Meu Destino - Na redenção do amor... - Série Destinos Traçados - Livro 3

Capítulo 17

Eu não surtei, ainda , há há! Capítulo surpresaaaaa!!! ;)

Adam (Lucas)

Depois que sai da casa dela, peguei o carro e fui direto para o armazém. Se eu parasse na minha casa, tenho certeza que teria voltado na minha decisão. Minha vontade era virar ela e beija-la, abraçar seu corpo molhado de chuva, me perder nos seus olhos, na sua paixão. Queria naquele momento afirmar para mim mesmo e para ela, que tudo ficaria bem. Mas, como ter a certeza disso? Quando nesse momento não posso parar os meus passos, que vão me levar para um caminho confuso.

Se eu fechar os olhos, ainda posso enxergar Chloe naquele lugar, assustada, implorando pela sua vida. Só de imaginar, se fosse Scott que tivesse encontrado ela lá. Deus! Não gosto nem de imaginar. Não sinto a chuva caindo assim que saio do carro, sinto o remorso me corroer por dentro, por ter falado com ela daquela forma. Ainda fico puto. Mas, porra! E se não fosse eu que tivesse encontrado ela lá? E se fosse aquele filho da puta? Os Sérvios? Sinto raiva, só de imaginar no que eles poderiam fazer com ela, sinto meu coração se contorcer. Não gosto nem de pensar nisso.

Assim que entro no armazém, Damien me joga uma garrafa de cerveja.

— Fox! Neil! — Chamo e eles logo se aproximam — Quero que vocês vão para o hospital MCG. Quero que vocês mantenham a segurança da garota que encontramos. Vinte quatro horas, para qualquer lugar que ela for, quero que vocês sejam a sombra dela.

Damien sai e logo volta com uma pasta, que reconheço ser a que ele me mostrou de Chloe na lanchonete. Neil abre a pasta, passando o olho rapidamente e entrega para Fox.

— Pode deixar, mais alguma coisa?

— Se vocês ver que Chloe está em perigo, alguma ameaça, tragam ela para cá e me avisem.

Eles saem e bebo um pouco de cerveja. Minha cabeça afirma que estou fazendo a coisa certa, mesmo que uma parte do meu coração esteja gritando que fiz a coisa errada. Ando até a porta do armazém, olhando para a escuridão, me lembrando das suas palavras. No fundo, o que mais me surpreendeu foi o seu jeito de falar, a forma que ela encarou aquilo tudo, completamente diferente do que eu imaginava. Eu pensei que ela iria surtar.

Damien me traz outra cerveja. Olho para a minha mão, vendo a garrafa vazia, eu nem percebi que já tinha bebido toda a cerveja. Abro a outra garrafa e olho ao redor do galpão, colocando meus sentimentos de lado, tentando pensar nessa situação de forma fria.

— Vamos precisar de mais pessoas nesse galpão.

Damien concorda

— Vou falar com o chefe, para ver se ele consegue alguma liberação de alguns agentes novatos. — Ele me encara sério — Agora que você colocou eles contra a parede, como vamos fazer isso acontecer?

— Descobrir onde eles guardam as armas e as drogas, como eles estão fazendo o transporte e por onde. Você sabe como funciona — Damien sorri e concorda — Vamos começar por Los Angeles, aproveitar o contato que você fez. Talvez devemos fazer como eu fiz com Mike, na época. Puxar pelo prejuízo, podemos fazer apreensões. E para eles não desconfiarem, podemos fazer alguns roubos aleatórios...

Damien sorri.

— Nós podemos fazer isso. Meio a meio, assim eles não vão ter a certeza que você está junto com os federais, vão ficar na dúvida. Bom, como não sabemos ainda com quem eles estão se aliando, pode ser uma boa jogada. Temos infiltrados entre os Vozdovac, Surcin, e os Zemun. Mas não temos nada de concreto ainda.