" Voa na face de todo o seu orgulho, leva embora a fúria de dentro, é sempre o pior inimigo da raiva... É o sussurro em seu ouvido dizendo : Liberte .... Perdão..."
Perdão (Forgiveness) - Matthew West
Chloe
Assim que desembarcamos de volta nos EUA eu não vou direto para Atlanta, eu vou para Phoenix. Já é começo da tarde quando eu e Natalie paramos o carro na frente da casa de Richard. Quando liguei para a minha mãe, dona Victória chorou e disse que estaria me esperando. Desço do carro e Natalie sorri para mim, assentindo, me dando força.
— Quando quiser ir embora é só me avisar. — Ela passa os olhos para os seguranças que estão no quintal — Pelo menos aqui você está mais que segura.
Olha para a casa que eu conhecia no tempo que namorei Edu, os mesmos seguranças de sempre.
— Estou sim — Olho para ela e Natalie se despede. Paro na frente do portão que abre automaticamente.
— Boa noite senhorita Chloe. — Jefrey sorri para mim, educadamente.
— Boa noite, Jefrey.
Caminho pela estradinha que vai me levar até a casa. Os trovões soam altos e uns pingos de chuvas começam a cair finos, paro na frente da varanda, sem coragem de subir as escadinhas e bater na porta. Aperto a alça da minha bolsa e passo a mão pelo cabelo. Respiro fundo tentando tomar coragem e subo o primeiro degrau quando a porta é aberta.
Paro olhando para a minha mãe, parada na porta chorando e sorrindo ao mesmo tempo. Ela coloca as duas mãos na boca, surpresa como se não acreditasse que eu estivesse mesmo ali. Ela dá um passo e quando menos percebo a minha dona Victória corre na minha direção, o abraço que ela me dá me faz chorar. Não falamos nada, apenas nos abraçamos chorando. Tanto a se dizer, tanto a se perdoar entre nós duas que não falamos nada.
Me sinto acolhida pela minha mãe, volto a me sentir uma menina de seis anos. É como se esse tempo que nós duas tivéssemos ficado longe uma dá outra, não tivesse passado. Ela passa a mão pela a minha cabeça, soluçando.
— Me desculpa mãe, por eu ter me afastado desse jeito. Me perdoa... Eu não estava aguentando.
— Shiuuu! Você não tem que me pedir perdão. Eu é que tenho minha filha, me perdoe por tudo.
Ela volta a me abraçar e a me embalar como se eu fosse um bebê, fecho meus olhos me deixando embalar pela minha mãe. Outra trovoada soa alto e nós duas damos um pulo nos afastando e começamos a rir. Ela puxa a minha mão e subimos os degraus quase correndo, paramos uma em frente a outra gargalhando. Ela volta a secar as lágrimas olhando para mim.
— Eu ainda não acredito que você está aqui!
— Eu estou mãe. — Abro a minha bolsa e puxo o vinho caro que eu enjoei — Eu trouxe para você. — Coço a minha cabeça sem graça, sem dizer a ela que eu não consegui beber esse vinho.
— Chloe, ele é de uma ótima safra. Legítimo da Itália, envelhecido.
O sorriso lindo que a minha mãe me dá, quase me faz chorar. Dona Victória volta a estender a mão e com a outra segurando o vinho. Eu seguro na sua mão e ela me leva para eu me sentar em um balanço. Dona Victória tira os saltos e se senta de pernas cruzadas virada para mim.
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Meu Destino - Na redenção do amor... - Série Destinos Traçados - Livro 3
RomansaDepois de abrir mão da sua verdadeira identidade e forjar a sua própria morte para descobrir o desaparecimento do seu irmão, Lucas Mazzing não existia mais. E sim Adam Maze, o melhor corredor das ruas de Los Angeles. Agora com seu irmão de volta, su...