CAPÍTULO 32

33 6 1
                                    

Felipe..

Depois de tudo o que tinha acontecido, de descobrir que Juliana era filha do assassino, o assassino do meu irmão eu não tinha mais por que continuar com ela, não mais! Ela filha de um dos caras que eu mais odiava no mundo, eu jurei que vingaria a morte de Henrique e será isso que eu irei fazer.

Assim que dei meu ultimato a dela, voltei para o quarto, merda tudo lembrava ela!

A raiva tomou conta de mim e eu comecei a jogar no chão tudo o que pudesse encontrar na minha frente, até que joguei um dos livros de Juliana e dele caíram algumas fotos, me aproximei e peguei as mesmas do chão, quando comecei a olhar eram fotos nossa, atrás ela escrevia trechos de livros, músicas.

Uma das fotos me chamou atenção, nem lembrava mais dela, estamos nos olhando e sorrindo, acredito que foi na hora em que ela fez alguma piada em relação ao batom que estava em minha boca no dia da festa, virei e atrás da foto estava escrito com sua letra arredondada

"Então eu jurei nunca mais me entregar, mas apareceu você.. e fez meu mundo girar. J&F "

Li e reli aquilo algumas vezes e fiquei pensando se ela nunca me contaria que era filha do assassino, joguei as fotos no chão, continuei tomado pela raiva, em saber que esse tempo todo estaria me enganando, que estava se aproximando de mim por algum interesse, por algum motivo!

– MERDA – grito e jogo contra parede um frasco de perfume que eu tinha dado recentemente a ela, aquele cheiro começou a incendiar o quarto, porra era o cheiro dela!

Desço as escadas e pego meu celular e um copo de whisky, preciso me recompor, vou ligar para os empregos do meu pai virem dar um jeito nisso. Falo com um dos empregados da casa do meu pai que diz que logo estará vindo. Abro a janela e saio na varanda, observo que Juliana está encostada na sacada do quarto dela

– Merda o que ela ainda faz aqui? – Me pergunto e fico a encarando, ela sustenta o olhar, mesmo que de longe, sinto ela me olhando, assim ela não agüenta muito tempo e entra, não a vejo mais, ouço meu celular tocar e percebo que é meu tio

– Pronto

– Preciso que venha pra cá Felipe, to com um problema no sistema do escritório e preciso de ajuda – Tio Carlos diz

– Não pode ser amanhã?

– Não hoje! – Ele diz irritado

– Daqui a pouco eu vou

– Agora! – Ele desliga

Largo o celular em cima da cama, ouço uns barulhos na escada e me surpreendo em ver que a Juliana havia mandado tirarem suas coisas daqui, aponto para o segurança aonde estão suas coisas e ele começa a tirar tudo dela de lá. Sento na poltrona e termino meu copo, assim que ele sai com tudo, eu me levanto e vou para o closet, o cheiro dela ainda pairava ali, merda!

Coloco uma camisa e um tênis qualquer, e saio do quarto, aquele cheiro de perfume com certeza ia ficar ali por um bom tempo.

Assim que estou saindo de casa dois empregados entram e vão direto para meu quarto, caminho até a casa do meu tio e entro sem bater mesmo, a casa até está silenciosa, então vou entrando e logo vejo meu tio sentado no sofá com cara de poucos amigos, vou até a sala e sento

– Qual o problema tio? – Pergunto

– Não sei, não estou conseguindo acessar o sistema – Diz

– Mas cadê o notebook? Deixa eu ver – Digo e logo ouço risadas e uma conversa, eu conhecia aquela voz.. era a minha.. a Juliana!

Meu tio fica em silêncio e assim as duas entram na sala, Juliana parece não me conhecer pois mal me olha e eu faço o mesmo, não quero mais contato com ela. Ela pega sua bolsa, tira umas coisas de dentro e sai da sala. Percebo que Ana nem me olha e muito menos me deu oi, brinco com ela, mais logo ela da seu pior oi. Com certeza Juliana já havia envenenado ela!

OS ACASOSOnde histórias criam vida. Descubra agora