Capítulo 14

3.1K 313 17
                                    



Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Chloe

Nossas respirações seguem em ritmo acelerado ainda, Adam deposita um beijo na minha cabeça, quando deito sobre o seu peito. Posso ouvir e sentir o seu coração acelerado, tanto quanto o meu está neste momento. Sentir seu corpo quente abaixo do meu, me faz vibrar. Suas mãos passeiam pela minha cintura e param na cicatriz abaixo da minha barriga. Seguro a mão dele, e nos encaramos. Seu olhar é penetrante, intenso e parece entender bem o que vai dentro mim. Adam segura a minha mão e com a outra a mão passa os dedos pela cicatriz, acima da minha testa.

— Não tenha vergonha doutora, essas cicatrizes são o que fazem ser quem você é.

Passo a mão pela clavícula dele, por cima de uma cicatriz de tiro. Em nenhum momento ele deixa de me olhar.

— Venha conhecer as minhas. — Me sento sobre ele, me arrepiando com a sua voz baixa e rouca — Essa foi a última, em um galpão. Foi uma emboscada, as coisas ficaram feias. Mas, quem era para receber a bala, está bem vivo e feliz agora.

Ele passa a mão sobre meu braço delicadamente, ficamos em silêncio. Desço meus dedos de forma suave pelo seu tórax, passo para ao lado e sigo a cicatriz que parece ser de faca. Entre a quinta e a sexta costela. Seus olhos parecem queimar em mim, como se fossem me dizer a verdade, mas ao mesmo tempo pedindo perdão por uma realidade que não vai ser dita.

— Uma briga de rua em Los Angeles, há alguns anos atrás.

Pela cicatriz um pouco grossa e pontos irregulares, posso perceber que não foi um médico que fez a sutura.

— Aposto todo o meu dinheiro, que não foi um médico que fez a sutura. Parece ter sido uma coisa totalmente ilegal.

Ele sorri

— Não poderia procurar um hospital naquela época. Jimmy costurou, com ajuda de muita vodca. E sim, foi uma coisa ilegal.

— Uau, sem anestesia?

— É, sem anestesia.

Pisco para ele

— Pelo menos você é um homem que aguenta dor.

Adam gargalha e passa mão pelo meu cabelo, me abaixo e deposito um beijo em cima da cicatriz. Deslizo mais e desço para a sua perna. Abaixo do joelho, uma cicatriz média, que parece ser de queimadura. Ele sorri

— Doutora você está me fazendo cócegas

Sorrio passando os dedos por cima da sua cicatriz, provocando ele.

— Afeganistão, passávamos fazendo a patrulha. — Ele fecha os olhos, parecendo lembrar, sua voz sai baixa — Fomos pegos de surpresa, era para ser uma patrulha simples, sem riscos. Apenas vigiar o perímetro, mas quando menos percebemos... Sai com leves machucados, essa queimadura e fiquei com o ouvido zunindo durante dez dias, isso foi o de menos, parecia até uma benção na verdade. Quatro homens morreram naquela noite.... Se eu fechar os olhos, posso ouvir ainda o barulho da explosão, o cheiro da pólvora, os estilhaços, os gritos de dor... Quando abri meus olhos, surdo, tonto, machucado a única coisa que conseguia ver eram as estrelas. Por ironia ou não, o céu parecia tão lindo naquela noite.

Meu Destino - Na redenção do amor... - Série Destinos Traçados - Livro 3Onde histórias criam vida. Descubra agora