CAPÍTULO 7

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Cheguei em casa já passavam das 4h30 da manhã, estava morta, não estava acostumada a ficar tanto tempo acordada. Troquei de roupa, tomei um banho rápido pra tirar o suor, prendi o cabelo e fui deitar, já se passavam das 5h. 

Pego meu celular vejo uma mensagem:  "Estou pensando em você loirinha, te encontro amanhã no café. Beijos, Ro"

Dei risada com a mensagem. Não respondi pois sabia pra ele eu só seria mais uma e não era isso que eu estava procurando no momento. Não com ele. Ele até aparentava ser bem legal, um bom amigo quem sabe.. ou quando eu estivesse na necessidade dou um toque e sei que ele vira! Ajeitei-me e logo peguei no sono.

Acordei com os gritos da minha madrasta que ecoavam na escada. Conferi as horas e já era 13h – Deus, como dormi tanto? 

– JÁ VOU

Levanto aos poucos da cama, estava morrendo de preguiça e por mim ficaria ali até o domingo. Fui direto para o banheiro, fiz minha higiene e tomei um banho, lavei os cabelos e logo sai, fui logo pegando o uniforme, como era sábado eu sempre ia de uniforme direto de casa. Com cabelo molhado mesmo fiz uma trança de lado, meio solta, peguei minhas coisa se quando olhei já era 14h, tinha que ir logo se não poderia me atrasar.

Desci as escadas indo direto a porta, bem devagar pra não ser notada. Terminando de fechar a porta a escuto mais uma vez no pé da escada gritando meu nome. Fecho rapidamente e vou em um risco para o carro. 

Assim que chego no Café sinto o celular vibrar no bolso, até imagino o que seja. Algumas milhares de mensagens do Rodrigo querendo almoçar. 

"Ro estou trabalhando, beijos
PS: Não se atreva a aparecer aqui!!!"

Ele não respondeu mais, não me chamou mais e assim ficamos o dia todo.

A semana voou. O Rodrigo achou de aparecer lá no café todos os dias e em cada um deles com uma cantada diferente ou um convite de café, almoço ou jantar. Cheguei a receber até flores na sexta com um cartão

"Por favor, vamos jantar, não aceito não como resposta
Beijos, seu futuro"

Juro que eu não consegui sentir nada por ele, ele era fofo? Muito! Mas depois do meu ultimo relacionamento, não consigo me entregar a alguém assim. Eu até gosto quando ele vem me ver. Ele sempre chega no final do expediente então ficamos horas conversando, até fechar.

Ele até me oferecer uma vaga em seu escritório. Disse que era perto do Café e que não precisaria trabalhar final de semana, tudo o que eu queri! Apesar dele fazer um parenteses que teria que falar com os sócio sócio. Deixou claro que ele era chato e não gostava muito de trabalhar com mulher, mas que a vaga estava lá e que ele me retornaria.

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Já se passou uma semana, o escritório dos Dennardi não tinha me ligado e eu não iria atrás também, continuarei mandando meus currículos.

No domingo de manhã, por incrível que pareça eu tive folga, aproveitei e fui correr no parque central. Me preparo para corrida. Coloquei em uma playlist e vou caminhando, fazia tempo que eu não corria, não podia abusar.

Adoro o parque, a paisagem é linda. O sol batendo no rio, fazia um reflexo de doer os olhos. Passo por uma banquinha, pego um jornal de classificados. Toda semana estou comprando e conferindo os imóveis. O que for pequeno e barato para alugar. 

Sento em um dos bancos e comecei a procurar. 

Confesso que durante estes dias, quando eu me dava conta, meus pensamentos estavam em Felipe e se ele não iria me ligar – Para trabalhar é claro! – volto ao classificado, quando noto um apartamento cobrando apenas 450,00 reais. Um apartamento no estilo estúdio, perfeito pra mim. Perto do parque, perto do café, um pouco longe da faculdade mais eu daria meu jeito. 

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