Capítulo 32

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Adam (Lucas)

Me remexo na cama, com uma dor de cabeça infernal. Me sentindo destruído, um verdadeiro lixo ambulante.

— Vamos acordar bela adormecida!

A voz de Damien é alta e faz eco, aumentando ainda mais a dor de cabeça. Parece até que ele faz de propósito, aliás, eu quero saber o motivo por ele estar tão animado a essa hora da manhã. Me sento e resmungo ainda desnorteado e um pouco bêbado.

— Você não tem nada mais para fazer do que ficar me enchendo. Já não basta Liam ter sentado no sofá e me vigiado a noite inteira?

— Nossa você está parecendo um velho rabugento! E do jeito que você estava mais uma vez bêbado ontem, pensei que você nem se lembraria disso. Mas que bom que seus neurônios ainda estão armazenando memórias. O que me faz perguntar, você lembra também da noite da colina? Ou vai fingir que se esqueceu de tudo? E se não quer ter uma babá, não haja como criança.

Ainda me sentindo um lixo, bêbado e largado eu balanço a cabeça em afirmativo. Erin não precisava ser tão boa corredora e tento me lembrar de quem era o segundo carro ao lado.

— Eu perdi o controle do volante, foi apenas isso o que aconteceu. Agora vamos parar com o interrogatório, a vadia já está acordando? Você veio me avisar sobre isso?

— A noiva cadáver do inferno, já foi embora — Fico confuso olhando para Damien, com preguiça de pensar e nem ligando mais. Passo a mão pelo rosto, que se foda Camille — Falsifiquei a sua letra, mudei o seu bilhete. Apenas disse que você pedia perdão por não levar o café da manhã, mas que estava ansioso para que chegasse logo a noite e bla, bla, bla... Está vendo eu sou um bom amigo. Te livrei de Camille nessa manhã.

Suspiro fundo de alívio, me levanto da cama e vou caminhando para a cozinha ainda trôpego.

— Obrigada Damien

— Disponha flor suicida — Ele zomba — Agradeça que eu também fiz o seu café hoje.

Coloco o café no copo e pego a garrafa de Jack para colocar um pouco misturado no café. Damien puxa a garrafa da minha mão.

— Que merda Damien, me devolve. Eu preciso beber, só um pouco.

Damien sorri, debochado

— Hoje você não tem motivo para beber!

— Eu estou com dor de cabeça, porra! Me dá essa garrafa Damien!

Ele me desafia me encarando, dando de ombros e balançando a garrafa na mão.

— Se você quer tanto, vem pegar. E já vou logo avisando, eu não vou facilitar para você. E do jeito que você está eu vou acabar te batendo pra valer, até você apagar. — Dou um passo a frente, querendo que algo realmente me apague. — Já não basta esse hematoma no seu rosto? Lembra da sua briga com o seu irmão? Vai brigar comigo também e depois vai tentar se jogar da Colina novamente? — Damien grita — Porra cara, olha para você! Olha o lixo humano que você está! E não me culpe, mas não vou deixar você se destruir desse jeito. Já imaginou se a sua médica te visse de desse jeito?

Meu coração se aperta, suspiro fundo ao lembrar dela. Fecho os olhos, não querendo lembrar do seu sorriso, por que isso dói, machuca.

— Isso não importa, porque Chloe não vai voltar mais. Ela não vai voltar mais, entendeu! E eu não a culpo, porque nem eu voltaria mais. Agora me dá essa garrafa de bebida, Damien!

Meu Destino - Na redenção do amor... - Série Destinos Traçados - Livro 3Onde histórias criam vida. Descubra agora