Por Debora..
Apesar da festa ser somente para calouros e os veteranos de direito, eu já era veterana das festas, como está, estou no penúltimo ano de designer, graças a Deus! Eu sempre estava presente em qualquer trote, como este e a maioria eram todos na minha casa, por ser maior e ter um belo espaço, nunca precisaram insistir muito para eu fazer uma festa, beber até cair NUNCA, porem beber até esquecer o que fez, ai sim! Tomei algumas cervejas e algumas caipirinhas, estava consideravelmente alterada mais nada demais.
Percebo meu primo Fabiano chegando com uma caloura, coitada parecia que estava no meio de um monte de animal pois a cara de assustada que ela tava dava até pena, não me apresentei e nem falei muito, sendo bem sincera, prefiro não fazer muito amizade, sou bem na minha, extremamente na verdade, é raro eu ter amizade com mulheres na grande maioria, meus amigos são homens.
Cada copo de bebida que o Fabi trazia, eu percebi que aquela menina matava, ela estava ficando vermelha e logo logo ia da pileque, tava vendo isso já, fiquei apenas observando quando o Antonio, um dos garotos mais idiotas da faculdade disse que ela tinha que ser batizada, na tequila eles geralmente misturavam um comprimido de êxtase pra deixar amortecido e elétrico, os caras são fodas, eu até sabia mais resolvi não falar nada, cada um sabe o que faz!
Depois de acredito que um cinco copos percebo que a garota se levanta da cadeira, coitada mal agüenta com as pernas e eu sou obrigada a rir, odeio essas idiotas que acham que agüentam com tudo e mais um pouco.
- Vai lá Fabiano, aproveita que essa ta fácil – Bato no ombro do meu primo e começo a rir, ela está entrando na casa, cada passo que da bate em alguém.
- Ela deve ta passando mal de tanta coisa que bebeu, vou lá ver como ela está – Diz preocupado
- Isso que dá, traz as novinhas pra cá e elas não agüentam o tranco – Antonio diz debochando
- Cala a boca otário! – Fabiano retruca e sai atrás da pobre coitada
- Ow bonitão, sabe o nome dela pelo menos? – Pergunto debochando
Ele apenas faz sinal negativo com a cabeça e segue para dentro da casa, não me contenho e acabo seguindo ele, ah eu não ia perder a oportunidade de vê-la passando mal e vomitando no banheiro inteiro, é nojento eu sei mais eu não ligo, já vi cada coisa nessas festas, que olha, teve menina que até já mudou de faculdade, nem começou a faculdade de vergonha, penso que quem não sabe beber tem que se fude mesmo, acham que tudo é festa, que agüentam tudo!
Vou direito para o banheiro e vejo que Fabiano esta encostado na porta com cara de preocupado.
- O que foi? – Pergunto me aproximando
- Sei lá, ela disse que não tava bem entrou no banheiro e se trancou, chamo por ela e ela não responde, to preocupado cara, ela tava pálida – Confessa
- Garota, ta tudo bem? – Falo alto e bato a mão na porta
- Naaaã...ããão – Só conseguimos ouvir isso, parecia mais um gemido e logo em seguida acredito que botou tudo pra fora.
- Arromba essa porra logo Fabiano! – Gritei
Assim me afastei e com uns dois trancos na porta meu primo a abriu, odeio essa coisa de salvadora de pobres indefesas e bêbadas, mas a garota estava mal, assim que entramos no banheiro, Fabiano ficou na porta pra ninguém entrar, fui correndo até ela, nunca senti dó, mais dela eu tive.
A garota estava deitada no chão, com o rosto dentro do vazo, ela não tinha forças nem se quer para levantar do chão, me abaixei e segurei seus cabelos pra trás.
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OS ACASOS
RomanceNessa vida, não tem nada, absolutamente nada que não aconteça por um acaso. Para Juliana, um relacionamento não seria ideal, não na atual fase da sua vida. Seu histórico de relacionamentos frustrados ainda pairam sobre seus pensamentos junto ao medo...