Juliana..
Finalmente cheguei ao endereço que a moça havia me passado. Já era 11h e ela ainda não havia chego. O nervosismo já estava tomando conta de mim. Me atento a prédio muito bonito, simples, porem muito bonito.
Vejo uma moça estacionando bem na frente do apartamento. Fiquei ansiosa, sabia que poderia ser a dona do apartamento. Cruzei os braços e fiquei esperando, quando uma moça sorridente desce do carro.
– Juliana é você? – Sorriu pra mim como se me conhecesse a anos – EU NÃO ACREDITO QUE É VOCÊ – Completa correndo em minha direção
Quando ela se aproximou, fico em choque. A tal moça, era Ana minha amiga desde a infância. Havíamos perdido contato desde que nossos pais brigaram. O pai da Ana, é advogado e o meu policial, os dois se desentendido em algum julgamento, meu pai é culpado de alguma coisa ou era, enfim nunca quis saber, mas por fim acabaram brigando feio e isso interferiu muito na nossa amizade.
Não me contenho, vou correndo para seus braço. A abracei com saudade, com amor, com amizade, com tudo o que eu poderia sentir.
– Eu não acredito que é você amiga – Disse em seu ouvido engolindo o choro.
Ela não conseguia falar, apenas pude ouvir o seu choro. Nossa separação, foi dolorida demais. Não passávamos um final de semana separadas e do nada nunca mais nos vimos.
– Eu sabia que aquela voz não era estranha – Disse embargada pelo choro.
Tento limpas as lágrimas que insistem em cair.
– Ah amiga, que saudade, meu deus – a abracei novamente e logo ela me olhou
– Como assim você quer alugar meu apartamento dona Juliana? O que aconteceu? Me conte tudo!! Vamos subir, eu te mostro o apartamento e assim conversamos um pouco.
Entramos no prédio e fomos para o ultimo andar. A vista do apartamento era linda. Não via a hora de poder abrir a janela logo de manhã e ver o parque logo cedo.
Sentamos na sala e começamos a nos atualizar sobre nossas vidas, desde quando nos separamos com nossos 17 anos. Contei tudo o que havia acontecendo nos últimos tempo em casa com a minha madrasta, não suportava mais ficar em casa e eu preferia ficar trabalhando do que em casa ouvindo ela.
– Meu Deus, ela sempre teve cara de megera mesmo, como seu pai nunca viu? – Disse Ana fazendo uma cara engraçada, sorri pra ela
– É como dizem amiga, o amor é cego, surdo e burro! – Rimos nós duas juntas.
– Então, eu te empresto esse apartamento, não quero dinheiro, pode ficar com ele até quando você arrumar seu estágio, seu emprego se formar e conseguir comprar um lugar pra você
Nego.
– De jeito nenhum, me recuso morar aqui de favor, jamais, nunca mesmo! Não é porque fomos e ainda somos amigas que vou me aproveitar disso Ana, nunca! – Ela revirou os olhos
– Teimosa como sempre, tá você não mora de favor mais me paga metade do aluguel, pode ser? Aceito o máximo 200,00 é isso ou nada – Ela me olhou séria, querer debater com Ana era perdido, apesar da pouca idade tinha o gênio ruim e forte do pai.
– Ta bom eu aceito mas pode esperar, todo mês vou te dar 200,00 reais ou até mais – disse abraçando ela muito forte, ela me abraçou também e me olhou
– Quando pretende se mudar? – dei de ombros
– Não sei ainda amiga, acredito que na semana que vem, algum problema? – Ela sorri
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OS ACASOS
RomanceNessa vida, não tem nada, absolutamente nada que não aconteça por um acaso. Para Juliana, um relacionamento não seria ideal, não na atual fase da sua vida. Seu histórico de relacionamentos frustrados ainda pairam sobre seus pensamentos junto ao medo...