Depois de abrir mão da sua verdadeira identidade e forjar a sua própria morte para descobrir o desaparecimento do seu irmão, Lucas Mazzing não existia mais. E sim Adam Maze, o melhor corredor das ruas de Los Angeles. Agora com seu irmão de volta, su...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Camille
Três anos atrás...
Folheio a revista e não leio nada. Tudo me entediava, nem querer mergulhar na piscina que tanto amava, me faz sentir algum prazer. Nem o dry martini tinha o mesmo sabor adocicado. A notícia da morte de Lucas ainda estava mexendo comigo, dando um sabor amargo na minha boca e na minha vida tão perfeita. A explosão foi tão grande, que nem o corpo dele foi encontrado para fazerem sequer um enterro. Lucas Mazzing está morto, sorria Camille, ele te deixou para seguir um sonho que acabou com a vida dele. Você é rica, tem a casa perfeita, um marido otário que faz todas as suas vontades. Larga de ser estupida e para de sentimentalismos fúnebres. Tentei dizer isso a mim mesma. O caso é que não eu conseguia parar de pensar nele e em como a notícia da sua morte estava me afetando, me levando a viajar como um barco sem rumo. E logo eu, que sempre fui decidida. Mas a saudade bate, aperta, a morte não é bonita quando você vive um luto dentro da sua alma.
Lucas sempre despertou em mim o meu melhor. Eu era só uma garota rica, muitos diziam que eu era vazia e mimada. Na verdade, eu era, não nego. Culpa da minha mãe que fazia todas as minhas vontades? Ou do meu pai? Que sempre dizia que eu era a garota mais linda da cidade? Não importava, sempre soube que eu podia tudo na vida, ganhar e ter tudo o que queria.
Eu era a mais linda da escola, com as roupas da moda mais caras que o dinheiro poderia comprar. Era popular na escola e aquilo significava poder, respeito, admiração, inveja e eu adorava tudo. Ser desejada, invejada, amada e idolatrada. Eu podia fazer tudo o que queria, porque? Bom, meu pai era o prefeito da cidade. A minha mãe? Ela sempre aliviou o meu lado, eu era a filha perfeita e linda
Lucas estava sempre lá, desde quando? Não sei definir. Mas, ele estava. Andando para cima e para baixo na cidade e na escola, com aquele seu irmão sujo. E eu nem imaginava, como aquela sua pobre e garçonete mãe conseguia pagar um colégio daquele nível para ele e para o sujo imundo. A verdade é que eu nunca me importei com Lucas, eu era a princesa e ele era apenas mais um lixo, a escória da parte pobre da cidade. Até então eu não me importei, ou prestei muita atenção nele.
— Então gostou dos meus tênis novos, Alissa?
Seu olhar de inveja fazia a minha estrela brilhar, ainda mais.
— Nossa Camille, são lindos. Onde você os comprou?
— Presente de aniversário de quinze anos, fui para Nova York. Meu pai e minha mãe me presentearam com coisas lindas. Refiz todo o meu closet. Passa lá em casa depois da aula, vou te mostrar minhas roupas novas.
Fechei o armário quando Alissa abaixou os óculos escuros, com a boca aberta. Caroline já veio correndo esbaforida e estabanada. Eu só aturava ela porque seu pai ia ser governador.
