Chloe
Me remexo na cama e a primeira coisa que faço, é pegar o celular. Sorrio ao ver mais uma mensagem de Adam. Ele não mentiu quando disse que tinha que ir embora e desde do dia seguinte do enterro da sua mãe, faz três semanas que não o vejo. Mesmo conversando com Adam todos os dias pelo celular, eu preferiria estar com ele. Mas, como meu corredor dizia sempre que me ligava, era melhor assim. E que era só eu ter um pouco de paciência que logo ele estaria comigo e nosso filho. Ele, Damien e Thalles pareciam estar fazendo grandes coisas. Pois sempre tinha algum noticiário pela manhã, que falava sobre prisões, estouro de bocas de fumo e várias outras coisas. A primeira reportagem eu duvidei que seria ações deles. Mas como Nat bem afirmou, eram eles trabalhando em conjunto. Me espreguiço e passo a mão pela minha barriga, que está um pouco maior.
— Bom dia pessoinha e então está com fome? Vamos fazer o café da manhã da titia Nat?
Me levanto da cama, preocupada com Nat, que já tem uma semana que está querendo voltar para Nova York. Eu não a culpo e também não quero segurar ela aqui, mas mesmo assim me preocupo. A verdade é que eu tive que praticamente arrastar Nat, quando teve alta do hospital para cá. Ela queria ir embora para Nova York, para o seu apartamento se recuperar sozinha. Eu e Erin não deixamos. Claro que eu fiz a minha carinha de grávida sensível da pessoinha que iria ser afilhada dela, e Erin usou a sua loucura e seus discursos hilários. Quando menos percebeu, Nat já estava dentro do táxi e logo depois entrando no avião.
O que meu deu um pouco de dó no coração e me fez olhar para trás uma segunda vez, foi Jhon. Sua alegria foi tão serena e radiante quando eu contei que estava grávida, que parecia ter deixado ele mais em paz. Depois de três dias, o que fez ele se recuperar como um milagre foi a visita da Jud e de Philip. E quando eles falaram que ficariam na cidade até ele ter alta completamente e levaria meu padrinho para morar com eles, fez Jhon sorrir mais amplamente. A presença da neta, com seu sorriso doce e cativante e a compreensão de Philip cuidando de tudo que Jhon precisava, me fez ter a certeza que Jhon ficaria bem.
Abro os braços para os raios de sol, que entram no quarto e sorrio ao ver Nat, na praia fazendo seus exercícios. Quem está sendo a mandona com Natalie sou eu agora. Ainda não esqueço a cara que ela fez, quando desceu de manhã assim que chegamos em Los Angeles e viu o café pronto na mesa. Eu sei que ela quase chorou e logo disfarçou, mas fingi não ver. O pouco que conheço de Natalie, eu sei que ela só vai se abrir quando quiser.
Ligo a tv da cozinha que Jimmy instalou na semana passada. Sendo meu vizinho de bairro e amigo de Adam, ele vira e mexe vem aqui para casa. Como ele disse, Adam e Thalles são os únicos irmãos que ele tem e que agora eu seria a sua cunhada. E teria que aturar ele por tempo indefinido. Suas piadas engraçadas e um pouco pornográficas faziam eu e Nat gargalhar. Até quando ele contou que na verdade o seu nome era James, foi em forma de uma piada. Ter ele por perto, se transformou em uma constante. Aquele cara magrelo e moreno que mais parecia um garoto piadista, era muito legal. Termino de arrumar a mesa do café e abro a porta, que dá para trás de um lindo quintal gramado. Me volto, para ver Nat entrando na cozinha, agora andando sem muito esforço. Graças a Deus que a cada dia que passa ela melhora. Nat olha para as caixas dos móveis encostado em um canto da sala.
— Bom dia, espero que dessa vez você não vai pagar além da conta, para os montadores virem montar os móveis.
— Dia! E não Nat, agora vou esperar. Mas, para você dormir tinha que ter uma cama e eu também, já que os antigos moradores levaram o restante dos móveis.
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Meu Destino - Na redenção do amor... - Série Destinos Traçados - Livro 3
RomanceDepois de abrir mão da sua verdadeira identidade e forjar a sua própria morte para descobrir o desaparecimento do seu irmão, Lucas Mazzing não existia mais. E sim Adam Maze, o melhor corredor das ruas de Los Angeles. Agora com seu irmão de volta, su...