Capítulo 43

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Promoção do Tour Empezar desde cero- Espanha & Portugal

              O céu estava límpido, calmo, sereno, nenhuma nuvem de chuva estava à vista e não fazia tanto calor a ponto de incomodar. Os pássaros sobrevoavam tudo com uma cantoria interminável enquanto eu olhava para as ondas batendo contra a encosta do mar. Nenhuma pessoa a vista, isto é o que posso chamar de dia de folga perfeito, pensei. Aproveitei o momento para escrever minhas possíveis letras para novas musicas, escrever poemas, realizar alguns desenhos... Levei inclusive algumas coisas para almoçar lá como um sanduíche de presunto e queijo, umas maças, banana, morangos e eu não precisava de mais.

              Não notei quando as nuvens se tornaram mais escuras e estranhas, ou quando o mar se tornou mais revoltoso e agitado e os raios cintilaram brilhantes enquanto seguia lendo um livro. Já era de tarde. Um pingo atingiu meu nariz e depois a folha aberta e então o céu despencou em uma chuva pesada que eu não podia me livrar. Recolhi todas as minhas coisas o mais rápido possível sabendo que eu tinha que telefonar ao motorista que me levaria para de volta ao hotel. Como tudo gosta de dar errado pra mim? Resmunguei já ensopada e corri até uma pequena casinha feita de madeira que estava próxima tentando não derrubar na areia meus pertences e desejando que ela estivesse vazia para evitar maiores constrangimentos. Quando empurrei a porta ela rangeu um pouco, parecia que ninguém ia a aquele lugar há anos. Bom, pelo menos era melhor que ficar na chuva. Tudo tinha uma cobertura fina de areia que com certeza tinha sido trazida pelo vento, e não havia muitos móveis, apenas uma mesa, dois sofás grandes, cadeiras e... Nada mais. Ajeitei minhas coisas em um lugar medindo os estragos. Ótimo, meu caderno de musica está ensopado. Sento em uma das cadeiras espanando a poeira e fico olhando as paredes escuras com alguns quadros enquanto lá fora despenca a tormenta.

           Tiro meu celular do bolso e tento telefonar para o motorista, mas simplesmente não há sinal. Como isso é possível. Respiro fundo quando as janelas se abrem com o vento fazendo um verdadeiro escarcéu. Água despenca para dentro. Corro até lá empurrando a madeira velha e a fechando. Estou mais encharcada que nunca. Faz frio e eu não carrego comigo nenhum tipo de roupa quente, olho para o meu vestido leve. Há uma lareira a um canto com madeira e alguns fósforos. Acendo e me sento com minha toalha esperando aquilo passar.

            As horas passaram e meu desespero apenas aumentava. Lá fora já era noite, no entanto não parou de chover forte nem por um segundo. O vento assoviava por entre as paredes e eu ainda sentia frio. Eu estava tremendo tanto que era como se meus dentes fossem partir. O sono vem me embalando e antes de me dar conta apago completamente no chão. Quando volto a despertar algo me tocava a bochecha. Me assusto.

— Dul, eu estava preocupado com você. Por que saiu sozinha? Não sabe que é perigoso? — Questiona Christopher e parece muito zangado me encarando.

— Desculpa, eu... Não pensei. — Respondi e ele apenas balançou a cabeça negativamente.

— Okay. Vamos para o hotel? — Sua voz agora é um pouco mais doce. Levanto e cambaleio um pouco quando ele me segura pelos ombros. — Dul, acho que está doente. — Ele toca minha testa e então minha bochecha.

— Você sabe que eu nunca fico doente.

— Claro Maria. — Ele me joga em seus braços me carregando como se eu fosse uma pena e beija a ponta do meu nariz para depois olhar para fora. Uma rajada de ar frio entra me fazendo encolher. Ucker me aperta mais junto ao peito.

— Acho que é melhor esperarmos a chuva passar. Não é bom que você fique mais molhada do que está. Mesmo que eu tenha um guarda chuva, não é suficiente pra nós dois. — Ele se senta comigo em um dos sofás. — Escuta, é melhor que você tire essa roupa que está, ou vai ficar pior. — Ele passa a mão no meu cabelo.

— Está louco? Eu vou ficar sem nada?

— Claro que não. Espera. — Ele se levanta retirando a jaqueta de couro e atirando ao meu lado, depois retira a blusa branca que usa, também a atirando.

— É um strip-tease, senhor Uckermann? — Dou uma risada embora me sentisse verdadeiramente tensa olhando todo o seu torço nu. Solto um suspiro alto que eu espero que ele não tenha escutado.

— Não me provoca Dulce Maria. — Ele sorri de lado. — Vamos, agora é a sua vez.

— Mas assim, sem mais nem menos? — Sorrio.

— Quer que eu coloque uma musica? — Não sei exatamente quanto chegamos a um clima tão amistoso entre nós depois dos últimos acontecimentos, talvez fosse por que independente de qualquer coisa eu sabia que Uckermann sempre me protegeria, me cuidaria, como a vez em que ele quase quebrou a cara do Memo quando ele me traiu enquanto eu estava com dengue no hospital. Ele estava por mim, e eu sei que também estaria por ele. Me jogo para trás do sofá para que ele não me veja e retiro o vestido para depois tirar a parte de cima do biquíni azul que eu usava.

— Ucker, me passa a blusa, por favor. — Quando vejo a blusa cai em cima de mim. Visto-a rapidamente e me levando.

— A jaqueta.

— Ah, claro. — Digo e ele me passa ela com as mãos na frente dos olhos.

— Posso olhar?

— Pode. — Paro a sua frente. A blusa dele não me cobre como um vestido, mas chega perto disto. No entanto ainda estou tremendo de frio. Por um segundo ele está olhando fixamente para mim sem dizer nenhuma palavra, sinto meu coração bater rápido. — Como estou? — Dou uma volta para que ele veja, mas ele permanece quieto.

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Esse cap vai ser curto mesmo, mas o próximo q não vou demorar a postar será bem grande. Eu tentando concertar a confusão q fiz com os caps dessa fic kkkkkkkkkkkkkk  

Poderíamos Cair (Vondy)Onde histórias criam vida. Descubra agora