CAPÍTULO 51 - O COMEÇO..

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Por Debora..

Apesar da festa ser somente para calouros e os veteranos de direito, eu já era veterana das festas, como está, estou no penúltimo ano de designer, graças a Deus! Eu sempre estava presente em qualquer trote, como este e a maioria eram todos na minha casa, por ser maior e ter um belo espaço, nunca precisaram insistir muito para eu fazer uma festa, beber até cair NUNCA, porem beber até esquecer o que fez, ai sim! Tomei algumas cervejas e algumas caipirinhas, estava consideravelmente alterada mais nada demais.

Percebo meu primo Fabiano chegando com uma caloura, coitada parecia que estava no meio de um monte de animal pois a cara de assustada que ela tava dava até pena, não me apresentei e nem falei muito, sendo bem sincera, prefiro não fazer muito amizade, sou bem na minha, extremamente na verdade, é raro eu ter amizade com mulheres na grande maioria, meus amigos são homens.

Cada copo de bebida que o Fabi trazia, eu percebi que aquela menina matava, ela estava ficando vermelha e logo logo ia da pileque, tava vendo isso já, fiquei apenas observando quando o Antonio, um dos garotos mais idiotas da faculdade disse que ela tinha que ser batizada, na tequila eles geralmente misturavam um comprimido de êxtase pra deixar amortecido e elétrico, os caras são fodas, eu até sabia mais resolvi não falar nada, cada um sabe o que faz!

Depois de acredito que um cinco copos percebo que a garota se levanta da cadeira, coitada mal agüenta com as pernas e eu sou obrigada a rir, odeio essas idiotas que acham que agüentam com tudo e mais um pouco.

- Vai lá Fabiano, aproveita que essa ta fácil – Bato no ombro do meu primo e começo a rir, ela está entrando na casa, cada passo que da bate em alguém.

- Ela deve ta passando mal de tanta coisa que bebeu, vou lá ver como ela está – Diz preocupado

- Isso que dá, traz as novinhas pra cá e elas não agüentam o tranco – Antonio diz debochando

- Cala a boca otário! – Fabiano retruca e sai atrás da pobre coitada

- Ow bonitão, sabe o nome dela pelo menos? – Pergunto debochando

Ele apenas faz sinal negativo com a cabeça e segue para dentro da casa, não me contenho e acabo seguindo ele, ah eu não ia perder a oportunidade de vê-la passando mal e vomitando no banheiro inteiro, é nojento eu sei mais eu não ligo, já vi cada coisa nessas festas, que olha, teve menina que até já mudou de faculdade, nem começou a faculdade de vergonha, penso que quem não sabe beber tem que se fude mesmo, acham que tudo é festa, que agüentam tudo!

Vou direito para o banheiro e vejo que Fabiano esta encostado na porta com cara de preocupado.

- O que foi? – Pergunto me aproximando

- Sei lá, ela disse que não tava bem entrou no banheiro e se trancou, chamo por ela e ela não responde, to preocupado cara, ela tava pálida – Confessa

- Garota, ta tudo bem? – Falo alto e bato a mão na porta

- Naaaã...ããão – Só conseguimos ouvir isso, parecia mais um gemido e logo em seguida acredito que botou tudo pra fora.

- Arromba essa porra logo Fabiano! – Gritei

Assim me afastei e com uns dois trancos na porta meu primo a abriu, odeio essa coisa de salvadora de pobres indefesas e bêbadas, mas a garota estava mal, assim que entramos no banheiro, Fabiano ficou na porta pra ninguém entrar, fui correndo até ela, nunca senti dó, mais dela eu tive.

A garota estava deitada no chão, com o rosto dentro do vazo, ela não tinha forças nem se quer para levantar do chão, me abaixei e segurei seus cabelos pra trás.

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