Depois de abrir mão da sua verdadeira identidade e forjar a sua própria morte para descobrir o desaparecimento do seu irmão, Lucas Mazzing não existia mais. E sim Adam Maze, o melhor corredor das ruas de Los Angeles. Agora com seu irmão de volta, su...
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Oito meses depois...
Adam
Chloe aperta aminha mão,com mais força do que seria possível eu imaginar. Seu rosto pálido e o cabelo desgrenhado, confesso que estava me assustando um pouco. Parece que meus olhos brilhantes, está sob alguma possessão e daqui a pouco vai fazer igual a garota do exorcista, girar a cabeça. Mesmo apavorado, me mantenho firme ao seu lado.
— Essa dor foi mais intensa, me desculpa... — Ela fala, com a respiração entrecortada, quando a contração passa um pouco.
— Ok olhos brilhantes, está tudo bem, você está indo muito bem. Continue assim... — É o que venho dizendo a ela há nove horas atrás, quando a bolsa estourou.
— Está tudo bem, minha filha — Victória diz do outro lado de Chloe, olhando o monitor e passa um lenço na sua testa — É só você continuar empurrando, quando vir outra contração... Já vai passar logo.
— Não, não está tudo bem mãe... — Meus olhos brilhantes, pragueja alto, com a respiração pesada — Estou com um pé na terra e o outro na cova de tanta dorrrr. Ahhhh! Puta que pariu!
Ela se retorce, voltando a apertar a minha mão quando outra contração vem mais forte. Chloe parece ter se esquecido que é uma médica e está agindo como uma mulher normal diante da dor, desde de que passou o efeito da peridural e isso é aterrorizante.
— Por favor doutora, dá mais drogas a ela — Peço, vendo meus olhos brilhantes, agonizar de dor.
A obstetra olha para mim por trás da máscara, sentada entre as pernas de Chloe.
— Não precisa, a criança já está quase coroando.
Olho para Chloe, que está parecendo uma medusa. Linda, mas ainda assim parecendo uma medusa.
— Por que o nosso filho tinha que ser tão grande, Adam? — Ela me pergunta, batendo os dentes. — Fazer parto é mais fácil que passar por um. Porque você não me fez desistir da ideia de ter parto normal? — Minha doutora, choraminga cansada.
— Eu sinto muito olhos brilhantes, me desculpa — Beijo a sua testa suada, me sentindo culpado.
— Ohhh, Deus! — Ela revira os olhos e volta aperta a minha mão. — Está vindo outra, eu não aguento mais...
