Chloe
Nossas respirações seguem em ritmo acelerado ainda, Adam deposita um beijo na minha cabeça, quando deito sobre o seu peito. Posso ouvir e sentir o seu coração acelerado, tanto quanto o meu está neste momento. Sentir seu corpo quente abaixo do meu, me faz vibrar. Suas mãos passeiam pela minha cintura e param na cicatriz abaixo da minha barriga. Seguro a mão dele, e nos encaramos. Seu olhar é penetrante, intenso e parece entender bem o que vai dentro mim. Adam segura a minha mão e com a outra a mão passa os dedos pela cicatriz, acima da minha testa.
— Não tenha vergonha doutora, essas cicatrizes são o que fazem ser quem você é.
Passo a mão pela clavícula dele, por cima de uma cicatriz de tiro. Em nenhum momento ele deixa de me olhar.
— Venha conhecer as minhas. — Me sento sobre ele, me arrepiando com a sua voz baixa e rouca — Essa foi a última, em um galpão. Foi uma emboscada, as coisas ficaram feias. Mas, quem era para receber a bala, está bem vivo e feliz agora.
Ele passa a mão sobre meu braço delicadamente, ficamos em silêncio. Desço meus dedos de forma suave pelo seu tórax, passo para ao lado e sigo a cicatriz que parece ser de faca. Entre a quinta e a sexta costela. Seus olhos parecem queimar em mim, como se fossem me dizer a verdade, mas ao mesmo tempo pedindo perdão por uma realidade que não vai ser dita.
— Uma briga de rua em Los Angeles, há alguns anos atrás.
Pela cicatriz um pouco grossa e pontos irregulares, posso perceber que não foi um médico que fez a sutura.
— Aposto todo o meu dinheiro, que não foi um médico que fez a sutura. Parece ter sido uma coisa totalmente ilegal.
Ele sorri
— Não poderia procurar um hospital naquela época. Jimmy costurou, com ajuda de muita vodca. E sim, foi uma coisa ilegal.
— Uau, sem anestesia?
— É, sem anestesia.
Pisco para ele
— Pelo menos você é um homem que aguenta dor.
Adam gargalha e passa mão pelo meu cabelo, me abaixo e deposito um beijo em cima da cicatriz. Deslizo mais e desço para a sua perna. Abaixo do joelho, uma cicatriz média, que parece ser de queimadura. Ele sorri
— Doutora você está me fazendo cócegas
Sorrio passando os dedos por cima da sua cicatriz, provocando ele.
— Afeganistão, passávamos fazendo a patrulha. — Ele fecha os olhos, parecendo lembrar, sua voz sai baixa — Fomos pegos de surpresa, era para ser uma patrulha simples, sem riscos. Apenas vigiar o perímetro, mas quando menos percebemos... Sai com leves machucados, essa queimadura e fiquei com o ouvido zunindo durante dez dias, isso foi o de menos, parecia até uma benção na verdade. Quatro homens morreram naquela noite.... Se eu fechar os olhos, posso ouvir ainda o barulho da explosão, o cheiro da pólvora, os estilhaços, os gritos de dor... Quando abri meus olhos, surdo, tonto, machucado a única coisa que conseguia ver eram as estrelas. Por ironia ou não, o céu parecia tão lindo naquela noite.
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Meu Destino - Na redenção do amor... - Série Destinos Traçados - Livro 3
RomanceDepois de abrir mão da sua verdadeira identidade e forjar a sua própria morte para descobrir o desaparecimento do seu irmão, Lucas Mazzing não existia mais. E sim Adam Maze, o melhor corredor das ruas de Los Angeles. Agora com seu irmão de volta, su...