CAPÍTULO 8

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Juliana..

Finalmente cheguei ao endereço que a moça havia me passado. Já era 11h e ela ainda não havia chego. O nervosismo já estava tomando conta de mim. Me atento a prédio muito bonito, simples, porem muito bonito. 

Vejo uma moça estacionando bem na frente do apartamento. Fiquei ansiosa, sabia que poderia ser a dona do apartamento. Cruzei os braços e fiquei esperando, quando uma moça sorridente desce do carro.

– Juliana é você? – Sorriu pra mim como se me conhecesse a anos – EU NÃO ACREDITO QUE É VOCÊ – Completa correndo em minha direção

Quando ela se aproximou, fico em choque. A tal moça, era Ana minha amiga desde a infância. Havíamos perdido contato desde que nossos pais brigaram. O pai da Ana, é advogado e o meu policial, os dois se desentendido em algum julgamento, meu pai é culpado de alguma coisa ou era, enfim nunca quis saber, mas por fim acabaram brigando feio e isso interferiu muito na nossa amizade.

Não me contenho, vou correndo para seus braço. A abracei com saudade, com amor, com amizade, com tudo o que eu poderia sentir.

– Eu não acredito que é você amiga – Disse em seu ouvido engolindo o choro. 

Ela não conseguia falar, apenas pude ouvir o seu choro. Nossa separação, foi dolorida demais. Não passávamos um final de semana separadas e do nada nunca mais nos vimos. 

– Eu sabia que aquela voz não era estranha – Disse embargada pelo choro. 

Tento limpas as lágrimas que insistem em cair. 

– Ah amiga, que saudade, meu deus – a abracei novamente e logo ela me olhou

– Como assim você quer alugar meu apartamento dona Juliana? O que aconteceu? Me conte tudo!! Vamos subir, eu te mostro o apartamento e assim conversamos um pouco.

Entramos no prédio e fomos para o ultimo andar. A vista do apartamento era linda. Não via a hora de poder abrir a janela logo de manhã e ver o parque logo cedo. 

Sentamos na sala e começamos a nos atualizar sobre nossas vidas, desde quando nos separamos com nossos 17 anos. Contei tudo o que havia acontecendo nos últimos tempo em casa com a minha madrasta, não suportava mais ficar em casa e eu preferia ficar trabalhando do que em casa ouvindo ela.

– Meu Deus, ela sempre teve cara de megera mesmo, como seu pai nunca viu? – Disse Ana fazendo uma cara engraçada, sorri pra ela

– É como dizem amiga, o amor é cego, surdo e burro! – Rimos nós duas juntas.

– Então, eu te empresto esse apartamento, não quero dinheiro, pode ficar com ele até quando você arrumar seu estágio, seu emprego se formar e conseguir comprar um lugar pra você

Nego.

– De jeito nenhum, me recuso morar aqui de favor, jamais, nunca mesmo! Não é porque fomos e ainda somos amigas que vou me aproveitar disso Ana, nunca! – Ela revirou os olhos

– Teimosa como sempre, tá você não mora de favor mais me paga metade do aluguel, pode ser? Aceito o máximo 200,00 é isso ou nada – Ela me olhou séria, querer debater com Ana era perdido, apesar da pouca idade tinha o gênio ruim e forte do pai.

– Ta bom eu aceito mas pode esperar, todo mês vou te dar 200,00 reais ou até mais – disse abraçando ela muito forte, ela me abraçou também e me olhou

– Quando pretende se mudar? – dei de ombros

– Não sei ainda amiga, acredito que na semana que vem, algum problema? – Ela sorri

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