Capítulo 39

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— Como o que? Se não percebeu eu não estou aqui pra diversão. Estou trabalhando. Não entende isto?

— Ah, por favor, Christopher. Você é um estúpido. Sabe muito bem o que estou falando, agora trabalhar significa isto não é? Nada do que me disser fará com que eu fique.

— Não seja assim turrona, por Deus.

— Turrona, eu? — Eles passam basicamente ao meu lado, mas não me veem quando ela pare de frente para o elevador. Estou vermelha. Se me pegam pensarão que estou espionando e isto é o último que me falta.

— Isso mesmo.

— Olha, adeus Christopher Uckermann. Espero que pense muito bem sobre o que está fazendo. — A porta do elevador se abre e ela entra nele.

— Olha, se quer ir... Não estou a prendendo. Vá. — Diz ele e a porta simplesmente se fecha. Ele leva as mãos a testa e bate a cabeça contra a parede. É hora de ir, antes que me veja, penso, mas quando começo a dar passos muito silenciosos o escuto.

— Estão estava aí o tempo todo, não é?

— Eu? Não, não. O que acontece é que estava indo para o elevador e me lembrei que esqueci algo em meu quarto e estava indo buscar. — Sorri fracamente me virando de costas.

— Dulce Maria! — Me chamou e fui obrigada a me virar para vê-lo ali parado, glorioso como uma estátua de Adônis. Não, na verdade, a estátua de Adônis não faria jus a toda sua beleza e charme, aos seus traços marcados e ao mesmo tempo sutis, aos músculos de seus ombros e costas a... Tento parar de pensar nisto. — Tentei muito esquecer alguém, mas como vê, não consegui.

— O que? Está falando desta garota? Não se preocupe, logo ela volta, pois nem mala leva nas mãos. Não precisará se dar ao trabalho de esquecê-la. — Virei-me mais uma vez quando sua mão atingiu ao meu braço me segurando.

— Dulce, como acredita? Bom, esquece... Eu vou atrás dela. — Respondeu me soltando e voltando para frente do elevador. Como assim ia atrás dela? Ele nunca fez isto por nenhuma destas tantas que andou. Senti um nó na garganta.

— Christopher! — O chamo e ele olha para mim. Tem as mãos na cintura com sua blusa preta e suas calças jeans que o deixavam muito bonito. Adorava vê-lo com seu jeito casual assim. — Chris... No avião me tinha dito que... Tinha me chamado de "meu amor", por que o fez? Por quê? — Questionei com a mão no peito. Ele piscou repetidas vezes e lá veio seu tique que sempre aparece quando está assim nervoso. Abaixou a cabeça e se pôs a olhar para todos os lados. — Não vai responder?

— Não posso te responder, por que não sei, não sei por que. — A porta do elevador se abriu e ele entrou. Senti uma lágrima correr em meu rosto, droga. Por que tão sentimental assim em? Ucker fez quase uma menção em sair e ir a minha direção, mas se deteve. Este tour pelos EUA estava sendo um verdadeiro inferno do início ao fim. Por que eu estava ali fazendo tanto caso sobre ele? Todas sabem que ele é absurdamente atrativo e que conquista a quem queira, mas eu não era este tipo por que acima de tudo somos amigos. Acima de tudo, era estranho trazer os casais imaginários para a vida real, tão clichê. Olho para o meu anel e apenas fecho os olhos retomando meus passos para meu quarto. Que ele faça o que quer. Não me importa, mas para minha cama ele jamais voltará. Jurei, me esquecendo que fazer sexo em uma cama nunca foi o nosso forte.

                    Nos mantivemos afastados e Deus sabe o quanto foi difícil. Respeitei sua relação e respeitei a relação que tínhamos por que mais uma vez jamais quis estragar nada entre nós.

02 de março- México. Noite.

— Ah sim, eu vi o que ele causou no twitter. Mal pude crer, que ingrato ele é, mas não podia esperar nada diferente daquele tipo, ou melhor tipos como ele, estes... Bonitos demais, sabe. Primeiro te envolvem com seu charme fatal e então muaaaa. Te atacam como leões famintos e te deixam lá. — Iliana bateu na mesa do bar com força.

Poderíamos Cair (Vondy)Onde histórias criam vida. Descubra agora