiro, carregando o celular comigo para não correr nenhum risco de Max pegar. Tomo um banho rápido, praticamente um banho de gato, coloco um cropped preto decotado, uma saia lápis branca que começava dois dedos abaixo do cropped e terminava na metade de minhas coxas, par de salto alto preto camurça e maquiagem forte, meus olhos bem pretos com delineador com o batom mais vermelho que encontrei em minha nécessaire. Nesse processo, deixei meu cabelo preso em um coque malfeito o tempo todo, para quando soltasse, estivesse cheio de ondas e, só soltaria quando chegasse ao meu destino. Peguei uma bolsa branca em meu armário que divido com Vanessa, já que aqui tem apenas dois quartos e um é apenas do folgado do Max. Coloquei meus últimos vinte reais, meu celular, batom e rímel.

Assim que estava descendo as escadas, já percebi que Max estava acordado.

- Já vai piranhar, Briana?

- Que eu saiba, minha vida não é da sua conta.

Ele me olhou de cima a baixo e reconheci malícia em seu olhar.

Felicidade Não Tem CorOnde histórias criam vida. Descubra agora