Meu Destino - Na redenção do amor... - Série Destinos Traçados - Livro 3

Capítulo 29

Adam (Lucas)

Mais uma semana, sete malditos dias que tenho que beijar Camille, encostar naquele corpo que me trás nojo e repulsa. Cento e sessenta oito horas fingindo que gosto dela, seja em alguns passeios, jantares com os pais dela, fingindo ser um bom namorado ou apenas pelo celular, quando ela me liga pegajosa. Essa já é a quarta maldita noite que eu tive que droga-la e fingir transar com ela. E nem assim ela soltou qualquer informação. Eu sei que Camille não é burra e desconfiou sobre a primeira noite, quando acordou sem se lembrar de muita coisa.

Tive que fazer a minha melhor atuação na manhã seguinte, para convence-la que foi tudo real e depois fui apelar para a bruxa da cidade: Dona Irina, avó de Erin. Se eu acredito em bruxaria? Não, mas ela há muito tempo atrás era uma curandeira e conhece as ervas. Mas, para ser sincero ela me assustou um pouco, quando saí da sua casa com os alucinógenos em ervas secas.

— Eu só te dei essas ervas, porque sei que você precisa fazer isso. Essa história já se estendeu por muitos anos, causando muitas lágrimas. Você e a garota de voz doce precisam quebrar esse ciclo de mortes. — Olhei para ela parada na varanda, se apoiando na bengala. A moça que cuida dela, fez um sinal da cruz — Eu sei que você está perdendo a fé, porque ela foi embora. O ódio e a mágoa dentro do seu coração estão aumentando, mas não deixe isso te controlar. Em breve você vai ter um motivo para voltar a ter fé, rapaz de dois nomes, mas com um só destino.

E para ser sincero, aquilo me assustou e muito, mesmo não acreditando nessas coisas. Me despedi sem ter nada a dizer, o que eu iria dizer? Não é mentira, que meu ódio por toda essa situação esteja me consumindo. A mágoa de saber que Richard sempre soube que eu era filho dele, ou desconfiava. A raiva de saber que William matou a minha mãe que teria pelo menos mais três semanas de vida, sem dar a chance de eu e Thalles nos despedirmos dela, ou sequer passar algum tempo ao seu lado.

Coloquei de lado meus sentimentos em relação a tudo isso e voltei aos planos. As ervas funcionaram como um bom alucinógeno, tipo um boa noite cinderela, melhorado. Camille agora tem a suas noites de sexo com o meu sósia e eu tento ter uma noite de sono na casa de Chloe. Me sento na cama, pensando onde ela pode estar, o que está fazendo ou pensando.

Meu celular toca e reconheço o número de Damien piscar no visor.

— Fala!

— Sou eu flor do dia! Bom dia! Aqui é a rádio Star 94.94 Fm. Bom diaaa cidade de Atlanta, estamos prontos para começar a vida? — A voz de Damien soa divertida, do outro lado.

— Idiota! O que houve? Ela já acordou?

— Não, mas está começando a se agitar, saindo do mundo do Lucas playground vs drogada e alucinada.

— Colocou a merda do bilhete?

— Ahhh, sim. Como em todas as outras noites, entreguei para o corajoso do plantão da noite. Mas como essa noite foi a frase do livro Orgulho e Preconceito. E como eu sou um bom amigo, o melhor de todos por sinal, ainda pesquei uma rosa da casa do seu vizinho, que estamos com dignidade pagando pelo silêncio de termos feito o quarto do filho dele, como a mais sucedida sala dos homens de pretos. — Damien gargalha — Você é um bom ator Adam, isso eu devo confessar. "Querida, adorável Elizabeth, quanto lhe devo! Ensinou-me uma lição, muito dura, a princípio, mas muito vantajosa. Por suas mãos recebi a humilhação que devia. Aproximei-me de você sem duvidar de que seria aceito. Sua recusa me mostrou como eram insuficientes as minhas pretensões de agradar uma mulher, digna de ser agradada..."