CAPÍTULO 3

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Juliana..

Sai do escritório um tanto mexida, não estava confiante com aquela vaga, pois conversamos muito, ambos fomos profissionais, mas ele disse que queria a vaga para um estagiário homem pois ele não trabalhava com mulheres – Machista? Nunca capaz infeliz! – murmurei comigo mesma enquanto entrava no carro, bati a porta e fui em direção ao café, estava quase na hora de entrar.

Trabalho lá das três da tarde até a hora de fechar, geralmente fecha as onze horas ou até mesmo meia noite.

Coloco meu uniforme e vou para o balcão atender.

As horas passaram tão rápido que quando vi já era quase dez horas e por fim iria acabar mais um expediente. Estava arrumando minhas coisas para fechar o caixa.

Quando por fim achei que tinha terminado de arrumar tudo, vi um carro estacionando na frente do café, como o caixa era bem perto da porta vi que era um carro muito bonito, todo preto, fui mais para o meio do balcão para poder atender o cliente. 

Quando a porta se abre fico extasiada, não sei o que faço. Aquele homem lindo, carrasco e imbecil esta no café. A gravata já está um tanto frouxa, com seu paletó pendurado no antebraço, minha nossa senhora.

Felipe..

Aquela mulher tinha alguma coisa estranha, depois de tudo o que disse a ela, ela ainda sorriu de uma forma doce.

Eu li o perfil dela não sei quantas vezes, fiquei analisando e pensando se ela realmente se encaixaria na vaga, sendo bem sincero ela seria perfeita para a vaga, até inglês ela falava.

Aquela tarde demorou a passar, eu não a tirava da minha cabeça, seu perfume parece que ficou naquela sala, em cada parte, em cada canto – PORRA.

Trabalho até me dar conta do horários, já se passava das 22h. Meu estomago já estava revirando de fome. 

Vou direto para um Café próximo ao escritório. Volta e meia eu ia tomar café da manhã com meu pai. É um dos melhores cafés que eu conhecia aqui por perto. 

Assim que entro, vejo aquela mulher – Merda – murmuro. Me aproximo e percebo que era Juliana, legal já não bastava ela não sair da minha cabeça o dia todo tinha que estar aqui também? Assim que me notou, ficou sem reação alguma. 

- Me veja quatro pães e dois desse – apontei pra uns doces que tinham lá. Ela assentiu e pegou o que eu havia pedido, mais não falava nada, só pegou o que eu pedi, me deu um papel com o preço e foi em direção ao caixa. 

OS ACASOSOnde histórias criam vida. Descubra agora